Insights da Semana 29| Seja toupeira em alguma coisa
Isso mesmo, seja ruim pra c#%*
Há algum tempo venho tentando criar alguns hábitos mais saudáveis, mas acabava não fazendo porque era absurdamente ruim e me desanimava. Ano passado tentei 5 vezes começar a correr; fiz por uma semana e parei por um mês. Morria trotando 300m. Eu era uma toupeira..
pídeos. São animais que vivem enterrados no subsolo, em tocas e galerias. Têm corpo alongado , coberto de pelos escuros, não têm orelhas externas e são totalmente ou parcialmente cegos. Sua alimentação baseia-se em pequenos animais invertebrados que vivem no solo.
É uma bosta começar a fazer algo novo. É chato, a gente fica perdido fazendo tudo errado, gasta mais energia e gera nada de resultado. Conclusão: dá a maior vontade de largar e é o que de fato fazemos. Quem já não teve essa MESMA experiência em algum curso — online, por exemplo?
Ah, já sei! Pra aprender algo novo precisa de 1000h de esforço, né?
Eu não quero ser O mestre de economia, de design ou até mesmo de engenharia; eu quero ser um cara de excelência em poucas áreas. No resto, espero ter um conhecimento básico para abrir portas de comunicação e pontes entre conteúdos.
Mas o que acontece quando a gente aprende?
O aprendizado é dado por um começo lento — aquele início chato que eu tinha falado — e é aqui que a gente para, porque sentimos que não estamos evoluindo — é quase verdade afinal, a curva é bem lenta. Esse começo não custa as famosas “1000 horas”, ele custa — na verdade, 20 horas. (explicação sobre isso mais abaixo, calma)
Eu sou toupeira na natação. É vergonhoso. Não consigo respirar direito e pareço um abobado nadando e tomando água. Hoje, uma criança de 11 anos com 1/3 do meu tamanho cruzou a piscina numa serenidade enquanto eu lutava contra a água de forma abrupta de tanta raiva. Ah, esqueci de dizer, ser toupeira dá raiva — pelo menos pra mim.
Esse ponto a gente demora; de fato — mas é aqui que aprendemos a base, como em Cálculo I na engenharia ou respirar na natação.
Já na corrida, eu ultrapassei o toupeira, depois de alguns meses correndo e cansando, sentindo dor, criando desculpas para treinar; agora é corrida todo dia, agora entendo a linguagem e estou em busca de um ritmo de 3'40/km para a próxima rústica*. Aqui está outro parâmetro interessante: o começo é lento porque a gente não se entende e não conseguimos entender o que não entendemos (?) para então entender e… Entendeu?
Ser toupeira é a prova mais consistente de que tu está aprendendo a base de algo completamente novo.
Na corrida entrei numa evolução muito rápida. Em 2 semanas baixei 40 segundos para uma prova de 5km, e agora baixei 10 segundos em 1 semana nos 1,5km; estou vivendo a aceleração.
Curte, compartilha e me segue aí no medium ❤
Faço isso totalmente por amor, e gostaria saber se é amor correspondido ❤ rsrsrs
O que causa essa aceleração?
- Tendo a base construída, sabemos os pontos exatos em que erramos, tornando o aprendizado mais eficiente;
- Temos foco para aprender só o que queremos;
- E, normalmente, o aprendizado deixa de ser um experimento e passa a ser rotina.
Basicamente,
quando tu é toupeira, tu está saindo de uma zona de conforto e construindo uma nova. Tendo essa nova zona criada, tu cresce até um limite e a partir desse limite é que entramos para falar de excelência.
E agora começamos no papo das 1000 horas de fato: aqui é para os excelentes, os melhores, a galera F@%$; nesse ponto, o treino passa a ser para não reduzir o nível. Todo treino é ouro, e cada dia de descanso o teu concorrente está treinando. É sangue no olho. Mas a gente não precisa disso todo dia em tudo… Eu só quero correr e me sentir bem, e só, deu.
1h por dia, 20 dias no mês. Concluí nessa semana minha última hora de toupeira.
PS: caso falte/sobre algo nesse texto, me avise. Sou um toupeira na escrita no Medium.
*Correr na velocidade de 3'40 por km em uma corrida de 6km.
Vamos tomar um café?
Eu vivo de rede, de apresentar pessoas, cases, ideias; e quero abrir mais a minha mente. ❤
Me chama no whats ;)
(51) 9 9928–2929
PS: esse texto é um repost de 2016; ele foi um dos meus melhores textos ever — e merecia estar na lista dos insights ❤
