IHU
Instituto Humanitas Unisinos
32 min readMay 20, 2015

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Instituto Humanitas Unisinos — IHU, de modo mais específico a Revista IHU On-Line , Noticias do Dia e os Cadernos de Teologia Pública, reúnem multimídias, entrevistas e pesquisas realizadas sobre o Concílio Vaticano II.

O Concílio Vaticano II foi convocado no dia 25 de dezembro de 1961, através da bula papal “Humanae Salutis”, pelo papa João XXIII e realizado em 4 sessões, entre 11 de outubro de 1962 e 08 de dezembro de 1965. O encerramento foi sob condução de Paulo VI. É um concílio ecumênico: 21º Concílio Ecumênico da Igreja Católica.

A eclesialidade do Concílio Vaticano II não está fechada em si mesmo, mas aberta numa postura dialogal com a sociedade. As palavras-chave para entendê-la são aggiornamento e pastoralidade. É uma reforma não doutrinal, mas pastoral.

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Este Guia de Leitura recupera as produções realizadas em vista da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II e compõem-se de seis linhas orientadoras:

  1. O Concílio, um evento dialogal e primaveril na Igreja
  2. Os Papas do Concílio: João XXIII e Paulo VI
  3. Pacto das Catacumbas: uma Igreja serva e pobre
  4. A recepção do Concílio
  5. 50 anos depois…
  6. Francisco e o Concilio Vaticano II
> Acesse aqui a Revista IHU On-Line <

Em 2012, iniciava a celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II e a Revista IHU On-Line debateu as possibilidades e os impasses do Vaticano II, 50 anos depois, com a colaboração de diversos(as) estudiosos(as): Andrea Grillo, Gilles Routhier, Johan Verstraeten, Massimo Faggioli, José Roque Junges, Maria Benedetta Zorzi, Armando Matteo, João Batista Libânio, John O’Malley, Margit Eckholt, Olga Consuelo Velez, José Oscar Beozzo, Nancy Cardoso Pereira, Rodrigo Coppe Caldeira e Faustino Teixeira.

Concílio Vaticano II. “A primavera chegou”

“É assim que em um 11 de outubro de 1962, no meio do outono, para a Igreja nasceu uma nova e inesperada primavera. O sol que brilha nas alturas no momento de escrever estas linhas, o belo céu romano que acolheu pela primeira vez sob a sua cúpula 2.500 bispos de todo o mundo, são testemunhas: a primavera chegou. A nave do Concílio começou a singrar”, escreve José Luis Martín Descalzo, em sua crônica sobre o significado do Concílio Vaticano II.

Acesse a crônica clicando aqui

Aquele Angelus de Roncalli na aurora do Concílio Vaticano II

Escutando o arcebispo Lóris Fancesco Capovilla, ex-prelado de Loreto, falar de Angelo Giuseppe Roncalli — do qual foi secretário por longos anos — tem-se a impressão que João XXIII ainda esteja junto a nós. Fala dele como de uma pessoa ainda viva, presente não só na sua vida, mas também na da Igreja. Narra o Papa do Concílio Vaticano II, o grande semeador de paz, do diálogo com o Oriente, o hábil diplomata e o pastor pronto a doar a si mesmo pela grei, nos seus momentos mais íntimos.

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Vaticano II, um Concílio Ecumênico

No dia 25 de janeiro de 1959, João XXIII anunciou a realização de um Concílio Ecumênico. É um encontro de bispos cujo objetivo é precisar ou reorientar a doutrina da fé e fortalecer ou reformar a organização da Igreja. Ao contrário dos concílios regionais, um concílio ecumênico reúne os bispos da oikumène, do mundo inteiro. Suas decisões devem ser aplicadas pelos fiéis de todo o mundo. Já houve 21 concílios ecumênicos na história da Igreja. O Concílio Vaticano II, que começou no dia 11 de outubro de 1962, terminaria no dia 08 de dezembro de 1965.

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O Concílio Vaticano II como evento dialógico. Um olhar a partir de Mikhail Bakhtin e seu Círculo

A Revista IHU On-Line “O Concílio Vaticano II como evento dialógico. Um olhar a partir de Mikhail Bakhtin e seu Círculo” apresenta entrevistas tendo como referência o Seminário realizado em 2013 “O Concílio Vaticano II como evento dialógico”, tendo este a proposta de pensar dialogicamente as questões que podem emanar do pensamento filosófico de Mikhail Bakhtin e seu círculo.

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O Concílio Vaticano II foi um evento linguístico.

O cerne da questão é: estamos ainda convencidos de que a “participação ativa” de todos os batizados na única ação ritual é o ponto de virada para a consciência eclesial do novo milênio?”, pergunta o teólogo italiano. Para o teólogo Andrea Grillo, o Concílio Vaticano II é um “grande ato profético com o qual a Igreja tentou retomar o fio da sua melhor tradição, superando a crise de identidade que os séculos XIX e XX haviam profundamente manifestado”. Na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, o estudioso argumenta que o Concílio buscava “restituir à liturgia toda a riqueza que a tradição havia experimentado nela”. Por isso, acentua, “teve que pensar grande não apenas segundo as lógicas do segundo milênio, mas também segundo as do primeiro milênio. Por isso ele falou uma linguagem muito mais bíblica e patrística do que sistemática; pensou mais em termos de experiência comunitária do que nos termos de ‘salvação da alma’”. E vale-se de uma afirmação do historiador norte-americano O’Malley, ponderando que esse evento foi, acima de tudo, um “evento

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O Concílio de Trento acabou. Depois de cinco séculos

A Igreja Católica pode escolher entre se reduzir a uma confederação de seitas, como as denominações evangélicas, embora em escala bem maior, ou valorizar uma tradição que a percorreu desde a Antiguidade até a Idade Média.

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Documentário: Concílio Vaticano II, um novo pentecostes

O Concílio que faz a diferença

“O Concílio Vaticano II, como evento intencionalmente pastoral, não acrescentou verdades para acreditar, mas refletiu sobre a globalidade da história cristã no mundo contemporâneo. Para ativar um cristianismo vivível, comunicativo, credível”.

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‘’Sorores carissimae et admirandae’’: presença feminina no Vaticano II

Pela primeira vez na história, 23 mulheres fizeram parte de algumas sessões de um Concílio e, embora respeitando a ordem de se calar nas assembleias gerais, souberam encontrar as ocasiões certas para pronunciar palavras eficazes.

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O papel dos teólogos no Vaticano II

Muitas vezes se falou dos Padres conciliares — com justiça, alguns recordaram também a presença das “mães”, ou seja, das mulheres auditoras –, mas sabemos que acima de tudo tiveram um papel determinantes os teólogos (e teólogas) que, na qualidade de especialistas, forneceram as bases necessárias para fundamentar as decisões e os documentos relacionados.

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O papel da teologia no Concílio e o estatuto os teólogos e teólogas hoje

É preciso recuperar, em nome de uma nova evangelização, a capacidade de síntese da qual nasceram laboriosamente, na real comunhão e colaboração entre Magistério e teologia, os documentos do Concílio Vaticano II.

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Karl Rahner: interpretação teológica fundamental do Vaticano II

A nossa afirmação é a seguinte: o Concílio Vaticano II foi embrionariamente a primeira auto-realização oficial da Igreja enquanto Igreja mundial. (…) Aqui, sob a aparência de um desenvolvimento óbvio e gradual, teve lugar algo como um salto qualitativo, mesmo quando esta nova essência da Igreja mundial está ainda amplamente coberta, não apenas “in potencia”, mas também “in actu”, por todas as peculiaridades da velha Igreja ocidental

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Karl Rahner e a ruptura do Vaticano II

O legado da obra teológica Karl Rahner contribuiu no pensar a igreja em novas perspectivas, renovar-se e entrar oficialmente na modernidade. A revista IHU On-Line número 297 debate através da obra do teólogo alemão a construção desse novo paradigma.

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Martini: Um Concílio para uma Igreja colegial

Martini esperava por um concílio visto com aquela confiança típica do cristianismo que confia os problemas urgentes à disciplina, os normais à misericórdia, e os imensos à comunhão.

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Ratzinger e Congar: a missão da Igreja segundo o Concílio

Bento XVI visita um dos lugares da sua memória conciliar. Onde reforçou a sua amizade com Congar. E propôs uma imagem da missão da Igreja distante de toda propaganda de alistamento político ou religioso.

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Concílio na vida da Igreja

Vaticano II: A revolução de um papa agricultor

Ele foi apresentado como um pontífice de transição. Mas desde a sua eleição vê-se quanto as coisas mudariam para a Igreja católica, para a Itália e para o mundo. Hannah Arendt se admira que “um verdadeiro cristão” se sente na cátedra de Pedro. O Papa Roncalli é visto como o fruto dócil do catolicismo tridentino.

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“Não deixe ninguém lhe dizer que o Concílio não mudou nada”

Henry Grunwald, editor da revista Time, espantado com o ‘fenômeno João XXIII” perguntou:”O que é essa palavra aggiornamento? Sobre o que é isso tudo?”. E concluiu: “nós temos que ficar de olho nesse Papa Roncalli” . O testemunho é de Robert Blair Kaiser correspondente da revista Time em Roma e que cobriu as quatro sessões do Concílio Vaticano II, de 1962–1965.

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Há indicações seguras sobre o Concílio

O Concílio Vaticano II não definiu dogmas novos e embora tenha sido um Concílio “pastoral”, não quer dizer que não tenha sido doutrinal. A explicação é do teólogo Fernando Ocáriz (vigário-geral da Opus Dei, além de membro da delegação do Vaticano que protagonizou o diálogo com a Fraternidade São Pio X), em um artigo publicado pelo L’Osservatore Romano. A reflexão de Ocáriz, intitulada “Sobre a adesão ao Concílio Vaticano II”, foi publicada em diferentes línguas e pode ser consultada no sítio da internet do jornal do Vaticano; sua motivação é o 50º aniversário do anúncio de João XXIII para o grande eixo ecumênico de 25 de dezembro de 1961.

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O evento do Vaticano II, o Concílio inesperado

Quando, em 25 de janeiro de 1959, três meses após sua eleição, o “bom Papa” João XXIII anunciou, na Basílica de São Paulo Extramuros, que iria convocar um “Concílio geral para a Igreja universal”, a surpresa foi absoluta. O chefe da Igreja católica, usando de seu poder monárquico, não havia falado sobre isso com ninguém, ou com quase ninguém… Ninguém lhe impôs essa ideia. A essa altura dos acontecimentos, o Papa Roncalli se contentou em evocar apenas objetivos gerais: a renovação interior da Igreja, a intensificação de seu testemunho no mundo e sua vontade de diálogo com as outras confissões cristãs.

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“Um Concílio não faria sentido neste momento”

Durante o Concílio Vaticano II (1962–1965), Helmut Krätzl estava presente na Basílica de São Pedro, em Roma, como escrivão oficial. Hoje, o bispo auxiliar de Viena é uma das principais testemunhas do espírito de reforma com o qual o Papa João XXIII trouxe um ar novo à Igreja Católica.

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Vaticano II: contexto, convocação e documentos

“Contextualização do Concílio Vaticano II e seu desenvolvimento”, João Batista Libânio, SJ

O Concílio Vaticano II encerrou a longa etapa da Contra-Reforma e da neocristandade, modificando profundamente o clima da Igreja. O jesuíta João Batista Libânio apresenta, no Cadernos de Teologia Pública “Contextualização do Concílio Vaticano II e seu desenvolvimento”, alguns traços da Igreja da Contra-Reforma; realidades socioculturais que provocaram a crise desse modelo; a crise dentro da Igreja, provocada pela entrada da modernidade; fatores imediatos que decidiram sobre a convocação e a orientação do Concílio nos seus inícios.

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Sacrosanctum Concilium

O Concílio Vaticano II e a liturgia

Nunca como no Vaticano II uma reforma litúrgica se beneficiou da grande autoridade de um concílio ecumênico. Todo o movimento de reforma da Igreja encontrou o seu início com a liturgia, e, fato não marginal, quem promulgou a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, juntamente com os bispos, foi Giovanni Battista Montini. Montini viu-se assim implementando como papa aquilo que queria como arcebispo.

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Da missa tridentina à reforma litúrgica do Vaticano II

Com uma forte marca autobiográfica, o prior de Bose relata como viveu a missa nos anos anteriores à reforma litúrgica. Palavras densas de memória e ricas de sugestões, que transparecem todo o afeto para com uma forma litúrgica que foi alimento espiritual imprescindível na primeira parte da sua vida. E, na passagem para a nova forma da missa, posterior ao Vaticano II, os seus inegáveis enriquecimentos — em particular a língua e o lecionário — e alguns defeitos — no canto litúrgico. Na reforma, enfim, reside “a continuidade, a tradição que cresce e se renova para não morrer ou decair, mas que sempre sabe conservar a si mesma, a mesma aliança entre Deus e seu povo”.

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A Constituição Sacrosanctum Concilium

A Constituição Sacrosanctum Concilium foi promulgada no dia 04 de dezembro de 1963 e abriu o caminho para uma profunda reforma da liturgia.

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Foi assim que o Vaticano II transformou a liturgia

Aprovada no dia 22 de novembro de 1963 e promulgada na sessão pública do próximo dia 4 de dezembro, exatamente há 50 anos, a constituição conciliar sobre Divina Liturgia Sacrosanctum Concilium foi realmente a “primícia” da graça de que a Igreja se beneficiou no século XX, ou seja, o Vaticano II.

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A visão litúrgica do Vaticano II, 50 anos depois.

O dia 3 de dezembro de 2013 marca o 50º aniversário da Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II (Sacrosanctum Concilium). Como o culto da Igreja tem se saído nesses últimos 50 anos? Os resultados desde o Concílio têm sido bastante mistos.

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Dei Verbum e a novidade do Vaticano II

A revelação segundo o Vaticano II não é definida a partir de um conteúdo (das verdades a acreditar, dos mandamentos a cumprir, dos ritos a praticar), mas sim como experiência, como evento de encontro, de comunicação. Publicamos aqui um trecho do Epílogo do teólogo francês Christoph Theobald à última edição italiana dos documentos do Concílio Vaticano II (Ed. EDB).

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“A historicidade da revelação e a sacramentalidade do mundo: o legado do Vaticano II”, por Sinivaldo S. Tavares.

“Indagar acerca das eventua“A obra de Faggioli é uma oportunidade de adentrarmos, nesse início da segunda década do novo milênio, nos meandros historiográficos, teológicos e hermenêuticos dos debates em torno do Concílio Vaticano II e seus inúmeros desafios”. Rodrigo Coppe Caldeirais afinidades entre Dei Verbum e Gaudium et Spes. O fato de terem sido as duas últimas Constituições aprovadas em sede conciliar, por si só, constitui algo extremamente significativo. O processo de composição de uma e de outra recobre o inteiro arco da realização do Concílio. Sorveram, mais que os demais textos conciliares, a seiva daquele espírito de aggiornamento que andou caracterizando o Vaticano II e, por esta razão, são documentos que recolheram os melhores frutos produzidos durante aquela fecunda estação”. Sinivaldo S. Tavares no Cadernos Teologia Pública “A historicidade da revelação e a sacramentalidade do mundo: o legado do Vaticano II”.

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Redescobrir a essência da Igreja

Na primeira Constituição, sobre a liturgia, já há a eclesiologia de comunhão da Lumen Gentium, mas ainda não a entendemos. A 50 anos da convocação do Vaticano II, fala o Mons. Iginio Rogger, ainda hoje o maior historiador do Concílio de Trento e, nos anos 1960, um dos protagonistas da reforma litúrgica conciliar.

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A Igreja. 40 Anos de Lumen Gentium

No dia 21 de novembro de 1964, foi promulgada a Lumen Gentium, a constituição dogmática sobre a Igreja, pelo Concílio Vaticano II, acontecimento de fundamental importância para a vida e a caminha da Igreja Católica do Século XX. A Revista IHU On-Line número 124 “A Igreja. 40 Anos de Lumen Gentium” busca refletir sobre o sonho de Igreja que o Concílio inspirou à luz da atual “concentração católica” que não permite que as sementes conciliares desabrochem e produzam frutos.

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Por uma releitura da Gaudium et Spes.

A Gaudium et spes, desde a sua primeira frase, era um novum na história do magistério eclesiástico. Os bispos não se colocavam fora da história comum dos homens, à frente ou acima, mas dentro dela, em atitude de partilha dos seus sentimentos. O que eles tinham a dizer, estando dentro dessa história?

A reflexão é do teólogo italiano Giuseppe Ruggieri, cofundador da revista Communio e ex-membro da revistaConcilium. Foi professor das universidades Gregoriana e Urbaniana, de Roma, e de Tübingen, na Alemanha.

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Nostra Aetate após 50 anos

História, e não só memória, do Vaticano II

“Por causa dos eventos trágicos da primeira metade do século XX, poderíamos dizer que a Declaração conciliar Nostra Aetate encontra-se, em certo sentido, entre a história judaica e a história do cristianismo”, escreve Massimo Faggioli, professor no Departamento de Teologia e diretor do Instituto para o Catolicismo e a Cidadania (Institute for Catholicism and Citizenship) da Universidade de São Tomás de Aquino, Minnesota, EUA, “ao tentar “fazer memória” da Nostra Aetate à luz da história de seu texto e de sua recepção”, em artigo publicado por ABC Religion and Ethics, 30–10–2015.

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Papas do Concílio

João XXIII, primavera na Igreja

No dia 28 de outubro de 1958, há exato meio século atrás, era eleito Papa o idoso patriarca de Veneza, Angello Giuseppe Roncalli, que tomava o nome de João XXIII, depois de quase 20 anos de pontificado de Pio XII, muito criticado pela sua insensibilidade frente à perseguição dos judeus pelo nazismo.

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50 anos de João XXIII

Já tinha sido uma surpresa a sua eleição, concluída no dia 28 de outubro de 1958, depois de vários dias de fumaça preta, indicando a dificuldade do conclave em escolher o substituto de Pio XII. Eleito o Cardeal Ângelo Roncalli, o novo papa propôs sua posse para o dia 04 de novembro, uma terça-feira. Na época ninguém deu importância a este capricho de João XXIII, de tomar posse num dia de semana, numa terça-feira, na festa de São Carlos Borromeu. Depois, com a convocação do Concílio, se começou a desvendar o enigma, que ajuda a compreender por que seu pontificado foi tão fecundo e tão eficaz. O novo papa, que parecia um simples bonachão, entendia muito bem de história, e tinha um apurado senso das estratégias a seguir para plantar fatos que fazem andar a história.

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Roncalli e o ‘’seu’’ Concílio.

Um cristão que tem a possibilidade de convocar umConcílio e o “convoca”, que sente a tarefa de expressar todas as instâncias da Igreja e as “expressa”, que tem o poder de abri-lo e com toda a evidência “abre” um Concílio que se tipifica como novo a partir do seu caráter “pastoral”.

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Minissérie Papas do Concílio: João XXII (episódios 1–5)

Paulo VI: de conservador a homem complexo

Defensor do celibato, mas disposto já em 1949 a acolher os pastores protestantes casados na Igreja católica, autor de “Maria mãe da Igreja”, mas alheio ao “milagrismo” e contrário a uma conversa com a Irmã Lúcia em Fátima, opositor do totalitarismo comunista, mas ativo nas negociações com as Igrejas orientais para assegurar que o Concílio não faria uma condenação ao comunismo.

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Paulo VI, uma figura complexa na história papal moderna

“Paulo VI provou ser um bom Papa, senão extraordinário. Mas teve a complicada tarefa de tentar implementar as reformas forjadas pelo Concílio Vaticano II — especialmente aquelas relacionadas à liturgia — sem provocar um cisma dentro da Igreja Católica.

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Quando Montini disse: o Vaticano II é mais importante do que Niceia

Quase no limiar entre 2014 e 2015, lemos um prenúncio irônico e catastrofista: “Por algumas hóstias aos divorciados, a Igreja alemã beira o cisma”. Assim dizia o jornal Il Foglio no dia 31 de dezembro passado. Uma severa contrariedade a toda essa Igreja, o adversário de sempre para alguns “círculos” da Cúria, que nunca suportaram os “ultramontanos”: assim os indicavam, nos anos anteriores ao Vaticano II, e também durante os trabalhos conciliares. Em primeiro lugar, então, Karl Rahner, mas também o jovem Ratzinger, e depois os da Nouvelle Théologie (De Lubac, Congar, Chenu) e, no topo, Suenens, Koenig, Lercaro etc. Hoje, no topo da lista está o cardeal Kasper, com todos os “kasperianos”…

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Homilia de Paulo VI na primeira missa em italiano depois do Concílio

Neste sábado, 7 de março, às 18 horas, o Papa Francisco vai celebrar a Eucaristia na paróquia romana de Todos os Santos, para recordar a primeira missa em italiano celebrada na mesma igreja pelo Papa Paulo VI, no dia 7 de março de 1965.

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Minissérie Papas do Concílio: Paulo VI (episódios 6-10)

Pacto das Catacumbas

para uma Igreja serva e pobre

No dia 16 de novembro de 1965, há 47 anos, poucos dias antes do encerramento do Vaticano II, cerca de 40 padres conciliares celebraram uma Eucaristia nas Catacumbas de Domitila, em Roma, pedindo fidelidade ao Espírito de Jesus. Depois dessa celebração, assinaram o “Pacto das Catacumbas”. O documento é um desafio aos “irmãos no Episcopado” a levar adiante uma “vida de pobreza”, uma Igreja “serva e pobre”, como sugerira o Papa João XXIII. Os signatários — entre eles muitos brasileiros e latino-americanos, embora muitos outros aderiram ao pacto mais tarde — se comprometiam a viver em pobreza, a renunciar a todos os símbolos ou privilégios do poder e a pôr os pobres no centro do seu ministério pastoral. O texto teve uma forte influência sobre a Teologia da Libertação, que surgiria nos anos seguintes.

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Pacto das Catacumbas. 50 anos depois.

Nesta segunda-feira, 16 de novembro, completaram-se os 50 anos do Pacto das Catacumbas, mediante o qual um grupo de bispos que participou do Concílio Vaticano II assumiu um compromisso por uma Igreja servidora e pobre. Este Pacto materializou-se em uma celebração que aconteceu nas Catacumbas de Santa Domitila, da qual participaram 42 bispos, aos quais se uniram depois muitos outros, a ponto de chegarem a 500 signatários.

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Pobreza da e na Igreja: o Concílio hoje

Às vezes, entre o noticiário cotidiano e um livro de história, criam-se conexões altamente significativas. Isso aconteceu comigo recentemente. Justamente enquanto, do Vaticano, vazavam notícias acerca do caso Viganò, com todos os anexos e conexos, eu li Dossetti e Lercaro. La Chiesa povera e dei poveri nella prospettiva del Concilio Vaticano II (Ed. Paoline, 376 páginas), em que o teólogo Corrado Lorefice relembra a história da relação entre o futuro monge e o então arcebispo de Bolonha, em particular com relação à influência que Dossetti exerceu sobre o discurso proferido Lercaro (ambos na foto) em dezembro de 1962, durante a 35ª Congregação Conciliar, sobre a pobreza da e na Igreja.

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Urgência para retomar a Igreja dos pobres.

Homilia de Jon Sobrino no marco do encontro celebrando os 50 anos do Pacto das Catacumbas realizado em Roma em novembro de 2015.

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Pacto das Catacumbas, Papa Francisco e a Igreja dos pobres.

“Procuraremos viver segundo o modo ordinário da nossa população, no que concerne à habitação, à alimentação, aos meios de locomoção e a tudo que daí se segue”, escreviam há 50 anos os 40 bispos que, no dia 16 de novembro de 1965, durante a fase final do Concílio Vaticano II, assinaram o Pacto das Catacumbas. “Eu não vivo no luxo. O meu apartamento tem 296 metros quadrados, e eu vivo sozinho. Moro com uma comunidade de três irmãs que me ajudam”, declara hoje o ex-secretário de Estado vaticano do Papa Ratzinger, o cardeal Tarcisio Bertone.

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Recepção do Concílio

“Não se trata simplesmente, de maneira encantatória, de apresentar o Vaticano II como ponto de referência ou ‘bússola fiável’ para orientar o caminho da Igreja ao longo do século que inicia, segundo a expressão de João Paulo II, mas, sim, de nos perguntarmos o que podemos esperar, hoje, desse Concílio” diz Gilles Routhier, ao apresentar a obra de Christoph Theobald.

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O Concílio: doutrina e interpretações

Nestas últimas décadas discutiu-se por diversas vezes sobre o alcance doutrinal dos documentos aprovados pelo Concílio Vaticano II. Os opositores do Concílio recorrem às palavras de João XXIII sobre o caráter pastoral de seu magistério para refutar alguns documentos que têm evidente dimensão doutrinal, como o decreto sobre o ecumenismo e as declarações sobre a liberdade de consciência e sobre a relação com as outras religiões. Alguns haviam expresso o temor que também Bento XVI mostrasse pouco entusiasmo na defesa do Concílio para não irritar os lefebvrianos, com os quais estava em curso um diálogo de aproximação.

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Concílio, obra em andamento. Mas há quem cruza os braços

O cardeal Cottier, o jurista Ceccanti e o teólogo Cantoni defendem a novidade do Vaticano II. Mas os lefebvrianos não cedem e os tradicionalistas acentuam as críticas. Os últimos desdobramentos de uma calorosa disputa. A controvérsia sobre a interpretação do Concílio Vaticano II e suas mudanças no magistério da Igreja registrou novos desdobramentos, também em alto nível.

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A fé iluminada pelo Concílio

O fato de o papa ter rejeitado um princípio de ruptura com relação ao Concílio Vaticano II foi lido como uma apologia à imobilidade. Mas leituras desse tipo se esqueceram que o termo usado pelo papa é “reforma”.

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O Papa e a interpretação do Concílio.

“Parece muito importante, para mim, que agora possamos ver com os olhos abertos quanto daquilo que houve de positivo também cresceu após o Concílio: na renovação da liturgia, nos sínodos — no Sínodo romano, no sínodo universal, nos sínodos diocesanos — nas estruturas paroquiais, na colaboração, na nova responsabilidade do laicato, na responsabilidade intercultural e intercontinental compartilhada, numa nova experiência da catolicidade da Igreja, na unanimidade que cresce em humildade, e no entanto é a verdadeira esperança do mundo”.

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Continuidade e ruptura: os dois rostos do Concílio Vaticano II

“Pergunto-me se a tradição, também no interior da Igreja, é um fato unívoco ou se não é acima de tudo uma pluralidade de tradições em sua mais que milenar diacronia. Agora, na minha pessoal, mas convencida hermenêutica do Vaticano II, o Concílio foi ao mesmo tempo, intencionalmente, tanto continuidade como ruptura”, diz Enrico Morini.

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A dialética constante na Igreja

Continuidade e ruptura na interpretação e na recepção do Concílio Vaticano II: usar apenas categorias tão gerais não é de grande utilidade para compreender a riqueza e a complexidade dos textos conciliares.

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Comunidades Eclesiais de Base

Impacto do Concílio Vaticano II e da Teologia Latino-Americana na América Central

“O Kairós tem duas características: surge inesperadamente, onde ninguém esperava; o kairós vem depois de um “tempo ruim’, um tempo negativo, um tempo de retrocesso”. A afirmação é de Pablo Richard, teólogo e biblista chileno, em artigo publicado no sítio da Adital, 17–05–2011.

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O Concílio Vaticano II e a América Latina

“O Concílio Vaticano II significou uma mudança para uma nova época nas relações entre Roma e as Igrejas da nova evangelização, de maneira particular com a América Latina”, escreve Marco Tosatti, em artigo publicado no sítioVatican Insider, 14–10–2011.

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A recepção do Vaticano II no Brasil e na América Latina

“A América Latina foi o Continente onde mais se tomou a sério o Vaticano II e mais transformação trouxe, projetando a Igreja dos pobres como desafio para a Igreja universal e para todas as consciências humanitárias”, avalia Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

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Concílio: um olhar indiano.

Como as três grandes intuições conciliares foram assumidas pela Igreja na Índia e pelas Igrejas locais? Segundo um dos teólogos mais conhecidos do subcontinente, Michael Amaladoss, ainda resta muito a ser feito. Jesuíta indiano, 76 anos, natural do Estado meridional de Tamil Nadu, Amaladoss é um teólogo comprometido com o diálogo inter-religioso. Formado em Paris em teologia sacramental, nos anos 1960 lecionou em Nova Deli, onde também dirigiu a revista de teologia Vidyajyoti. Em 1983, foi nomeado assistente do superior-geral dos jesuítas, Peter-Hans Kolvenbach, e permaneceu em Roma até 1995, encarregado de acompanhar as questões da inculturação e do diálogo ecumênico e inter-religioso.

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Giuseppe Alberigo

Um homem acolhedor e respeitado

É o mais importante historiador contemporâneo da Igreja. Faleceu no dia 15 de junho de 2007, aos 81 anos. Oscar Beozzo narra sua experiência do convívio com Alberigo: “Guardo dele duas imagens contrastantes. A primeira, a do professor acolhedor, mas sério e respeitado, até um pouco temido por alunos e pesquisadores da Fundação do Instituto para as Ciências Religiosas João XXIII, organismo agregado à Universidade de Bolonha e da qual era o principal responsável. A segunda imagem, a do avô extremoso e carinhoso, que, na sua intimidade, deixava ser arrastado ao tapete da sala de jantar pela sua netinha Francesca, que, com voz imperiosa, lhe dizia: “Nono, venga giocare con me!” (Vô, vem brincar comigo!)”.

Leia mais sobre a entrevista

O Concílio dentro da história…

Giuseppe Alberigo, chegou aos estudos sobre o Concílio de dentro do Vaticano II em uma posição totalmente particular: com o seu mestre Hubert Jedin e alguns outros, foi um dos poucos especialistas presentes em Romaentre 1962 e 1965 que tinham um conhecimento efetivo do desenvolvimento histórico dos concílios e da sua peculiaridade na história da Igreja. Alberigo seguiu e defendeu, com opiniões, memórias, apontamentos, a atividade do cardeal de Bolonha e moderador do Concílio, Giacomo Lercaro. Sobretudo, participou daquele fermento de pensamento sobre o qual o Concílio apoiou a sua intensa atividade e a profundidade da atualização. E ele teve também um papel específico na difícil discussão sobre a colegialidade episcopal.

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Christoph Theobald

A urgência de recuperar o método do Vaticano II

“Talvez pela primeira vez na história, ao menos de forma tão explícita, o papa que convocou o Concílio, João XXIII, não apresentou uma ideia ou um modelo predeterminados. Afirmou-se, ao contrário, a ideia do Concílio como novo Pentecostes, ou, melhor, como uma tentativa de tornar possível na Igreja Católica algo semelhante a um novo Pentecostes”.

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Os ares do Concílio Vaticano II em movimento

Quando é promovido um encontro, reunião ou assembleia — especialmente se é muito longo -, a expectativa fica pela sua conclusão. Em geral, essa conclusão e as ideias debatidas são materializadas em escritos, cartas de intenção, documentos em geral. O Concílio Vaticano II, enquanto grande encontro eclesial, gerou seus documentos. No entanto, para entender as propostas desse encontro é preciso ir além desses papéis. Para o teólogo francês Christoph Theobald, o maior legado do Vaticano II é a experiência vivida, a narrativa que se construiu ao longo das assembleias. “É, em primeiro lugar, a experiência que foi vivida pelos bispos. Uma experiência que tem várias facetas. Na verdade, é a experiência de ouvir juntos a palavra de Deus. Ouvi-la novamente no mundo moderno”, destaca.

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A novidade do Concílio Vaticano II

A revelação segundo o Vaticano II não é definida a partir de um conteúdo (das verdades a acreditar, dos mandamentos a cumprir, dos ritos a praticar), mas sim como experiência, como evento de encontro, de comunicação.

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Massimo Faggioli

É preciso redescobrir a herança teológica do Vaticano II

O Vaticano II deve ser celebrado como um modo de compreender como ele ajudou a Igreja a se encontrar melhor com o mundo moderno. O Concílio deixou como herança a melhor teologia do período posterior à era tridentina: não só quanto a conclusões referentes a questões específicas, mas especialmente com relação ao método teológico. O método teológico do Concílio — atenção à história, valor da experiência — é irrenunciável. No plano da fé vivida, os católicos de todo o mundo vivem o Vaticano II todos os dias, mesmo que às vezes de maneira inconsciente: escolher celebrar o Concílio a 50 anos da sua abertura implica a possibilidade de se tornar mais conscientes da própria teologia prática, assim como das questões que foram deixadas irresolvidas pelo Concílio e que esperam por uma resposta.

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Vaticano II, um risco ou em risco?

No dia 9 de dezembro de 1965, os 2.500 padres conciliares se despediram e voltaram às suas Igrejas locais. Mas o Concílio não havia terminado. Esses bispos que haviam entrado no Concílio como representantes ou embaixadores de uma Igreja européia saíam dele como pastores de um cristianismo universal.

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John W. O’Malley

Vaticano II, uma Igreja aberta.

Vaticano II, uma Igreja aberta. Do Concílio Vaticano II, saiu a “língua nova” da Igreja, que surgiu para comunicar melhor ao mundo os sempiternos fundamentos da fé católica. A afirmação é do jesuíta John O’Malley (foto), frequentador “duplo” da assembleia convocada por João XXIII. Entre 1963 e 1965, ele estudava em Roma e acompanhou os trabalhos conciliares. Uma paixão que confluiu nos estudos de história da Igreja (hoje ensina na Georgetown University de Washington), hoje condensados no seu livro”O que aconteceu no Vaticano II”. Esse também é o título da jornada de estudos que irá ocorrer na quinta-feira, 11, na Universidade Católica de Milão. Quando foi publicado nos EUA, o Wall Street Journal definiu o trabalho de O’Malley como “iluminador”. O grande filósofo Charles Taylor também louvou o trabalho do jesuíta norte-americano, qualificando-o como “extraordinário”, porque era capaz de tornar “inadequadas” as “claras contraposições liberais/conservadores para compreender os conflitos que ocorreram no Vaticano II”. O’Malley insere a assembleia conciliar no amplo contexto da “long durée” da história da Igreja e considera como essencial o retorno às fontes patrísticas, bíblicas e litúrgicas na obra de “aggiornamento”.

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Dez formas para confundir os ensinamentos do Vaticano II.

Não é fácil interpretar qualquer grande evento, por isso não é de se admirar que hoje haja discordância sobre como interpretar o Concílio Vaticano II. Aqui, eu quero inverter a questão para indicar como “não” interpretá-lo.

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Gilles Routhier

Vaticano II e Reconhecimento do outro

Gilles Routhier destaca como o Vaticano II trata dos temas relacionados a Igrejas locais e como essa experiência aparece no atual pontificado. Routhier lembra que, no momento do Vaticano II, a questão do diálogo inter-religioso era algo novo. “Padres e teólogos estavam mal armados, mal preparados para abordagens dessa questão”, destaca. E não era por menos. Pela primeira vez se reuniram bispos de diferentes continentes, que tinham muito presente no cotidiano o contato com outras religiões. Era o caso de bispos da Ásia, por exemplo, mas também da Europa. Nesse segundo caso, a preocupação se centrava mais entre a relação cristão/judeus. “Na primeira montagem do documento, tratava apenas dessa relação entre judeus e cristãos. Mas foi aí que os bispos de outros continentes sentiram que era preciso dizer alguma coisa sobre o budismo, o hinduísmo, os muçulmanos, outras religiões. E felizmente o Concílio se expressou nesse sentido”, explica.

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Giancarlo Zizola

uma etapa decisiva de um caminho que deve continuar.

O “espírito do Concílio” não era uma vaga atmosfera utópica e romântica. Ele tocou o sentido da fé cristã. Publicamos aqui a primeira parte do artigo do vaticanista italiano Giancarlo Zizola, falecido em 2011, que começou a sua carreira de jornalista escrevendo suas crônicas sobre o Concílio Vaticano II por indicação do próprio Papa João XXIII e de seu secretário, Loris Capovilla.

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Concílio Vaticano II

a história jamais contada sobre os tradicionalistas e sua derrota

Do Concílio Vaticano II, o evento que marcou a história da Igreja do século passado, já não existe mais apenas uma única história. Existem mais de uma história. Chega nestes dias às livrarias o livro do historiador Roberto De Mattei, “Il Concilio Vaticano II. Una storia mai scritta” (Ed. Lindau, 632 páginas), que visa oferecer uma reconstrução documentada da grande cúpula, a partir do ponto de vista da chamada “minoria” conciliar, isto é, daqueles que se consideraram derrotados.

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Concílio Vaticano II. 50 anos depois

Vaticano II, a Igreja em movimento.

Cinquenta anos atrás, João XXIII inaugurava um Concílio que abalaria Roma. O historiador Philippe Chenaux fala desse evento fundador que ainda hoje divide os bispos.

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Quem ainda tem medo do Concílio?

Há 50 anos exatos do anúncio de João XXIII, o historiador Alberto Melloni e o teólogo Giuseppe Ruggieri se colocam uma pergunta que não é retórica. O medo provocado pelo Vaticano II, explicam no livro publicado pela editora Carocci, tem uma longa história. Nasce junto ao próprio anúncio, ocorrido no dia 25 de janeiro de 1959, com o “impressionante e devoto silêncio” dos cardeais. Continuou durante toda a duração das celebrações, manifestando-se por meio de “um obstrucionismo metódico” às ordens papais. Persiste hoje, meio século depois, entre os nostálgicos do velho regime, que não casualmente atacam a obra que melhor o narrou, a História de Giuseppe Alberigo , o estudioso recentemente falecido.

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O Vaticano II, 50 anos depois.

O Concílio Vaticano II permanecerá na história como uma tentativa de reformar a Igreja no final de uma época história de 15 séculos. Seu único defeito foi que chegou demasiado tarde. Três anos após sua conclusão, tinha início a maior revolução cultural do Ocidente.

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Cardeal progressista adverte contra ‘’mito’’ do Vaticano II

O Concílio segundo Kasper. Com o Vaticano II, do qual se festeja o 50º aniversário, “a Igreja pôs-se novamente a caminho”, destaca o cardeal progressista Walter Kasper, mas “é preciso entrar no conceito de renovação para uma correta interpretação do Concílio”. Não, portanto, ao “mito” do Concílio: a Igreja é esperada por um futuro de “minoria criativa” e, por isso, precisa de uma nova primavera espiritual.

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Vaticano II: o que o Evangelho tem de melhor

Xavier Plassat, 63 anos, dominicano francês, desde 1989 no Brasil, é coordenador da campanha nacional da Comissão Pastoral da Terra — CPT contra o trabalho em condições de escravidão. A revista francesa La Vie, 27–09–2012, publica o seu testemunho sobre o Concílio Vaticano II, 50 anos após o seu início.

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‘’O Concílio Vaticano II nos fez livres’’

O Vaticano II nos deu uma nova visão sobre a Igreja. É a nossa Igreja, não a Igreja do papa, ou a Igreja dos bispos, ou a Igreja de um padre. Ele nos deu uma nova visão sobre o nosso lugar nela. Podemos pensar, podemos falar, podemos agir como seguidores de Jesus em um mundo que precisa de nós.

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A crise do Vaticano II: o peso da colegialidade

Para além das modas, o Vaticano II continua estando no centro da vida cristã e da Igreja Católica, nas suas decisões cruciais sobre a liturgia, a revelação, o ministério, a pneumatologia, a liberdade, a aliança de Israel, a alteridade, a pobreza. A análise é Alberto Melloni, historiador da Igreja italiano, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação João XXIII de Ciências Religiosas de Bolonha.

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O papa, o Concílio e a história

Passado meio século desde os tempos do Concílio Vaticano II, é possível tentar um balanço diferente, que utilize como elementos de julgamento não só proclamações teóricas, necessariamente datadas, mas também o comportamento dos opositores nas décadas seguintes.

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De Montini a Bergoglio, um programa reformador conciliar

Finalmente, os brescianos e os montinianos também pode festejar o seu papa “bem-aventurado”, como recentemente fizeram os bergamascos e os poloneses por João XXIII e João Paulo II, que há chegaram ao reconhecimento da “santidade”, enquanto Paulo VI está apenas na primeira etapa.

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Vaticano II: a batalha pelo significado

Publicamos a seguir a resenha de Rodrigo Coppe Caldeira, doutor em Ciências da Religião e professor da PUC Minas, autor do livro Os baluartes da tradição: o conservadorismo católico brasileiro no Concílio Vaticano II (Curitiba: CRV, 2011), sobre o livro Vatican II: the battle for meaning [Vaticano II: A batalha pelo significado], de Massimo Faggioli. Para Coppe Caldeira, “a obra de Faggioli é uma oportunidade de adentramos, nesse início da segunda década do novo milênio, nos meandros historiográficos, teológicos e hemenêuticos dos debates em torno do Concílio Vaticano II e seus inúmeros desafios”.

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O que resta do Vaticano II depois de 50 anos

Dos mais de 2.500 padres conciliares que há meio século se sentavam lado a lado nos bancos da sala conciliar preparada na Basílica de São Pedro para o Vaticano II, não restaram muitos. Na Itália, contam-se nos dedos de uma mão. Eram jovens bispos, alguns com nem 40 anos, quando João XXIII, surpreendendo a todos, fez o anúncio do Concílio Vaticano II.

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O impacto do Vaticano II numa sociedade líquida

Com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica, consciente de não viver mais em um regime de cristandade generalizada e óbvia, mas sim em um mundo que toma direções muito diferentes e às vezes opostas com relação à mensagem evangélica, descobre a si mesma como peregrina e, portanto, missionária.

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A Igreja Católica encontrou o seu papel no século XX?. A atualidade do Vaticano II

“O que se presenciou no século XIX na Igreja foi o surgimento de duas formas de se compreender a missão da instituição no mundo: uma que aceitava e entendia de forma positiva os caminhos abertos pelos novos tempos modernos, e que visava levar a Igreja a se `adequar` àquele tempo, abrindo-se, e outra que via com muita negatividade o que se sucedia, criando, inclusive, uma filosofia da história calcada na ideia de que Lutero, a Revolução Francesa e seus congêneres, os iluminismos e o comunismo faziam parte de uma revolução mundial demoníaca”.

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Padres da geração Vaticano II ainda adotam modelo do Concílio, apesar de retrocessos

Com a aproximação das bodas de ouro da abertura do Concílio Vaticano II no dia 11 de outubro de 1962, homens ordenados nos anos do Concílio predominantemente adotam “o espírito do Vaticano II” como uma fonte para suas vidas e ministério mesmo enquanto outros católicos depreciam esse “espírito”.

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O Vaticano II defendeu explicitamente o pluralismo legítimo na Igreja

“Entre nós, o primaz, o papa, adquiriu uma forma inteiramente monárquico-absolutista. E isso aconteceu embora, até o século XVII/XVIII, o papa tenha governado com um consistório de cardeais”, disse o teólogo alemão Peter Hünermann na entrevista que concedeu, por e-mail, à IHU On-Line. Segundo ele, hoje há em Roma “uma forte tendência de minimizar a importância do Vaticano II. Isso se mostra tanto com referência à liturgia quanto com referência às negociações com a Irmandade de S. Pio X. Em publicações minhas, classifiquei a suspensão da excomunhão como um erro de Roma”. Questionado sobre o motivo pelo qual temas como a ordenação de mulheres e homossexuais e o fim do celibato continuam como “tabus” para a igreja, foi enfático: “Pergunte ao próprio Deus a respeito disso”.

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“Um novo Concílio é inútil

“Dizer que Bento XVI fracassou, como defende Hans Küng, é equivocado e injusto. É verdade, ao invés disso, que o Papa Ratzinger, nos seus primeiros cinco anos de pontificado, lançou tantas sementes de renovação que farão bem para a Igreja e para o mundo. Mas é preciso tempo para fazer com que amadureçam. Falar hoje de falência e propôr, como solução, um novo Concílio ecumênico significa fazer só uma análise caricatural e aproximativa que não leva a lugar nenhum”.

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A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade.

Celebrar o Concílio Vaticano II — especificamente seus 50 anos — é reconhecer com modéstia, não apenas um acontecimento eclesial e teológico, mas um “evento de Deus” na vida da humanidade a partir do testemunho sincero, eloquente e livre dos cristãos católicos na sua experiência eclesial, social e pública. Nesse espírito de celebração, o Instituto Humanitas Unisinos — IHU promoveu um Colóquio Internacional (19 a 20 de Maio de 2015) — com o rigor científico que lhe é próprio –, e nos convida a refletir sobre “A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade”. Ao longo desses dias diversos(as) pesquisadores(as) e professores(as) nacionais e internacionais empenhados(as) na reflexão crítica e vital, auxiliaram na reflexão da temática proposta.

Leia mais sobre o evento

Francisco e o Concílio Vaticano III

A Igreja de Francisco é a do Concílio Vaticano II.

Quase paradoxalmente, o papa que fez da “continuidade com a tradição”, Bento XVI, um dos mantras da teologia romana oficial, é sucedido hoje pelo Papa Francisco, que não tem medo de mostrar não só as descontinuidades de estilo com o antecessor, mas também as descontinuidades trazidas na Igreja Católica pelo Concílio Vaticano II: lex orandi, lex credendi, ou seja, a própria forma da oração expressa a fé dos crentes.

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Francisco, retorno ao Concílio Vaticano II

João Paulo II foi o último papa padre conciliar. Bento XVI foi o último papa perito conciliar. O Papa Francisco terá que fazer com que a Igreja dê um passo em relação à memória do Concílio.

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Francisco: o primeiro Papa totalmente pós-Concílio.

A novidade contida em Francisco, reconhecida por teólogos, leigos e religiosos, está em pensar uma Igreja aberta para o povo, mais simples e comprometida com o diálogo. São ares que renovam o oxigênio de uma entidade secular para que encare desafios da modernidade e pós-modernidade. Para o historiador Massimo Faggioli, a própria escolha de Bergoglio, um bispo latino-americano, em 2013 revela o desejo de renovação na Igreja. Renovação que aparece também na leitura que tem do Concílio Vaticano II.

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Do sul da América para o centro do mundo. O novo Papa e a Igreja hoje

Por isso Faggioli passou a ser muito solicitado a pensar a Igreja nos dias de hoje. Uma Igreja que, segundo ele, pela primeira vez tem um Papa que pensa a partir do Concílio Vaticano II. “Ele não discute ou faz leituras do Vaticano II, o toma como algo dado. Seu pontificado é estruturado a partir daí”, sustenta.

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‘’Não há retrocesso’’. Francisco e o Concílio Vaticano II

O Concílio é “fruto do Espírito”, mas muitos querem retroceder. Roncalli era “um pároco bom” e o Vaticano II segue sendo vigente. “Depois de 50 anos, fizemos tudo o que o Espírito Santo nos pediu em relação ao Concílio, nessa continuidade do crescimento da Igreja que foi o Concílio?”.

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Mais notícias sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II podem ser acessadas no sítio do Instituto Humanitas Unisinos — IHU.

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Instituto Humanitas Unisinos

O Instituto Humanitas Unisinos — IHU busca apontar novas questões e respostas para os grandes desafios de nossa época...