Vozes que orgulham

Dóris da Weni
Weni

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No Dia do Orgulho LGBTQIAP+, celebramos a diversidade e lutamos por um mundo mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

É um momento de reflexão e conscientização sobre os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAP+ e de reconhecimento das conquistas alcançadas ao longo dos anos.

Para celebrarmos a data, convidamos 4 Weniers para compartilhar conosco suas histórias e suas trajetórias no mercado de trabalho. Não deixe de ouvir as vozes de Gustavo, Wildney, Sarah e Amorim.

Gustavo Cavalcante, Designer Gráfico

Me chamo Gustavo, tenho 27 anos, e há 7 anos trabalho como designer gráfico. Gosto de tudo que envolva música, TV, discos e arte.

Ao longo dos anos, enfrentei desafios, conquistas e momentos de autodescoberta que moldaram a pessoa e o profissional que sou hoje.

Ainda me lembro do dia em que me juntei à Weni. Desde o início, fui acolhido com respeito e aceitação por todos da equipe. Descobri que fazer parte de uma organização que valoriza a diversidade é um grande privilégio. Aqui, tenho a oportunidade de ser eu mesmo.

Na Weni tenho a oportunidade de desenvolver meu lado pessoal e profissional diariamente. Encontrei um ambiente acolhedor, onde fui recebido com carinho e onde cada pessoa acredita no meu potencial. Essa cultura de apoio e confiança foi essencial para a minha trajetória até aqui.

Acredito que seja de extrema importância a criação de espaços inclusivos e seguros para todos os funcionários, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Pontos como lideranças inclusivas, conscientização sobre diversidade e políticas de não discriminação são necessárias para criar um espaço de acolhimento para pessoas LGBTQIAP+.

Wildney Cavalcante, Analista de Ativação e Adoção

Meu nome é Wildney Cavalcante, mas podem me chamar de Wild. Sou de Maceió, nasci aqui e considero este lugar como meu ponto de partida e retorno para o mundo.

Desde criança, percebi ser diferente. Não sabia exatamente o motivo, mas sabia que meus gostos não eram iguais aos dos outros meninos. Embora tentasse brincar com carrinhos, preferia desmontá-los para ver o que havia dentro. Gostava de criar ventiladores com bobinas. Foi assim que descobri minha aptidão para a engenharia e as ciências exatas, o que me levou a me formar como engenheiro civil.

No entanto, outra diferença foi especialmente difícil de enfrentar: sou gay. Hoje, escrevo com orgulho sobre isso, mas nem sempre foi assim. Descobrir minha identidade como parte da comunidade LGBTQIAP+ (sendo forçado a sair do armário devido ao bullying) em um país que tenta invisibilizar nossa existência, foi desafiador. Durante muito tempo, segui a cartilha de me esconder, acreditando que minha existência deveria ser mantida em segredo e que isso não contribuiria para minha vida pessoal e profissional.

Hoje, percebo que não posso separar minhas experiências pessoais das profissionais, pois sou uma pessoa completa com elas.

Não que eu precise falar abertamente sobre minha “intimidade sexual” no ambiente de trabalho, mas minha orientação sexual faz parte de quem eu sou. Minha forma de me comunicar, meus medos e minha ansiedade (TAG) são influenciados pela forma como cresci e lidei com esses medos durante a infância e a adolescência.

Durante uma conversa particular (1:1) com meu líder, percebi o quanto os feedbacks, mesmo positivos, me deixam em estado de alerta e defensiva. É como um gatilho que não deveria ser ativado, pois lidar com frustrações e elogios faz parte da rotina de trabalho. Sempre tive que provar para minha família, amigos e colegas que não sou “diferente” ou menos capaz, por não ser o padrão da sociedade. Ter uma liderança que consegue compreender sem preconceitos e ajudar a lidar com isso torna o ambiente muito mais acolhedor. Agradeço ao meu líder por isso.

Compartilho essa experiência porque percebo cada vez mais que ambientes que valorizam a diversidade conseguem ser mais acolhedores. Pode parecer simples colocar um arco-íris no logotipo da empresa, mas para quem faz parte desse arco-íris e vivência a diversidade no dia a dia, isso nos faz sentir protegidos e respeitados como profissionais. Nossa identidade de gênero e sexualidade não devem ser encaradas negativamente, mas sim como parte de nós mesmos, sendo respeitadas.

Aqui na Weni, decidi falar abertamente sobre minha sexualidade com meus líderes, pares e toda a empresa, e isso foi completamente normal e natural. Quando cheguei aqui já encontrei pessoas que também tinham suas histórias e se sentiam bem consigo mesmas. Aqui, há pessoas LGBTQIAP+ trabalhando em seus computadores, ocupando cargos de liderança, participando de reuniões da maneira como se sentem confortáveis e merecem estar, com acessórios, maquiagem ou não, com suas diversidades de cores, raças, cabelos, vozes, gêneros e expressões de gênero, simplesmente focados em libertar o potencial humano. Tenho verdadeiros amigos que frequentam ambientes LGBTQIAP+ comigo, buscando libertar-se das amarras sociais.

Ser LGBTQIAP+ é difícil, seja em casa, na rua ou no mercado de trabalho. Se uma empresa tem a capacidade e a disposição de nos fazer sentir bem-vindos e acolhidos em nossos momentos de glória ou tristezas, ou quando estamos trabalhando, permitindo-nos esquecer dos problemas externos e proporcionando conforto, isso deve ser feito, durante os 365 dias do ano. Foi isso que senti aqui na Weni, e é isso que me motiva a me reinventar e liberar todo o meu potencial como ser humano, profissional e membro da comunidade LGBTQIAP+ no mercado de trabalho.

Sarah Pinheiro, Coordenadora do time de Educação/Comunidade

Meu nome é Sarah Pinheiro, eu tenho 24 anos e falar sobre sexualidade sempre foi um tópico sensível para mim, mesmo em um ambiente aberto e seguro como a Weni. Digo isso, pois acredito que sexualidade e gênero podem fluir, pois as pessoas mudam com o tempo e as experiências cotidianas. Nesse depoimento você verá como eu tenho o sentimento de ser um livro aberto um pouco demais: sou mulher, lésbica e agênero.

Minha trajetória sendo LGBTQIAP+ no mercado de trabalho é cheia de frustrações, principalmente nos empregos que me forçaram a me encaixar em padrões sociais. Usar batom, salto alto, brincos, calça colada, decote e cabelo curto? Nem pensar!

Esses tópicos sensíveis começaram a fazer parte do meu dia a dia e incomodar cada vez mais, pois minha sexualidade ou expressão de gênero não interferem na qualidade do meu trabalho.

E quanto a essas questões, acredito que um assunto relevante para o ambiente de trabalho é a expressão de gênero, pois mesmo nesse ambiente, ela vai existir e deve ser respeitada. Hoje eu não vivo sem um no dress-code e com o tempo pude perceber o quanto isso pode tornar um ambiente mais aberto à expressão de gênero não padrão.

Quando menos esperei, comecei a me perguntar porque eu sentia que no trabalho eu era outra pessoa e porque eu temia um dia o assunto do almoço ser uma bela fofoca sobre a minha vida. Por sorte, isso começou a mudar quando entrei na Weni. De início tive medo de estar em um ambiente aberto, mas inseguro, porém com o tempo pude perceber que a Weni sempre se dedicou na inclusão e diversidade no trabalho, trazendo temas muito importantes e talks relevantes que impactam positivamente nossa relação social. Hoje eu desejo uma fofoca no almoço!

Entrei na Weni como estagiária Especialista em Chatbots, me dediquei e aprendi muito, até que fui efetivada no cargo. Desde o início eu sempre tive uma líder que confiava em mim e me desafiava a fazer diferente e como sempre fui uma pessoa aberta aos desafios e a aprender com eles. Com o passar do tempo, me tornei Coordenadora do time de Educação/Comunidade, que é o time responsável por ensinar os usuários da Weni plataforma a libertarem o potencial humano usando as tecnologias da Weni.

Matheus Amorim, Diretor de Operações

Olá, pessoal, sou Matheus Amorim, tenho 25 anos, sou formado em administração pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e atualmente estou cursando MBA em Digital Business na Usp-Esalq. Sou pai de duas cachorrinhas lindas, Azula, uma Husky Siberiana e Cocada, uma vira-lata carente. Adoro dançar e assistir filmes/séries de suspense ou true crime, além disso, sou muito fã de Cavaleiros do Zodíaco.

Como homem cis gay, sempre procurei ter uma postura ativista e de levar representatividade em todos os espaços que ocupei, seja na faculdade ou já no mercado de trabalho.

Na faculdade, passei 3 anos no Movimento Empresa Júnior (MEJ), tendo a oportunidade de desenvolver vários projetos de consultoria empresarial, bem como liderar o time de Gente & Gestão e o escritório de projetos. Ainda no MEJ, como líder, sempre busquei incentivar o debate sobre diversidade, e mais especificamente em 2018, juntamente com outras pessoas da comunidade LGBTQIAP+, criamos uma página para disseminar conhecimento e informação sobre a causa.

Em todas as minhas experiências profissionais, sempre busquei espaços que acolhessem e incentivassem a diversidade. Em 2019, iniciei minha trajetória na Weni e com o passar do tempo recebi novos desafios, como a estruturação dos times de ativação e comunidade. Atualmente, como Diretor de Operações, tenho a honra de liderar diversos projetos, processos e equipes em uma empresa que realmente acredita e incentiva a diversidade.

Nesses 8 anos como profissional sendo membro da comunidade LGBTQIAP+ pude vivenciar diversas experiências e aprendizados, e me reconhecer como profissional privilegiado por não sentir tão diretamente a homofobia, algo muito comum em nossa sociedade.

Na Weni, acreditamos em libertar o potencial humano e não existe nada mais humano do que a diversidade humana.

Por isso, no mês do orgulho LGBTQIAP+, um dos pontos que mais acho relevante para a comunidade, principalmente quando falamos do ambiente de trabalho, é a liderança.

Liderança é representatividade e para nós, pessoas LGBTQIAP+, os conceitos de representatividade e representação são complexos e caros. Vivemos um mundo de visibilidade, onde uma das máximas que imperam é o do “quem não é visto não é lembrado”, mas nesse contexto de uma sociedade visual, “ser visto” é também uma forma de pressionar instâncias por mais direitos e por igualdade.

Além disso, é uma forma de conscientizar a sociedade sobre as causas deste grupo social. Representar é existir, por isso a presença de lideranças assumidamente pertencentes ao grupo LGBTQIAP+ é extremamente importante, para construir organizações mais humanas.

Conclusão

A Weni acredita que a educação, a conscientização e o diálogo podem construir um mundo mais inclusivo e empático. Agradecemos por ter esta pluralidade de vozes e esperamos que esta cartilha seja útil para disseminar conhecimento e combater a discriminação hoje e sempre.

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