Tecnologias que estão tranformando o mercado imobiliário
Ao falarmos em tecnologia para o mercado imobiliário, nos deparamos com um mundo de questionamentos e incógnitas. Apenas observando os últimos 40 anos desse setor, percebemos um grande crescimento do número de imóveis. A questão é que, apesar do crescimento o mercado imobiliário não foi estimulado a se renovar e aplicar novas tecnologias ao seu modelo.
Passada uma década de mudanças que impactaram muito o comportamento da sociedade, entendemos que a necessidade de morar da sociedade já não é mais atendida pelo modelo de negócio imobiliário tradicional.
Por sorte, já existem fortes iniciativas no radar que prometem causar grande disrupção. O Bloco, que acompanha tudo isso de perto, resolveu compartilhar algumas tecnologias que chegam com força para os players do setor imobiliário.
Big Data e Data Science para análises preditivas e entender o cliente
Imagine uma situação hipotética: O que você faria se soubesse exatamente quem são seus futuros clientes, onde eles estão, quando têm interesse em comprar ou alugar seus imóveis e soubesse a hora exata de intervir? É esse o poder do “Big Data”.
É claro que é muito difícil chegar nesse nível de precisão, mas, de forma geral, quanto mais dados você consegue extrair e transformar em informações, mais precisa e competitiva é uma empresa moderna.
O que popularizou o termo não foi apenas a grande quantidade de dados que está circulando em rede, mas o fato que isso está cada vez mais acessível às empresas de diversos tamanhos e setores. Hoje, mais do que nunca, a ciência dos dados é fator competitivo importante no setor imobiliário e da construção civil.
É através de uma grande quantidade de dados que as variáveis para a construção de um empreendimento são compreendidas, por exemplo. Resultando em uma redução de erros e aumento da assertividade nas vendas.
Plataformas Big Data têm crescido muito nos últimos anos, entregando valor à empresas que querem expandir a base de informações de clientes de forma fácil e precisa, ajudando-os a vender mais. Não só isso, mas esse tipo de plataforma também permite a geração de dados para análise de concorrência, o que auxilia no embasamento das decisões.
A Deepen é um grande case de aplicação de “big data”, “análise preditiva”, “inteligência artificial” e vários outros termos relacionados a dados. A Startup, que não atua apenas no mercado imobiliário, oferece diversos SaaS (Software as a service/Software como serviço) que podem auxiliar incorporadoras e imobiliárias a entenderem sobre o mercado a sua volta e seu comportamento.
Aqui no Bloco utilizamos o Deepen Maps para colher indicadores de algumas regiões de interesse para nossos projetos. Fazemos isso procurando regiões semelhantes. Por exemplo, se mapearmos um local em São Paulo que é ideal para um negócio em especial, pois tem característica residencial e grande densidade de moradores de até 25 anos. Podemos utilizar a plataforma para traçar qual o bairro contém os traços mais parecido na região de Florianópolis com base em nesses indicadores definidos pelo usuário da plataforma, que neste caso foram idade e densidade, bacana, né?
Além da Deepen, várias outras plataformas estão chegando com força no mercado, como a Neoway, Power BI e a Economapas. O importante é entender que o uso do Big Data pode trazer insights sobre o mercado imobiliário e te colocar um passo à frente da concorrência tratando-se de previsibilidade de consumo.
Inteligência artificial para “achar o lugar certo das pessoas no mundo”
Especificamente no mercado imobiliário, uma das tecnologias que se destaca é a união do “big data” e da inteligência artificial para traçar padrões nas escolhas de imóveis dos consumidores.
Em parte, os portais de imóvel online, como os gigantes “Zap Imóveis”, “Viva Real” e “OLX Imóveis”, trouxeram um valor muito claro àqueles locatários e compradores de imóvel nos últimos anos — “Trazer os melhores caminhos para oferecer ao usuário a mais rápida solução entre a procura e o encontro do imóvel ideal. Para qualquer pessoa, em qualquer lugar, por meio de ferramentas de buscas e os mais adequados filtros de pesquisa” — como a própria ZAP Imóveis classifica seu serviço.
Porém, a grande proposta de valor que surge agora é ampliar ainda mais a facilidade da procura do imóvel. E se, além de um classificado online, o usuário pudesse dizer o que ele quer e o que ele ainda não sabe que quer em sua nova casa?
É isso que a Bider faz. Partindo do pressuposto que as imobiliárias perdem muitas oportunidades pelo abandono de clientes no processo de negociação porque muitas vezes a imobiliária não consegue acompanhar a demanda e não conseguem encontram de primeira um imóvel ideal para os interessados. Observando isso a startup Bider começou a oferecer uma indicação personalizada e automática de imóveis.
A plataforma junta as preferências de imóveis indicadas pelos clientes e utiliza essas informações junto a uma inteligência artificial para iniciar o processo de indicação de novos imóveis para os interessados. Tudo isso de forma automática e baseada na pauta de imóveis da própria imobiliária. Ou seja, além de indicar os imóveis com as características específicas solicitadas pelos clientes, a Bider também indica imóveis com maior recomendação para os clientes, não deixando-os sem resposta e sem um imóvel correspondente. Ao final do processo a imobiliária consegue captar clientes que antes eram esquecidos após a primeira solicitação de imóvel.
Resumindo, quanto mais dados sobre os interessados em imóveis e quanto mais padrões são identificados pela IA (Inteligência Artificial), mais precisas são as indicações e mais a plataforma sabe que quem procura por imóvel X tende a também gostar do imóvel Y e assim, vai criando-se uma melhor experiência e recomendação para clientes.
BIM para o mercado de incorporações e imobiliário
Se você é do setor imobiliário ou da construção civil, provavelmente já ouviu falar em BIM. O “Building Information Modeling”, ou melhor, a Modelagem das Informações de uma Construção, na verdade é um conceito que engloba várias tecnologias diferentes. A principal delas é, novamente, o “Big Data”, que é o agrupamento de diversas informações sobre uma edificação. Todas essas informações coletadas podem ser utilizadas para otimizar os processos da construção, da manutenção ou para alguma análise diversa de um empreendimento.
O “poder” do BIM entra quando entendemos que podemos usar os dados para automatizar a identificação de problemas em vistorias, por exemplo, possibilitando até mesmo na redução de custos de manutenção precedendo um problema. Ou quando queremos proporcionar ao cliente visitas online em modelos 3D do apartamento com uso de realidade virtual. Ou então quando queremos ofertar casas inteligentes que economizam água e eletricidade em uma época que tanto se fala em sustentabilidade.
De fato, o BIM pouco entrou no ecossistema imobiliário até agora, mas é bastante coerente acreditar que em breve o conceito BIM vai estar alterando a forma com que nos relacionamos com construções. As construções inteligentes e baseadas em dados serão cada vez mais comuns, bem como a realidade aumentada. Vale a pena procurar entender mais sobre essa e outras tendências do setor.
E você? Como está acompanhando as mudanças e avanços da tecnologia? Qual tecnologia mais está no seu dia a dia?
Como o Bloco pode te ajudar a estar um passo à frente dos seus concorrentes e até mesmo dos seus clientes.
