Jogos eletrônicos: um universo de possibilidades

Lucca Izzo
Insper Mad Fox
Published in
4 min readMay 27, 2018

Por Lucca Izzo, Martim Ferreira e Felipe Scandiuzzi

Jogos Eletrônicos

O mundo vive uma era dominada por equipamentos eletrônicos. Eles possuem papéis de importância no nosso dia-a-dia e não conseguimos imaginar uma vida sem eles. É apenas lógico que, em um mundo como e sse, o entretenimento também se tornasse eletrônico. Essa tendência pode ser observada pelo surgimento e popularização da televisão, mas seu ápice está no mercado crescente dos jogos eletrônicos. Popularmente chamados de videogames, os jogos eletrônicos já são o quarto maior mercado de entretenimento do mundo, movimentando 109 bilhões de dólares por ano (2017), sendo maior que a indústria cinematográfica e mais que 7 vezes maior que a indústria musical. Apesar de serem considerados por muitos apenas brinquedos, os jogos eletrônicos são um dos maiores mercados do mundo. As pessoas que constituem esse mercado, os chamados “gamers”, já numeram 2,2 bilhões de pessoas, de diversas idades e gêneros.

Composição etária e de gênero da comunidade gamer

eSports

Dentre todos esses gamers há aqueles que almejam levar o jogo a um outro nível, um nível profissional, competitivo. eSports, abreviação em inglês para esportes eletrônicos, se popularizou nos anos 2000, quando um cenário competitivo começou a ser formado a partir de diversos campeonatos patrocinados por fabricantes de computadores. O intuito desse patrocínio era difundir a marca entre jogadores participantes e espectadores. Estes campeonatos foram considerados um sucesso para tais empresas, e logo se tornaram uma constante. Hoje em dia, os principais eventos de eSports já atraem mais espectadores do que a NBA, perdendo apenas para a NFL, a Champions League e a Copa do Mundo. Os eSports geram um faturamento anual de aproximadamente 1 bilhão de dólares, o que, em comparação com outros esportes, é muito pouco. Entretanto é o único mercado esportivo que espera um crescimento de 50% até 2020, mostrando o grande potencial de expansão desse setor.

Mercado Profissional

Com o incentivo monetário de possíveis patrocinadores e das premiações de campeonatos, surgiram os atletas de eSports, aqueles jogadores que tornaram o jogo a sua profissão, os chamados Pro Players. Celebridades nas comunidades em que jogam, os Pro Players influenciam milhões de gamers ao redor do mundo, tornando-os candidatos perfeitos para patrocinadores, que financiam o seu estilo de vida. Atualmente, o cenário de eSports é altamente competitivo devido ao grande número de jogadores profissionais espalhados pelo mundo. A rotina de um Pro Player pode ter até 14 horas de jogatina por dia e, mesmo assim, não é garantido que ele consiga se manter no topo.

Mas se tornar um atleta não é o único meio de trabalhar na área. Uma indústria que movimenta 110 bilhões de dólares anuais precisa de vários profissionais diferentes para conseguir operar. Dentro das carreiras específicas do setor estão: programador de jogos, designer de jogos, designer de níveis, produtor de jogos, artista de jogo e testador de jogos. Além disso, há carreiras comuns a todas as outras indústrias tais como administrador, contador, profissional de marketing, gestor de recursos humanos, etc. Seja em grandes desenvolvedoras como a Activision Blizzard ou a Eletronic Arts ou em pequenas empresas independentes, mídia especializada como a IGN, distribuidoras e mercados paralelos dos mais diversos tipos (de acessórios e apostas, por exemplo), o número de oportunidades nessa indústria não para de crescer.

Insper Mad Fox

Aproximadamente metade do público gamer possui entre 18 e 49 anos, justamente a faixa de idade do alunos que cursam o ensino superior. Posto isto, observamos que dentro do Insper há muitos alunos e alunas gamers, que muitas vezes jogam o mesmo jogo e mal se conhecem. Assim, surgimos com a ideia de criar uma comunidade para todos esses alunos jogarem juntos e se conectarem. Mas, devido à amplitude do mercado, nós não nos contentamos em apenas conectar os alunos e isso nos fez querer ir além.

Foi assim que, no início deste semestre, criamos o Insper Mad Fox. Uma organização estudantil que tem como objetivo primário integrar os alunos e alunas gamers em uma comunidade aberta para discussões, jogatinas e compartilhamento de conteúdo, promovendo um ambiente à parte dos estudos e estresse. Para desenvolver ainda mais essa comunidade e adentrar no meio de eSports, criamos times para representar o Insper nos torneios universitários, que têm como modalidades jogos como CS:GO, League of Legends, Hearthstone, FIFA e Clash Royale. Nesses times, os jogadores acabam desenvolvendo habilidades como análise e resolução de problemas, liderança de grupos e trabalho em equipe, além de se aproximarem do mercado de jogos eletrônicos e eSports.

Nosso outro objetivo é aproximar o aluno a esse mercado, por meio de projetos, estudos de caso e atividades complementares, que os façam aplicar os conhecimentos obtidos na faculdade em um assunto que lhes desperte interesse e paixão. Além disso, queremos aproximar os alunos das oportunidades oferecidas por esse mercado em ascensão, empreendendo ou criando canais de comunicação com empresas da área.

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