Mobile Apps: os números não enganam

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Innovagency

8 min readNov 19, 2020

Capítulo I — A pandemia

A pandemia COVID-19 provocou uma crise mundial com enormes danos psicológicos, sociais e económicos na população. Se falarmos sobre empresas, muitas delas bateram no fundo devido a restrições severas a que foram sujeitas. Vários negócios viram-se obrigados a fechar ou a mudar a forma de se manterem a funcionar, pelo menos em serviços mínimos para suportar esta terrível e inesperada onda.

Foi neste contexto que as aplicações móveis assumiram um papel fundamental a ajudar pessoas e empresas. Por via delas, muitos restaurantes e pastelarias continuaram a vender refeições para fora, as superfícies comerciais embora fisicamente fechadas ou perto disso continuaram a vender os seus produtos, as consultas médicas puderam acontecer por videochamada, ou seja, as pessoas puderam usufruir destes e outros serviços, minimizando assim o impacto do confinamento.

Capítulo II — Os números

O número de downloads de apps em 2019 foi de 204 mil milhões, mais 45% que em 2016 de acordo com Statista, um provedor de estatísticas e relatórios sobre tendências digitais.

Como podemos ver no gráfico abaixo, o tempo passado em dispositivos móveis também aumentou globalmente do 1º para o 2º trimestre.

Cerca de 1,6 triliões de horas foram gastas em dispositivos móveis em todo o mundo no primeiro semestre de 2020.

Olhando para uma análise do uso apenas em telemóveis Android, um utilizador passou em média 27% do seu dia ao telemóvel em Abril de 2020, o que representa um aumento de 20% em relação a 2019. Nos EUA, os consumidores gastaram em média 3 horas por dia nesses dispositivos no segundo trimestre de 2020, um aumento de 10% em relação a 2019. A Indonésia teve o maior número de horas de uso no segundo trimestre de 2020 (6,0), enquanto a Rússia viu a maior mudança (um aumento de 40%).

Um novo relatório da App Annie explora como esse uso durante a pandemia COVID-19 se compara a 2019 e como está a impulsionar os que vêm os dispositivos móveis como uma prioridade (ver report completo no link relacionado no fim do post). Estes são alguns dos principais números:

O aumento no tempo gasto em dispositivos móveis foi acompanhado também de um aumento relevante nos downloads mensais globais desde que a pandemia começou. Entre Fevereiro de 2020 e Abril de 2020, os downloads combinados de apps na Apple Store e Google Play aumentaram de 9,1 mil milhões para 12 mil milhões.

Na primeira metade de 2020 os downloads de apps em todo o mundo atingiu os 64 mil milhões (Apple Store e Google Play), mais 10% que na segunda metade de 2019.

Mas mais do que conhecer os números de utilização de aplicações móveis, importa também saber que o uso de aplicações móveis foi acompanhado de fluxo económico.

Por exemplo, em Maio de 2020, o gasto global mensal do consumidor atingiu o pico de $9,4 mil milhões, representando um ganho de 25% na média mensal em comparação com o segundo semestre de 2019.

O gráfico seguinte mostra o valor total de gastos do consumidor a nível global em aplicativos móveis a partir do terceiro trimestre de 2020. Durante o período medido, os consumidores gastaram um total de 28 mil mihões de dólares em aplicações móveis em todas as plataformas.

Capitulo III — Exemplos

As empresas e negócios que recorreram às plataformas digitais na hora certa começam a colher os seus frutos. Na verdade, esta pandemia é uma revelação para as empresas que consideravam até aqui as aplicações móveis como um mero suplemento no seu negócio.

Seguem alguns exemplos de como as aplicações móveis podem ajudar a impulsionar o crescimento do seu negócio, mesmo durante um período de pandemia.

E-Commerce

A obrigatoriedade do isolamento acelerou a procura por lojas online, contribuindo assim para a aceleração do desenvolvimento do e-commerce em Portugal. E segundo a opinião de muitos consumidores, as compras online já começam a fazer parte das suas vidas, e estão para ficar.

No que diz respeito especificamente a aplicações móveis, segundo a AppsFlyer, a Europa viu um aumento de 35% nas instalações de apps e-commerce (ou m-commerce), durante o pico do surto entre Março e Abril, 12% a mais do que no pico do quarto trimestre de 2019. A pesquisa viu essa tendência repetir-se noutras métricas.

Os dados revelaram um aumento de 61% nas instalações europeias entre Novembro de 2019 e Junho de 2020, e um crescimento adicional de 56% entre Fevereiro e Maio deste ano. O número de sessões cresceu 25% em toda a Europa durante o pico do surto (Fevereiro a Abril). Por exemplo no Reino Unido, o aumento foi de 33% durante um pico equivalente entre Março e Junho.

Saúde

Durante o COVID-19, o setor de saúde desempenhou um papel fundamental na vidas das pessoas. Apps de fitness online, de entrega de medicamentos e de consultas online têm ajudado na saúde física, mental e emocional das pessoas neste período. De webinars a sessões ao vivo e vídeos gravados, os profissionais de saúde ajudam as pessoas a combater a ansiedade e a depressão. As apps de entrega de medicamentos permitem a entrega porta a porta permitindo que as pessoas, principalmente as mais vulneráveis não se exponham tanto ao vírus.

Seguradoras

A Zurique viu o download das suas apps triplicar em 2019 e prevê-se que esse número duplique até ao final deste ano.

Segundo um relatório da McKinsey & Co, as seguradoras foram forçadas a “repensar a distribuição em um mundo mais remoto”.

“As seguradoras empenham-se ainda mais na capacidade de oferecer um serviço remoto cada vez melhor e mais completo” disse Lars Gehrmann, responsável pelo programa sénior da Zurich Insurance Mobile Solutions e chefe do programa global de marketing de aplicações móveis da empresa. “Os clientes estão a demonstrar um forte desejo de comprar apólices e enviar reivindicações por meio de canais digitais”, e acrescenta ainda que “o que pode deve ser realizado por meio de aplicações online e móveis com forte suporte e experiência para ajudar os clientes a tomar as decisões de compra corretas”.

Um estudo da Accenture e da Oxford Economics na área das seguradoras confirma a visão do Sr. Gehrmann. É que 90% dos entrevistados acreditam que daqui a cinco anos os consumidores comprarão a maior parte de seus seguros por meio de canais digitais, incluindo aplicações móveis.

Educação

Escolas em todo o mundo recorreram e continuam a recorrer a plataformas digitais como alternativa ou complemento ao ensino presencial em virtude das restrições às aulas presenciais provocadas pela pandemia. Devido ao surto, os downloads de apps de e-Learning dispararam em todo o mundo. E não se tratou apenas de apps de videoconferência como o Zoom. A popularidade das principais apps de eLearning como Coursera, Google Classroom, LinkedIn Learning, Duolingo, etc., aumentou muito assim como a perceção de que o ensino pode acontecer em qualquer sitio, a qualquer hora até mesmo como complemento ao ensino convencional nas escolas, se começarmos a pensar já no pós-covid.

Entretenimento

Outra das armas na luta essencialmente psicológica contra a pandemia é o entretenimento. Serviços de streaming como a Netflix e apps lúdicas como o Twitter, Instagram, Tiktok, YouTube, Spotify, etc…, tiveram um papel crucial no alívio das consequências durante o confinamento e algumas delas contribuiram em alguma medida para informar as pessoas do que ia acontecendo um pouco por todo o lado.

Trabalho colaborativo

Antes do COVID-19, a cultura do trabalho remoto embora já existente, era vista como um incentivo à retenção de colaboradores e não tanto como uma nova forma de trabalhar. Agora, não só foi o principal meio para muitas empresas continuarem a produzir como já ninguém duvida que será a regra pós-pandemia.

E para o trabalho remoto permitir manter a mesma (se não superior) produtividade dos colaboradores, as aplicações moveis têm também aqui um papel fundamental. Apps como o Teams, Zoom, Slack, Skype e outras permitem manter a colaboração e comunicação contínua tanto dentro da empresa como com os clientes e parceiros.

Capitulo IV — Innovagency: experiência e inovação

A experiência acumulada da Innovagency com Mobile Apps em projetos na banca, seguradoras, operadoras móveis, e-commerce, agências europeias entre outros é larga, diversificada e bem sucedida o que nos coloca na linha da frente para fazer parte da solução para esta necessidade global de encontrar nas aplicações móveis um meio de alavancar o negócio da cada empresa e ajudá-las a entrar nesta onda.

À já longa experiência no desenvolvimento de aplicações nativas mais robustas e interativas e ao desenvolvimento de apps cross platform & Hybrid, juntamos competências em Outsystems que têm vindo a ser aplicadas na gestão do Centro de Excelência da Fidelidade onde uma equipa Innovagency é responsável pelo suporte às equipas de desenvolvimento, gestão, integração e desenvolvimento de novos plugins, gestão das stores Google e Apple, entre outras atividades.

Adicionalmente e não menos importante, a Innovagency está sempre atenta às novas trends e evoluções tecnológicas.

Nos últimos anos, o programa I9AR permitiu desenvolver competências no domínio da Realidade Aumentada tendo daí resultado o desenvolvimento de protótipos como a app I9AR Escape Room (permite adicionar uma nova camada de interactividade, com recurso a realidade aumentada e reconhecimento de imagem, aos Escape Rooms), I9AR Paper (apontando a app para um jornal ou revista, reconhece uma determinada imagem despoletando por exemplo a apresentação de um vídeo).

No âmbito do Image Recognition, foi desenvolvido a app Secure Counter que identifica pessoas a entrar e sair de uma loja permitindo o controlo do número de pessoas dentro da mesma apenas com a colocaçã o de um telemóvel ou tablet à entrada do estabelecimento.

A Innovagency mantém-se disponível para ser parceira de marcas e empresas que queiram abordar o mundo das apps móveis ou outro produto digital, com foco na inovação, qualidade e robustez. Contém connosco!