O Coronavírus chegou, e agora?

Tudo começou em Wuhan, na China, no final de 2019, e agora boa parte da população mundial, inclusive nós, estudantes, está presa em casa. Neste texto falarei sobre o Covid-10, seu impacto na educação e como lidar com ele.

Júlia Papa
InspiraSonho
5 min readApr 5, 2020

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Estamos em pandemia. Viagens internacionais só podem ser feitas em caso de extrema necessidade; só se pode sair de casa para fazer tarefas extremamente importantes, como ir ao mercado ou à farmácia; você não pode sair com os seus amigos e nem mesmo visitar sua família. Mas afinal, o que é uma pandemia?

Uma pandemia é uma doença que se espalha por várias regiões do planeta. E o coronavírus, doença que apareceu inicialmente na cidade chinesa de Wuhan e hoje já está em praticamente todos os países do mundo. Por que se espalhou tanto? Pois o contágio do Coronavírus é extramente rápido e fácil e o fato dele ainda não ter cura maximiza as chances de contaminar o próximo.

Por conta dessa fácil de chance de contaminação, é essencial que as pessoas fiquem em casa, para que ocorra um fenômeno conhecido como “achatamento da curva”. Nele, o tempo que a doença circulará aumenta, porém o número de casos que existem por dia diminui. Com um ritmo de contágio menor, o sistema de saúde consegue se manter estável e não colapsar.

você pode ler a matéria completa aqui https://www.nexojornal.com.br/externo/2020/03/13/Como-desacelerar-a-pandemia-de-coronav%C3%ADrus

Caso as pessoas fiquem vivendo suas vidas normalmente, o sistema de saúde do país não consegue dar conta de tantas pessoas doentes e assim, o número de casos aumenta exponencialmente e assim o de mortes também, tudo em curto período de tempo. Por isso, o isolamento social nesse momento é tão necessário e temos que nos esforçarmos para cumpri-lo, por mais difícil que seja.

Contudo, com esse momento de isolamento, muitos setores da sociedade acabam sendo extremamente prejudicados, como o da economia e o da educação, que será o tópico abordado nesse texto.

A pandemia e a Educação Brasileira

Em boa parte dos países, uma das primeiras medidas tomadas com a chegada da pandemia foi o fechamento das escolas e universidades. Neste momento, há milhões de estudantes em suas casas. Algumas instituições adotaram métodos online, mas isso não é possível em todos os lugares. O maior impacto da epidemia no setor educacional é o aumento da desigualdade no processo de aprendizagem.

Em boa parte das universidades, escolas e cursinhos pré-vestibulares particulares foram adotados os mais diversos métodos online como aulas ao vivo em plataformas como o Zoom e o Google Classroom, ou postando vídeo-aula para os alunos, juntamente com lições de casa. Nesse universo particular, tudo está ocorrendo relativamente bem, em grande parte não há problemas de acesso às plataformas e as instituições de ensino particular no geral tem condições para ajudar os alunos em caso de necessidade.

De acordo com o INEP (Instituto Nacional e Estadual de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação), 77% dos jovens brasileiros estudam em escolas públicas. Infelizmente, a grande maioria delas possuem uma infraestrutura debilitada, logo a internet não costuma ser muito utilizada durante a aula, principalmente nas zonas rurais.

Além disso, 30% da população brasileira não tem acesso à internet. Na zona urbana do país, 74% das pessoas tem acesso, enquanto na zona rural, apenas 49%. Entre os domicílios, 67% deles tem conexão ao wi-fi. Isso significa que mesmo se as escolas públicas utilizassem plataformas digitais nesse momento de isolamento — e mesmo se fosse no dia a dia- muitos alunos não conseguiriam ter acesso ao conteúdo.

Finalmente, é importante lembrar que não existem ainda muitos métodos de ensino a distância eficazes para crianças que estão na educação infantil e no ensino fundamental. O fato de não ter uma pessoa especializada acompanhando o desenvolvimento dos alunos afetará mais ainda os índices frágeis de educação do país, principalmente os relacionados à alfabetização.

Com tudo isso, é importante ver como os privilégios que temos se escancaram em momentos de crise como esse. Muitos jovens que têm o sonho de ingressar em uma faculdade ou simplesmente querem aprendem terão dificuldades para alcançar seus objetivos. Em uma situação dessa, é importante termos empatia e ajudarmos o próximo, pois realmente é um momento complicado para todos. Além disso, é necessário que os governantes tomem atitudes racionais em relação ao que fazer com a questão das escolas e como ajudar os que estão sendo mais prejudicados.

Dicas de estudo para a quarentena

Para quem já acompanha o InspiraSonho nas redes sociais, viu no Instagram algumas dicas no feed. Mas agora vou dar algumas dicas relacionadas aos estudos de vocês!

  1. Organize sua rotina! Se você não está tendo aula ou está estudando por vídeo-aula, monte seu horário de estudos para conseguir dar conta de tudo que você quer fazer.
  2. Se você está no Ensino Médio e está estudando para o vestibular, o cursinho online Stoodi liberou todas suas vídeo-aulas e lista de exercícios gratuitamente até o dia 13/04, podendo prorrogar esse período. Caso você tenha interesse acesse aqui.
  3. Existem sites como o Projeto Medicina que disponibilizam listas gratuitas de todas as matérias do mais diversos vestibulares. Acesse aqui.
  4. A Khan Academy é uma plataforma que oferece cursos dos mais diversos, passando por matemática para alunos de Ensino Fundamental até cursos como História da Arte, Microeconomia e Álgebra Linear. Além disso eles liberaram um arquivo com programações diárias para alunos de 2 a 18 anos e também guia para pais e professores ajudarem os alunos. Para mais informações, acesse aqui.
  5. Estabeleça metas diárias (e de preferência, realistas) de estudos com seus colegas e tente batê-las. Utilizem plataformas para estudarem juntos como o Google Hangouts e o Skype e façam blocos de estudos de 50 minutos com intervalos de 10 minutos. Faz você não se sentir tão sozinho nesse momento e ainda é extremamente produtivo.
  6. Em um momento como esse, as redes sociais estão bombando e as notificações não param de parecer. Então, na hora de estudar, fique longe de seu celular, ou, se você usa seu celular para estudar, tire as notificações dele para não se desconcentrar.

Enfim, agradeço muito a todos que leram e por favor, se cuidem! Não saiam de casa na medida do possível, tentem se distrair, mantenham o contato com os amigos, leiam, escrevam… Esse é um momento bem difícil para a nossa sociedade, e por mais que demore, vai passar! Fiquem bem

Fontes

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Júlia Papa
InspiraSonho

FGV School of International Relations Undergraduate student. Soft Sciences enthusiast. Data Science applied to Political Science researcher. Text as Data.