Bibliotecário: faça algo e mude sua comunidade!​

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3 min readFeb 4, 2019

Por Gabriel Justino.

2019 chegou e com ele as obrigações profissionais. O famigerado boleto da anuidade do Conselho Regional de Biblioteconomia que todo ano os profissionais pagam, para que, desta forma sejam considerados e exerçam a profissão de bibliotecário em suas respectivas regiões. E, a partir disso se abrem as discussões nos mais diversos grupos que englobam os profissionais, abordando críticas com relação ao valor cobrado pelo Conselho e os apontamentos que este não faz nada em prol de seus profissionais.

Acredito que não devemos espalhar a semente da discórdia e sempre atacar o Conselho, pois existem atribuições que não são exclusivas dele, mas do Sindicato e Associações.

Como defender uma classe profissional que muitas vezes se sente desvalorizada e mal representada? Tarefa difícil, porém não impossível. Como tornar a área mais forte e trazer a luz do conhecimento em tempos tão sombrios, no qual ao mesmo tempo em que vemos um boom de informações, também acompanhamos uma massa informacional em que nos perdemos?

Acredito que não devemos espalhar a semente da discórdia e sempre atacar o Conselho, pois existem atribuições que não são exclusivas dele, mas do Sindicato e Associações. Neste sentido, me questiono: o que temos feito como profissionais para mudar a realidade em que estamos inseridos? O advocacy é para todos. E quem melhor para mostrar a nossa importância como bibliotecários, se não nós mesmos? Esperar sempre que o outro faça é algo muito fácil, “arregaçar as mangas” e fazer é algo extremamente difícil, mas ainda podemos nos consolidar como uma profissão viável e que não morrerá com o advento da tecnologia. Se parássemos de reclamar e nos uníssemos em prol de uma bandeira, defendendo a importância que temos para que as pessoas desenvolvam o senso crítico através da leitura, nossa sociedade começaria a mudar.

Podemos juntos mudar a biblioteconomia. Nossa área realmente precisa de algo novo, de mudanças; e para que isso aconteça, precisamos ter uma conversa motivada pela paixão. Porque no final das contas, as bibliotecas são o perfeito exemplo de como ajudar as comunidades em que elas estão inseridas, a aproveitarem sua paixão e alcançarem seus sonhos para criar e construir um futuro melhor, no qual bibliotecários, desempenharão um papel fundamental para que essas mudanças ocorram.

E como faremos isso? Em muitos casos, bibliotecários ajudam a construir e a manter bibliotecas e desenvolver os seus acervos. David Lankes defende que:

“As bibliotecas são plataformas pertencentes à comunidade, obrigatórias por essa comunidade e curadas por profissionais da biblioteca em seu nome. As bibliotecas podem ser edifícios e podem ser livros e podem ter espaços criadores. Nenhum desses serviços define o futuro, no entanto. O futuro é definido pelos sonhos da comunidade”.

Assim, para que este futuro seja garantido devemos nos tornar e formar uma força profissional, em que bibliotecários sejam aqueles que se aprofundam nas singularidades de suas comunidades, permitindo dessa forma, que a diversidade promova todos os tipos de inovações e que a biblioteca reflita os interesses daquela comunidade.

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