Como alavancar o seu negócio digital na era COVID-19? Parte-I

Eduardo Magalhães Oliveira
Infocratics
Published in
5 min readSep 9, 2020
Photo by Victoria Heath on Unsplash

Sabemos que agora mais do que nunca, empreender no mundo digital virou questão de sobrevivência.

Apesar de nunca ter sido tão viável iniciar ou migrar um empreendimento para o ecossistema digital, a gente sabe também o quão é complexo e tortuoso esse caminho.

Mas por quê? Não deveria ser o contrário?

Na verdade não… infelizmente… pelo simples fato do mundo digital ser muito abundante e com infinitas possibilidades de criar e trilhar um empreendimento. Para ser uma idéia disso, existem no mercado mais de 8000 ferramentas possíveis de serem utilizadas para te ajudar na criação e no marketing digital do seu negócio. Imagina que loucura, descobrir pelo menos 01 que seja importante e útil? É como buscar uma agulha no palheiro, não é verdade?

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Sentimos na pele essa realidade quando criamos a Infocratics ao perceber que mesmo para nós que somos fundadores com background em tecnologia e IA, sentimos muita dificuldade para trilhar o nosso caminho.

Por esse motivo, criamos nossa empresa com o intuito de ajudar nos brasileiros que estão iniciando ou migrando o seu negócio para esse novo normal. Nosso propósito é acelerar o empreendedorismo digital no nosso país, de forma democrática e acessível para os pequenos e médios empreendedores.

Mas como?

Claro que não existe fórmula mágica… mas existem tecnologias, caminhos e métodos que facilitam e muito essa jornada. Iremos compartilhar aqui uma mera lista de passos comuns para a criação de um negócio digital.

Óbvio que não vamos falar aqui de todo o contexto de lean startup, criação do business model canvas… iremos assumir que essa parte você já tem algum conhecimento mínimo a respeito. Entretanto, sempre vale lembrar: escolha/descubra uma dor real que as pessoas sentem e que você está disposto a resolver.

Feito isso, vamos para uma possível lista de passos iniciais:

1. Escolha o nome (mas não fique dois meses parado nessa parte, como a gente ficou no início, até porque o nome pode mudar ou sofrer adpatações)

2. Compre um domínio (www.seusite.com.br): há uma infinidade de opções e preços, opções de segurança… mais uma etapa pra ficar perdido. No nosso caso, usamos o Namecheap depois de muita pesquisa.

3. Faça um logo num desses sites de criação automática de logo gratuitos (também não se perca aqui… nós usamos o Freelogodesign e baixamos a versão gratuita de baixa resolução). Caso o seu negócio engrene, daí você compra um de alta definição ou paga um designer para fazer o seu branding.

4. Escolha a plataforma que irá hospedar o seu site. A partir daqui vamos gastar mais palavras para descrever essa difícil etapa da jornada.

De cara surge um grande dilema: desenvolver ou usar um template pronto para o seu site? Na nossa experiência de já ter tentado os dois caminhos, sugerimos terceirizar essa parte (pelo menos no início), até você validar o seu pitch e a mensagem principal de que problema de negócio você está resolvendo.

A não ser que você esteja criando um e-commerce ou um produto digital que já tem algum desenvolvimento, aí talvez vale a pena já desenvolver em um ambiente que te permita a flexibilidade necessária, como na cloud da AWS.

Para o momento, vamos falar da primeira opção que já dá pano pra manga… como por exemplo, descobrir onde hospedar o seu site… há tantas possibilidades, como o Wix, Squarespace, etc. Nessa parte você também tem que avaliar qual o melhor plano, com quais funcionalidades necessárias… E quando escolhemos a plataforma que irá hospedar, vem aqueles milhões de templates que nos deixam ainda mais perdidos… pelo menos a gente já ficou várias vezes…rsrs…

Por fim, escolhido o template, tem um monte de customização que precisa ser feita para criar uma simples landing page… que labuta… e lá se vão dois meses e você ainda não tem o seu site no ar…

No nosso caso, depois de bater MUITA cabeça com muitas dessas possibilidades, acabamos optando pela Landen.co, que é uma startup muito pequena mas que oferece a criação de landing pages que realmente te permitem focar na apresentação/pitch do seu negócio. Ah, como nossa vida mudou depois da Landen (lembrando que não ganhamos nenhum centavo citando eles aqui…rsrs)… tudo ficou mais ágil na hora de mudar um frase, uma figura ou o que seja… já mudamos nossa landing page pelo menos umas 30 vezes num intervalo de 02 meses.

E agora digamos que o site está no ar, daí vem a segunda grande dúvida:

5. Escolher a rede social que devo começar?

São pelo menos três: facebook, youtube e instagram… sem falar no linkedin, tik tok, twitter, etc… aff, é pra deixar a gente maluco mesmo né…

Depois de muitas voltas, descobrimos a pegada do “Leaky Product” criada pelo Gabriel Weinberg (criador do site de busca Duck Duck Go), onde ele fala da importância de escolher algum canal e começar de alguma forma, mesmo que com o seu produto ainda inacabado. Vale a pena também conferir o Bulls eye framework, que fala sobre os 19 canais possíveis de lançar/tracionar o seu produto.

Putz, quanta coisa né? Sim, não é pra menos. Como comentamos, as possibildades são infinitas… e isso deixa a gente maluco e parecendo que não sai do lugar, literalmente!

O segredo é: escolha pelo menos um canal, tipo uma rede social e vai lá e faz! Sim, somente uma! Comece por ela e vá em frente! Faça alguns posts, stories (de preferência com você aparecendo) e veja como as coisas acontecem… ah e não queira 1000 seguidores do dia pra noite ou em 01 semana… isso é raríssimo de acontecer ou se é que acontece…rsrs.

Se sentir que não está fazendo efeito e que não não te agrada muito, mude pra segunda e siga os mesmos pequenos passos.

E imagine que o seu site e o seu networking em uma dessas redes sociais começa a crescer. E agora? Proncovô (jargão mineiro de “pra onde que eu vou”)?

Bom, isso é conteúdo suficiente para uma segunda parte desse post!

Aguardem!

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Eduardo Magalhães Oliveira
Infocratics

Infocratics.com founder | Head of Data Science IHM Stefanini Passioned about people, technology and a more open source world.