Design de Produto no Metaverso

Vamos lá, tem muita coisa para falar sobre esse assunto.

Eu não vejo uma diferença de UX absurda de uma plataforma para outra, mas com certeza tem certas particularidades, principalmente em arquitetura da informação e storytelling, porque as vezes você está prestando atenção em apenas um elemento do cenário e outras coisas estão acontecendo atrás de você.

Mas a forma que os usuários interagem com as interfaces dentro da realidade virtual é bem semelhante à uma experiência de um display totem no mundo real sabe, onde você precisa de itens maiores, legíveis, as vezes sem muita interferência para que você saiba exatamente o que fazer e que possa ser facilmente guiado por aquela interface, pois, assim como no mundo real, você tem diversos itens que podem tirar sua atenção.

Ok, mas isso é tudo?
Não! Essa é só a ponta do iceberg…

Além dos diversos formatos de interação em realidade virtual, ainda temos todo o processo de discovery do design de produto dentro desse ecosistema.

Tipos de interação no Metaverso

Controles

Esse é a forma de interação mais familiar para todas as pessoas que já interagiram com um dispositivo eletrônico, como TVs, Caixas de som, Videogames etc.

Com o controle, dentro da realidade virtual, existe a possibilidade de pegar itens 3D, jogar itens, simular gestos, interagir com interfaces e muito mais.

Hand Tracking / Rastreio das mãos

Através das câmeras que qualquer óculus de realidade virtual, mais avançado, tem ele consegue fazer o rastreio em tempo real das suas mão para que através de gestos você interaja com o mundo 3D que você está imerso.

Com isso a experiência de realidade virtual vai para um outro nível e então, nós designers de produto, temos mais coisas para serem analisadas.

Se agora você pode inserir suas mãos dentro daquele universo, tudo pode ser touchable, você pode pegar um objeto e colocar em outro lugar, empurrar itens, interagir com interfaces etc.

Algumas perguntas que temos que nos fazer agora é:
- O que acontece se eu pegar um item? Aparece uma interface para interagir?
- E se eu pegar esse item e colocar em outro lugar? Ele vai ficar lá quando eu voltar a jogar?
- Consigo decorar o ambiente e salvar ele pra mim?
- De que tamanho precisa ser uma interface para que meu usuário possa interagir nela, com suas proprias mãos, dentro da realidade virtual? Qual o tamanho mínimo?
- Se eu fizer um sinal com a minha mão, vai acontecer alguma coisa?
- E se eu escrever alguma coisa no ar? Consigo soltar um “poder” com ela?

Essa mistura do real com virtual nos possibilita criar uma variedade de coisas tão grande, que praticamente qualquer coisa pode ser experienciada.

Acabou?
Calma jovem…

Discovery do mundo misto

Muito do nosso processo de discovery atual continua existindo, bechmarking, pesquisas, jornada de usuário, persona, nada muda nisso.

Mas como estamos estudando um universo muito novo, podemos usar de base experiências e interfaces do mundo real, aplicar e medir, para que possamos começar a documentar soluções que vão ajudar gerações futuras de Designers de realidade virtual e mista.

Interfaces

Outra questão é que as vezes a interface, ou a forma de interação com um Canvas* é fragmentada em vários momentos ou posições do mundo 3D, temos que analisar o ambiente como um todo, mas também ter em mente de que essa interação com a interface está disposta em posições diferentes dentro do ambiente e que é possivel que parâmetros de uma modifiquem a outra.

*Canvas é um elemento de interface da Unity, engine de jogos, onde você insere os botões, labels, sliders, tudo que o usuário poderá interagir como uma “tela touch” ou pelo controle.

Todo esse estudo da experiência em realidade virtual, metaverso ou realidade mista é muito novo e toda interação entre designers é bem vinda para que a gente possa conversar e elaborar mais diretrizes sobre o assunto.

Comenta aqui qual sua experiência no metaverso, me diz se curtiu o conteúdo e bate umas palminhas aí pra deixar esse conteúdo mais relevante.

Até a próxima.