Ana Thommen
InspiraSonho
Published in
3 min readDec 22, 2020

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Voando com o Programa de Embaixadores

Minha jornada aqui começa bem antes do Programa de Embaixadores, ela se iniciou dentro da minha cidade e da necessidade que eu tinha de retribuir para a sociedade o que eu tinha recebido dos projetos sociais que me auxiliaram a chegar na universidade pública.

Mas vou cortar um pouco a história e chegar na parte em que eu conheci o InspiraSonho.

Pra inicio de conversa, sou bolsista desde o fim de 2019 em um programa da prefeitura da minha cidade (Fortaleza) chamado Bolsa Jovem, que estimula jovens vulneráveis à alcançarem o protagonismo juvenil e foi ele que atiçou minha ambição por fazer a diferença na minha comunidade.

Em janeiro de 2020 por meio da 3ª Conferência Virtual de Protagonismo Juvenil (III CPJ), a qual reune diversos jovens do país para falar sobre o tema liderança jovem e que me mostrou que eu não sabia nem 10% das oportunidades que existem no mundo.

Pois pronto, foi aí que eu decidi que precisava viver a experiência de ser uma embaixadora, não só por mim, mas pela possibilidade de ajudar outros jovens como eu, que por conta de sua origem simples, não alcançam seus sonhos.

Então tomei coragem para me inscrever em oportunidades locais em busca de reconhecimento para tentar o programa de embaixadores. E eu consegui, logo depois eu fui selecionada para um projeto local chamado Peace Leaders de uma ONG sueca chamada Fryshuset também em parceria com a prefeitura.

Nele eu desenvolvi uma ideia para ajudar jovens a alcançarem oportunidades e isso me ajudou a chegar até o programa. E foi a MELHOR COISA QUE ME ACONTECEU.

Ser embaixadora mudou a minha vida!

Primeiro que eu tive acesso a informações, que para muitos jovens, são básicas quando se fala de oportunidades extracurriculares, mas para mim, foram essenciais para que eu alcançasse outras oportunidades. Desde cartas de motivação a missões de autoconhecimento… TUDO foi essencial para o meu processo de aprendizado.

Sem contar que eu pude aprender a olhar com mais atenção e carinho para as necessidades da minha comunidade para depois propor soluções efetivas para os seus problemas.

A primeira missão, na qual eu fiz um pequeno estudo sobre as desigualdades da minha cidade e também sobre as oportunidades locais existentes foram a base sólida que eu precisava para conhecer melhor a minha cidade e trazer soluções para as necessidades que existem.

Percebi que o problema aqui não é não é a inexistência das oportunidades, mas sim que a juventude não possui acesso à informação por conta do baixo índice de desenvolvimento da maioria dos bairros de Fortaleza.

De acordo com uma pesquisa realizada em Fortaleza, baseada no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o qual usa escala de 0 a 1, apenas 10 bairros possuem o IDH considerado de um país desenvolvido (acima de 0,700). Enquanto isso a maioria está com índices entre 0,200 e 0,500, semelhante à países subdesenvolvidos.

Durante as missões seguintes eu trabalhei muito duro para que eu me tornasse mais consciente da minha trajetória, para que eu pudesse tentar oportunidades que pudessem me ajudar a mudar a essa minha realidade.

Por conta disso eu consegui alcançar esse objetivo e trouxe visibilidade a muitos projetos locais por meio do Dia Internacional da Juventude da ONU realizado pelo IYD Brasil, além de conhecer diversos projetos e pessoas que vem mudando o país.

Por fim, gostaria de agradecer a equipe do InspiraSonho, pelo cuidado e atenção que eles deram a cada um dos embaixadores, pois sei que eles plantaram sementinhas que podem florescer e dar frutos muito doces.

Por conta do trabalho duro pela minha comunidade catalizado pelo InspiraSonho, eu acabei de ser premiada no I London Leadership Competition, competição realizada pela World Association of International Fairs (WIFA). Fui terceiro lugar na colocação 20–24 anos, o que me garantiu uma mentoria em empreendedorismo e credenciais da International British Innovation, Invention, Technology Exhibition — IBIX para ir à Londres.

Só queria dizer que o Inspira me fez alcançar voos altos, e eu nunca nem pensei que andaria de avião!

A piada foi péssima, mas a intenção é enaltecer esse trabalho incrível, que ajudará no impacto em jovens vidas da minha comunidade.

Escrito por: Sabrina Cabral Souza

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