Vida na SumUp: Liderança remota na crise

Renatabsantana
Inside SumUp
Published in
4 min readMay 20, 2020

Como está sendo o processo que visa ajudar nossos líderes durante o período de trabalho 100% remoto

Renata Santana — People Partner

Sexta-feira, 13 de março de 2020 — Em menos de 48 horas, avaliamos, decidimos, planejamos e executamos o plano para colocar os 850 SumUppers em Home Office. Passada a loucura de fazer isso acontecer, começamos a jornada do trabalho remoto.

Como time de People Partners, a nossa preocupação e foco na primeira semana estava em garantir que todos estivessem bem: com os recursos necessários para trabalhar, recebendo todas as informações de forma transparente e rápida; que estavam se sentindo seguros. Inclusive os nossos líderes. Já que para a maioria deles, era a primeira experiência em liderar um time 100% remoto.

Ainda na primeira semana, foram muitos os artigos, textos e guias divulgados sobre liderança remota. E sentíamos que precisávamos oferecer algo nesse sentido, além do apoio que já estávamos dando para os nossos líderes nesse momento.

A primeira decisão que tomamos foi em relação ao material. Fizemos uma curadoria de todos os artigos e guias que já haviam sido divulgados, com as melhores práticas que havíamos construído e experimentado dentro de casa. As nossas sessões aconteceram 4 semanas após o início do trabalho remoto. O que para muitos pode parecer uma resposta tardia, pra mim, foi o timing perfeito. As primeiras semanas foram caóticas e nosso maior cuidado como time de People, foi de não sobrecarregar ainda mais os líderes com sessões e informações. Tivemos então a chance de entender quais eram os nossos principais desafios e dores, identificando o que era de fato um problema, para criar, experimentar e consolidar as nossas práticas.

A segunda decisão que tomamos foi a de não falar somente sobre Liderança Remota, mas também (e principalmente), de Liderança na crise. A média de idade da nossa liderança é de 35 anos e a maior parte deles nunca vivenciou uma crise como líder, nem mesmo como profissionais.

A terceira decisão foi a de escolher o melhor formato de material e como compartilharíamos, ouvindo e perguntando o ponto de vista da nossa liderança. A soma de um momento de crise e trabalho remoto estavam gerando uma quantidade não trivial de informações, textos e mensagens. Eu, particularmente, não queria escrever mais um doc, mais um artigo e enviar para que o time lesse. Não seria efetivo. Enviei um poll rápido em um canal no Slack, dando 3 opções e a maioria escolheu por uma sessão online de 1 hora. Vale citar que um grupo significativo votou por Podcast, um formato novo que começamos a utilizar também internamente.

O resultado foi um material sucinto, objetivo e direto. Durante as sessões, conduzimos de forma a abrir espaço para que compartilhassem dores, desafios e trocassem boas práticas entre si. Afinal, são raras as oportunidades onde temos líderes em início de jornada (Jr) e líderes mais seniores juntos em uma mesma sessão de aprendizado.

SumUppers no escritório de São Paulo antes da quarentena

Para falar de Liderança na Crise, optamos por citar 10 dicas práticas — enfatizando a importância da comunicação e do liderar a si mesmo.

Para falar de Liderança remota, partimos do modelo de Tuckman sobre os estágios das equipes e de como adequar as práticas e a liderança em tempos remotos de acordo com cada um dos estágios. Falamos também sobre 3 (isso, apenas 3) pilares fundamentais para se ter em mente na liderança remota — Comunicação, Colaboração e Conexão Social. E finalizamos falando sobre o não menos importante, porém o maior desafio — Gerenciamento de Performance.

Como em tudo que fazemos, tivemos também alguns aprendizados.

O primeiro foi que, por melhor que seja a intenção de fazer algo sucinto, 1 hora não foi suficiente. Como queríamos e promovemos a participação e interação durante a sessão, o final acabou sendo corrido.

O segundo foi de que poderíamos ter focado mais em exemplos práticos de soluções para os desafios e problemas. Citamos alguns e estimulamos que os participantes trouxessem os seus exemplos também, mas sessões curtas devem ser mais pragmáticas.

O resultado desse esforço foi um material direto, objetivo e sessões de troca de conhecimento e aprendizado, que não devem parar por aí. Como People Partner, estou apoiando mais do que nunca os líderes, times e pessoas, e aprendendo e adaptando à medida em que os desafios vão acontecendo no dia a dia e que vamos descobrindo o que melhor funciona para cada pessoa e para o negócio.

Confira as oportunidades abertas no Brasil e venha fazer parte do nosso time.

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