[Edição especial] #15 Nós por nós — Darcilei Gonçalves (Dadá)
1. Me conte um pouco sobre você..
Tenho 32 anos, nasci em Mariana-MG, mas vivi parte da minha infância à adolescência em Bandeirantes, município/distrito de Mariana.
2. Quando você começou a participar do Instituto?
Comecei a participar depois que um amigo me apresentou o Instituto. Foi amor à primeira vista, achei o tema muito importante e pensei como ele teria me ajudado na época que eu fazia faculdade.
3. Quais atividades desempenha aqui?
Eu sou UX Researcher e aprendo junto com a galera sobre melhores prática de pesquisa: iniciamos com a fase de imersão, depois entendimento e, por fim, falamos sobre apresentação dos resultados.
4. Quais alunos você acompanha?
Thelly e Matheus
5. O que te fez querer participar do Instituto?
Eu gosto de explicar como as coisas funcionam e acho que isso me motiva. Acredito muito que a educação move tudo ao redor e é algo que eu quero muito trabalhar um dia.
6. De que forma o Instituto impacta sua vida?
Nossa… eu aprendo muito, é meio clichê, eu sei! Mas, de fato, a retribuição é muito nítida pra mim em termos de aprendizado pessoal. Tem uma frase que ouvi de um coach que eu sigo há um bom tempo, esse cara fez parte da minha adolescência. A frase é assim: "Não importa o que você sabe, e sim o que você faz com o que sabe". Essa frase conecta muito com o fato de que a gente só mostra de fato o que sabemos quando colocamos em prática e, pra mim, o princípio de ensinar vai ao encontro dessa teoria.
7. Qual é o seu sonho?
(Pode ser um sonho atual ou o sonho da sua vida, ainda que pareça distante)
Eu tenho vários sonhos e vontades ainda não concluídas, mas tem um que dei start recentemente. Eu tinha muita vontade de contribuir de alguma forma para o município que cresci e, agora, depois de aprender muito aqui na Taqtile, resolvi colocar em prática. É um projeto social junto com a escola local e os moradores, tá bem no início e em um outro momento eu conto pra vocês o resultado hahaha
8. Quem ou o que mais te inspira?
Aprender me inspira muito, mas não sou muito de ler livros, gosto de mão na massa. Tive momentos que me inspiraram muito. Um deles foi uma exposições muito legal que me despertou novos sentimentos e ressignificação da minha vida, a exposição de legos de Nathan Sawaya, um advogado que abandonou a carreira para fazer o que mais gostava: esculturas de Legos. A obra que mais me impactou foi a de um homem que abre o próprio peito para sair da sua antiga prisão intelectual (não me julguem, interpretei assim haha). Teve também a exposição de Leonardo da Vinci, que também foi um boom de inspirações. Aconselho muito a verem essas duas exposições, foram inspiradoras pra mim.
9. Qual foi o maior desafio que você já enfrentou?
Já passei muito perrengue e nunca encarei como desafios muito difíceis. Acho que meu maior desafio eu passei recentemente quando entrei na Taqtile. Me achava introvertido e tímido, acreditava que essas característica me impediam de explorar mais e aprender porque elas me impediam de me expressar e conseguir me conectar com outras pessoas. Trabalhar aqui me fez retomar esses sentimentos e, como eu queria muito aprender, não dava pra tentar disfarçar, eu teria que encarar. Pois bem, existia essa barreira, e do outro lado, todo um aprendizado e experiência que eu perderia. Já faz um tempinho que estou aqui na Taqtile, tá sendo desafiador, mas tenho muito apoio das pessoas que trabalham comigo e hoje posso dizer que esse sentimento já não me imobiliza mais. Ainda tenho vergonha? Sim! Tenho medo de falar com as pessoas? Sim! Mas é muito menos do que antes e, como eu disse anteriormente, aprender me inspira. É essa motivação que faz diminuir cada vez mais essas barreiras.
10. Se eu pedir para seu melhor amigo (a) apresentar você, o que ele (a) diria?
Acho que diria: esse é o Dadá, pode contar com ele que ele é bem solícito e não sabe dizer não.
11. Qual conselho você daria para quem quer começar a dar mentorias? E o que você acredita ser essencial para um mentor?
Às vezes a gente fica com receio de ensinar algo muito simples ou não sabe por onde começar. Então, o conselho que eu dou é: alinhe as expectativas, mapeie as dificuldades e pergunte a eles por onde é melhor começar. Acho que o essencial para um mentor é não ter medo de expor o que sabe. Todos podemos ensinar algo, independente do nível de sabedoria em que você se encontra.
12. Com poucas palavras (um tweet), nos convence do porque ser mentor/coach no Instituto Taqtile vale a pena
Um professor perde o interesse em dar aula quando não vê a turma motivada. No Instituto é diferente: você enxerga essa motivação nos olhos das pessoas.
13. Uma música que te tira da bad ou que te dá energia para começar um dia de trabalho com bom humor
Gangsta’s Paradise. Apesar de não ouvir muito rap, essa música me faz refletir sobre meus antigos sentimentos e me traz um pensamento crítico sobre a sociedade, pois a tradução se encaixa em qualquer contexto de vida, seja do mais rico ao mais pobre (entendo que é uma música um pouco estranha em termos motivacionais, mas acho que de alguma forma ela me motiva).
