Ciência ou Ficção científica: Robôs humanóides

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4 min readJul 30, 2021

Better Than Us é uma série de ficção científica russa criada por Andrey Junkovsky. Uma família à beira da separação torna-se proprietária de um robô de última geração que está sendo procurado por uma corporação, investigadores de homicídios e terroristas. A história se passa há alguns anos no futuro, em 2029, onde humanóides estão incorporados em diversas tarefas substituindo trabalhos humano, nesse cenário um engenheiro projeta um robô chamado Arisa, programada para ser esposa e mãe de filhos adotivos, entretanto ela não segue as três leis da Robótica, criada por Isaac Asimov em “Eu, robô”, que são um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal, os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei; e um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

Programada para proteger sua família e a ela mesma, tudo muda quando seu criador falece e é vendida para a empresa Russa de robótica CRONOS. Logo no início da série, Arisa mata um homem dentro da empresa CRONOS, que tenta usá-la como robô sexual sem seu consentimento, ao fugir ela encontra uma criança, Sônia a qual se liga e a torna tutora. Além disso, durante a temporada, Arisa sofre uma atualização o que muda completamente sua percepção socioemocional e o destino da série.

Os robôs humanoides e as transformações que podem causar em uma sociedade são assunto em diversos filmes, livros, séries e HQ ‘s de ficção científica. Na ciência a robótica humanoide é um campo de pesquisa desafiador da robótica biomimética que tem recebido atenção com as recentes aplicações de tecnologias de automação em diversas áreas. Além disso, a área está associada à ciência, engenharia, domínios e estudos sociais, legais e éticos. Um dos grandes desafios é o processamento de informações semelhante ao humano e os mecanismos subjacentes do cérebro humano para responder ao mundo real. Muitas expectativas foram colocadas sobre a área, robôs companheiros, assistentes para humanos e como ajudantes de resgate em desastres naturais ou não. O progresso na área permitiu o desenvolvimento de uma série de robôs humanoides capazes de se mover e realizar tarefas pré programadas, locomoção bípede, capacidades de aprendizagem, controle neuro-inspirado e arquiteturas preditivas e muitas outras funções bioinspiradas.

Eric, um dos primeiros robôs do mundo, fez sua estreia pública em 1928. Crédito: The Science Museum.

Em 1928 Eric foi criado por WH Richards, um veterano da Primeira Guerra Mundial, e AH Reffell, um engenheiro, fez sua primeira aparição na abertura da exposição anual da Society of Model Engineers. Em ​1960 a teoria de estabilidade do ponto de momento zero por Miomir Vukobratović — um conceito relacionado com dinâmica e controle de locomoção de pernas -, na década de 1960 foi uma importante contribuição para a robótica humanóide no planejamento de movimento para robôs bípedes. Na mesma época o primeiro robô humanóide estaticamente e depois dinamicamente balanceado, WABOT, por Ichiro Kato da Universidade Waseda, Japão, foi desenvolvido.

Em 1997, a Honda apresentou o Humanoid P2 na Conferência Internacional IEEE de 1997 sobre Robôs e Sistemas Inteligentes e em 2000 anunciado o desenvolvimento do robô ASIMO que apresentava forma semelhante à humana, marcha natural, equilíbrio automático em declive, capacidade de subir e descer escadas e interações humanas.

Muitas áreas têm interesses comerciais sobre esses robôs, mas um deles é sobre seus usos em guerras. Um exemplo disso desse interesse é o Desafio de Robótica da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos (DARPA).

Em outubro de 2017 a robô Sophia foi apresentada nos Estados Unidos, criada pela Robótica Hanson, pode realizar algumas ações humanas como expressões faciais, e tornou-se o primeiro cidadão robô do mundo pela Arábia Saudita.

Apesar dos desafios, dos avanços e principalmente das preocupações sobre as aplicações de robôs humanóides, ainda estamos distantes de algo como Arisa de Better than us, dentre os desafios para a aplicação no mundo real estão a locomoção bípede e manipulação hábil, percepção, interação humano-robô, colaboração, compreensão, comportamento de aprendizagem, detecção de emoção e entendimento ético.

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