A primeira festa da firma e o último texto do LinkedIn
Ontem rolou a primeira “festa da firma” da InPeople e de lá pra cá passou tanta coisa pela minha cabeça e pelo meu coração que foi necessário dividir com mais pessoas, além daquelas que estiveram presentes.
O impacto em mim foi tão intenso que algumas conclusões aconteceram naturalmente, mas não vamos nos precipitar nesse texto, apesar de um pequeno spoiler no título. É final de ano, tentemos desacelerar.
Encontros desse tipo marcam o final de um ciclo, mas na minha percepção a comemoração da InPeople marcou o início de um novo momento. O que passou em 2021 foi pequeno perto do que conversamos ontem e do que podemos fazer daqui pra frente. Medo? Temos sim. Vontade também. Vamos fazer o segundo prevalecer e enquanto 2022 não chega, me permitam compartilhar algumas emoções das últimas 24 horas.
O lugar
Quando começamos a planejar a nossa comemoração o modelo foi simples de decidir: um brunch, pelo simples fato de que a alma idosa que habita em mim também habita em outras pessoas desse grupo. E gostamos de comer. Esse negócio de festa com música alta onde as pessoas ficam de pé se “alimentando” de bebida alcoólica tá longe de ser um momento de felicidade pra mim.
Fomos atrás de um lugar aberto (pandemia, né), agradável e que pudesse nos receber com comidinhas gostosas. Levantamos diversos lugares, cardápios, espaços, preços, atendimentos bons e ruins, até que decidimos por um lugar onde o ambiente era rei. Uma casa de chá no meio do mato. Perfeito para maiores de 83 anos.
Reservamos e oramos, já que o local não era conhecido de ninguém.
As pessoas
Para quem não sabe, a InPeople é remote first. Na verdade, somos remote only, já que nascemos junto da chegada da covid no Brasil e nunca nem cogitamos ter um escritório físico. Ouso dizer que somos remote native, para usar termos moderninhos.
Esse modelo permitiu/obrigou que elevássemos nossas habilidades de criar conexões no virtual e ocasionou que muitas pessoas nunca tivessem se visto pessoalmente. Eu mesma só conhecia metade do grupo fora do Zoom e até nossa estagiária conheci pela primeira vez.
Nem preciso dizer como foi poderoso encontrar, abraçar e ouvir ao vivo a voz de cada pessoa que foi chegando. Confesso que não fazia ideia do potencial infinito da rede que criamos durante os projetos de 2020/2021. É uma conjunção de ideias, valores e opiniões que vale muito mais do que qualquer entrega, o que me permitiu também perceber o quanto precisamos de mais encontros desse tipo — já que algumas pessoas estão alocadas em projetos específicos — para multiplicar essa pluralidade e ampliar conhecimento e repertório.
A comida
Nem vou me estender aqui, mas preciso registrar que TUDO ESTAVA MARAVILHOSO e quando a gente achava que tinha acabado, chegavam mais opções. Ficamos quase 4h conversando e comendo sem perceber o tempo passar. Saí rolando, porém feliz.
A troca
Aqui mora o motivo da euforia que me tomou por horas depois do fim do encontro.
Falar de projetos é legal. Ver as entregas acontecendo com sucesso é melhor ainda. Mas trocar sobre crenças e jornadas pessoais, entender motivações e descobrir o que cada pessoa sabe e quer fazer pelo mundo não tem preço.
É claro que falamos de trabalho, mas um grupo alto nível como esse não se perde nas pequenezas dessa esfera da vida. Podemos falar de seleção, mas foi trazido o olhar humano essencial a esse tipo de projeto. Falamos de Diversidade não só do ponto de vista da demanda dos clientes, mas das diferentes experiências e dificuldades quem algumas pessoas enfrentam. Trocamos ideias sobre futuro do trabalho, maternidade e mudança, com muita leveza e sinceridade. E risadas, porque se não for divertido, nem precisa me chamar.
Para quem participou
Não posso agradecer a presença porque cada pessoa foi muito além de simplesmente estar ali. Tenho um olhar bem treinado para observar qualidade e potencial, e pude perceber a força de cada alma que se uniu naquele momento, desde quem falava mais até quem se sente melhor praticando a escuta. Deu mais vontade ainda de trabalhar com vocês.
Obrigada por colocarem na mesa, além dos copos de suco, aquilo que vocês fazem de melhor e abrir um espaço para que no ano que vem nossas possibilidades de interação se ampliem. Obrigada por terem me desafiado em coisas que vocês nem imaginam que são meus desafios de 2022. Vai ser rock n’roll, minha gente.
Obrigada por terem chacoalhado minha mente já inquieta ainda mais.
Conclusões
Por fim, queria usar esse texto também para me despedir dos artigos no LinkedIn. Em 2021 tentei retomar a frequência de textos sobre RH e Gestão publicando simultaneamente lá e aqui no Medium da InPeople, onde os artigos ficam organizados de maneira mais fácil e elegante, e assim pude perceber que o LinkedIn não é uma rede de conteúdo.
Além disso, alimento uma preguiça gigante da maior parte de tudo o que é postado lá — sim, eu detesto o LinkedIn — e tive alguns insights importantes nos últimos dois meses sobre o tipo de conteúdo que quero produzir, sobre possíveis formatos e principalmente entre escrever o que os outros querem ler ou aquilo que é importante para mim e por consequência ecoa nos outros. Estou tendendo a retomar a segunda opção no ano que vem, quem sabe um resgate da antiga Lili do blog — tentativa #9837.
Não se preocupem: novos conteúdos virão! Eu mesma não sei viver sem produzir, escrever e me comunicar. É parte integrante e não pode ser vendido separadamente — antigos leitores entenderão. Só não sei ainda ao certo o formato e estou trabalhando nisso.
Se você chegou até aqui, desejo que seu 2021 tenha sido pelo menos metade do que o meu foi. Tô feliz e animada para o que vem pela frente. Que 2022 seja um ano lindo, com realizações, tempo livre, entregas de qualidade, bom humor e que todo mundo fique cada vez mais perto de ter um ritmo saudável de vida, mesmo navegando em meio a aquela correria do dia a dia 😉