ITS BEAUTIFUL DAY

Redação — Instituto Mosaico
Instituto Mosaico
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3 min readJun 29, 2019

Por Vladimir de Oliveira

O aparecimento de Jesus logo após a sua morte violenta no Calvário é tão farto de detalhes que sucumbe qualquer crítica que põe em dúvida a sua veracidade.

A ressurreição revelou que a crucificação não havia se tornado um emblema de derrota e dor, mas um ato de Deus para expor as afirmações contundentes e categóricas da divindade de Jesus.

Foto: Elle Hugues, Canva

No meio daqueles que interagiram com o Senhor Ressurreto está Maria Madalena, a primeira pessoa que viu Jesus ressuscitado e, ao encontrá-lo, ouviu dEle a seguinte sentença: Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês.

Não há nada de errado em tocar um corpo ressurreto, pois Jesus disse a Tomé para tocá-lo.

O Mestre lembrou à Maria que Ele não tinha simplesmente se recuperado, mas tinha ressuscitado. Ela não precisava abraçá-lo como um ser terreno que tinha sido curado, pelo contrário, ela devia reconhecê-lo como Aquele cuja ressurreição o distingue como Cristo.

A expressão “Não me segure” é o mesmo que dizer: Não me prenda, não me coloque mais dentro de um cenário onde eu não possa mais me mover com liberalidade/criatividade.

A espécie de relacionamento que tinha sido desfrutada por seus amigos, não poderia continuar nos mesmos moldes.

As palavras de Jesus indicam que, a partir de agora, Ele se encontra em uma plenitude operacional/relacional/temporal que nada pode limitá-lo.

Logo, a ressurreição tipifica um novo tempo, novas jornadas, iniciativas, percepções e sonhos que aguardam aqueles que não só viram Jesus vencer a morte, mas compreenderam que esse ato histórico é o fato que nos direciona para uma vida dinâmica e ensolarada!

Muitas são as tentações de cristalizarmos e moldurarmos o nosso passado como o apogeu das nossas realizações mais ricas e profícuas.

Algumas pessoas sofrem de um saudosismo crônico, que nos congelam em um eterno deslumbre pelo antigo, nos tornamos um museu cheio de grandes novidades bolorentas/empoeiradas.

Conheço pessoas que ficaram congeladas em fases de suas vidas que foram importantes para elas, pois trouxeram uma série de descobertas, mas que hoje não possuem significado algum.

As lembranças dos momentos vividos impedem que elas vivam o novo da vida!

Tememos o novo. Sacralizamos o velho como a expressão mais exata da nossa jornada espiritual. Erigimos construções e marcos que nos levam para o passado que não existe mais, que já foi enterrado ou se esconde em uma realidade míope criada somente por aqueles que não querem perceber que o novo sempre vem.

A propósito, a religião sempre se destacou com maestria no quesito paixão pelo antigo, veneração pelo passado.

Já disse o poeta que: Amanhã! / Será um lindo dia / Da mais louca alegria / Que se possa imaginar/ Amanhã! / Redobrada a força / Pra cima que não cessa / Há de vingar / Amanhã! / Mais nenhum mistério / Acima do ilusório / O astro rei vai brilhar / Amanhã! / A luminosidade / Alheia a qualquer vontade / Há de imperar! / Há de imperar!

As ações do Eterno são o dínamo que nos lança com fé num emaranhado de situações que não nos permite permanecer fascinados pelo melhor do nosso passado.

Jesus nos impulsiona a viver com alegria/beleza, pois o melhor de Deus se realiza a cada manhã.

Viva o Hoje!

Vladimir de Oliveira

Formado em Teologia pelo STBSB e Pedagogia pela UNESA. Possuí Pós-Graduação em Gestão Escolar. É Coordenador Pedagógico/Articulador Social da Casa Semente, que fica em Jardim Gramacho. Vlad também é o Mentor/Pastor da Redenção Baixada. A Redenção é uma Igreja Simples com ênfase em Direitos Humanos & Justiça Social, que se reúne em um Co-Working na #BXD.

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