Como é ser Product Designer em uma squad de jornada
E quais as diferenças de uma squad focada em um produto
Confesso que, quando a squad que estou atualmente começou lá em 2019, era difícil explicar para outras pessoas (até mesmo entre novos Product Designers e Product Managers) qual era o escopo de um time que chamávamos de squad de jornada.
Mas antes de começar a falar sobre a squad de engajamento, time onde atuo hoje em dia, vale contextualizar rapidamente o que entendemos como squad no PicPay.
As squads que conhecemos nos times de produto se originaram a partir do modelo que o nosso querido Spotify organizava seus times. Hoje no PicPay temos squads multidisciplinares que atuam juntas para um mesmo propósito. No caso do meu time em específico, temos pessoas das áreas de produto, design, tecnologia, dados, marketing e negócios.
Todos trabalhamos com um objetivo e propósito comuns. Em alguns casos, o objetivo está atrelado a um produto ou funcionalidade específico e, no caso da minha squad, trabalhamos para engajar as pessoas a utilizarem o aplicativo.
Ok, e o que isso quer dizer na prática?
Ao ler artigos, participar de cursos de produto ou design, você provavelmente já ouviu alguém contando que trabalhava em uma squad que fazia um produto específico.
No PicPay, por exemplo, temos squads que atuam em todo o ecossistema do pagamento de boletos. Essa squad foca em resolver todos os atritos e evoluir tudo o que é relacionado ao tema boleto.
Diferente disso, em uma squad que hoje chamamos de jornada, não atuamos em um produto específico e, sim, em métricas de engajamento do usuário: ativação e recorrência para desenhar nossas iniciativas e soluções. Quando dizemos que queremos que um usuário continue utilizando o aplicativo do PicPay, isso abre uma gama enorme de possibilidades, e foca no aplicativo como um todo.
E o maior desafio desse tipo de squad, que pode mexer no aplicativo como um todo, é que, ao mesmo tempo que parecemos "donos de tudo", não somos "donos" de nada. Ou seja, quando digo que não somos donos de nada, é porque quando criamos um produto novo e ele se torna algo grande, esse produto é direcionado para uma squad que possa focar 100% em sua evolução.
Squads que chamamos de jornada focam bastante em fazer testes que facilitem a encontrabilidade dos produtos do aplicativo, personalização do uso e engajamento do usuário ao usar o PicPay.
Tá, mas por que é diferente ser um Designer numa squad assim?
Quando falamos em engajar um usuário a usar nosso produto, esse tema nos abre infinitas possibilidades. Como Designer, na segunda-feira posso estar falando sobre reorganizar como mostramos os produtos do PicPay, enquanto na quarta-feira começo a falar sobre como fazer com que os usuários avaliem o PicPay no Google Play.
Algumas vezes vou me deparar com um Figma com 30 telas e, ao prototipar, ele vai parecer um fluxograma complexo. Outras vezes, vou ajudar a pensar em como melhorar alguma régua de comunicação, afinal, isso também faz parte da experiência do usuário.
E com mais frequência ainda, vou ajudar a formular algum teste.
E já que começamos a falar de teste
Fazer com que uma pessoa escolha utilizar o produto que você está desenvolvendo, e realmente entenda a proposta de valor dele, exige um conhecimento muito grande sobre o mercado no qual seu produto está inserido.
E conhecimento não é adquirido sem tentativa e erro, por isso, dentro do squad em que estou, testamos rápido para errar rápido e aprender com o erro (sim, aquela frase clichê do ágil, que muito falamos mas nem sempre é praticado).
Pesquisas, testes de usabilidade e principalmente teste a/b são uma grande parte do nosso dia a dia, e numa squad que atua diretamente com isso, é importante que a mentalidade de teste exista no time como um todo.
Frequentemente traçamos onde queremos chegar para fatiar essa entrega final em vários testes pequenos que vão começar a trazer valor ao usuário e ao negócio aos poucos. Um dos maiores aprendizados que tive como Designer e que tento repassar para outras pessoas, é que por mais que eu ame pesquisas em que interajo diretamente com o usuário, muitas vezes um teste a/b simples vai conseguir validar ou invalidar uma hipótese que temos mais rápido.
Troca de textos, botões, ilustrações, podem parecer trabalhos "pequenos" para Designers que estão acostumados a ver fluxos complexos, mas muitas vezes vemos um impacto enorme quando fazemos testes de coisas simples.
E é assim, com pequenas mudanças, que começamos a tornar a experiência do usuário mais fluida e intuitiva.
Quer saber mais sobre o trabalho do time de Design do PicPay? Continue acompanhando nossos posts :)
Tem alguma dúvida, precisa de ajuda em algum tópico? Comenta aqui que estou sempre disposta a ajudar!
Até o próximo!
