Por que nosso futuro depende das bibliotecas, da leitura e de sonharmos acordados

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2 min readMar 31, 2019

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Por Alexandre Gikas

Quando defendemos a existência das bibliotecas, protestamos a ausência delas ou demandamos sua melhoria, nosso discurso corre o risco de parecer tendencioso. Afinal, podem pensar, é claro que os bibliotecários lutarão para manter seus locais de trabalho (que, diga-se de passagem, não estão restritos somente às bibliotecas).

Em um país onde a profissão é pouco conhecida, não é tarefa fácil conscientizar a população quanto à sua importância e função social, ou mesmo quanto às habilidades que o profissional da informação possui e o que as bibliotecas e outros serviços de informação podem oferecer.

Neil Gaiman

Esse é um dos motivos que torna tão importante a atitude de profissionais de outras áreas — e celebridades — em defesa das bibliotecas. É o caso do escritor britânico Neil Gaiman, que aproveita diversas oportunidades para explicar a milhares de fãs no mundo todo o quanto a alfabetização, a leitura e as bibliotecas são fundamentais na construção e melhoria de uma sociedade mais justa e igualitária.

Capa original. Direitos reservados aos autores Neil Gaiman e Chris Riddell.

Em setembro de 2018, o jornal The Guardian publicou uma prévia do novo livro de Neil Gaiman, Art matters (Arte Importa, em tradução livre). A obra, na verdade, não é totalmente inédita. Ela compila quatro textos do autor que já foram publicados em revistas, livros e sites— dois deles baseados em discursos de Gaiman: Make good art (publicado no Brasil pela editora Intrínseca com o título Erros fantásticos: o discurso “faça boa arte” de Neil Gaiman) e Why our future depends on libraries, reading and daydreaming (aqui traduzido livremente como Por que nosso futuro depende das bibliotecas, da leitura e de sonharmos acordados). O acréscimo da belíssima arte de Chris Riddell enriquece e torna ainda mais persuasivas as palavras de Gaiman em prol da arte, da leitura, da educação e das bibliotecas.

Diante desse significativo manifesto, decidi traduzir seu texto para o português pensando em disseminá-lo para um maior número de pessoas, enquanto a tradução oficial não chega até nós. Trata-se, portanto, de uma tradução amadora de parte da obra, com o único objetivo de divulgação e apreciação, que pode ser lida aqui.

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