IA, uma ameaça em potencial para os advogados? Comentamos o artigo do New York Times

Daniel Bichuetti
Intelijus
Published in
3 min readApr 13, 2023

Nesta segunda-feira (10), Steve Lohr publicou um artigo no New York Times sobre uma “segunda vinda” da inteligência artificial no meio jurídico e suas possíveis consequências — boas, ou ruins.

Na Intelijus, acreditamos que, por mais que toda nova implementação tecnológica sempre carregue consigo trade-offs — ou trocas —, os benefícios da utilização da IA para auxiliar o trabalho de profissionais capacitados tende a oferecer mais benefícios do que possíveis efeitos colaterais adversos.

No entanto, decidimos compartilhar os pontos positivos e negativos trazidos de forma tão profissional pelo jornal estado-unidense. E comentar sobre alguns deles.

O jornalista que “escreve sobre o impacto da tecnologia no trabalho” — segundo seu próprio perfil de autor — conta, com muita liberdade poética, que, há uma década, os “advogados foram apontados como uma espécie ocupacional em extinção”.

A ameaça de um suposto fim ocupacional da advocacia nunca ocorreu de fato, mas os debates em torno deste temor surgiram com o avanço da inteligência artificial que, na verdade, passou a ajudar a prática da advocacia, trazendo inúmeros benefícios para estes profissionais.

E, segundo o New York Times, o inverso ocorreu. Com empregos na carreira jurídica e na advocacia crescendo rapidamente e se tornando uma grande força laboral nos Estados Unidos durante a década em questão.

Com avanços da tecnologia e o surgimento de ferramentas como o ChatGPT e a LIVIA, desenvolvida pela Intelijus, fornecendo uma experiência conversacional e fluída na interação homem-máquina, os debates em torno de uma possível ameaça ocupacional parecem ganhar as manchetes e espaço nas rodas de discussões novamente.

Benefícios e ameaças para a prática de advocacia

A IA já está sendo utilizada em diversas áreas do direito, como na revisão de contratos e análise de evidências em julgamentos, e está transformando a maneira como os advogados trabalham.

Conforme o artigo, “os escritórios de advocacia estão cada vez mais investindo em ferramentas de IA, como sistemas de processamento de linguagem natural e análise preditiva, para aumentar a eficiência e a precisão de seu trabalho”. Isso está possibilitando que os advogados lidem com uma quantidade maior de informações em menos tempo e com maior precisão, permitindo que eles se concentrem em tarefas mais complexas e de maior valor agregado.

Um estudo conjunto da Universidade de Princeton, Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Nova Iorque; concluiu que a indústria mais exposta à inteligência artificial é a dos “serviços jurídicos”.

Outro relatório de pesquisa, de economistas do Goldman Sachs, estimou que 44% do trabalho legal poderia ser automatizado.

Ao abordar as preocupações sobre a disponibilidade de empregos no setor, o artigo afirma que, “cerca de 80% dos trabalhadores americanos teriam pelo menos 10% de suas tarefas afetadas pelos mais novos programas de IA”.

A Secretaria de Estatísticas Trabalhistas — também apresentada no artigo do New York Times — acredita que os empregos para advogados e assistentes jurídicos continuará crescendo em um ritmo mais acelerado que o mercado de trabalho na totalidade. Seguindo a tendência atual.

Michael Wolf, chefe da divisão de projeções de empregos ocupacionais da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, está acompanhando de perto a chegada dos novos softwares de IA, mas ele disse ser muito cedo para avaliar qual seria o impacto de longo prazo da tecnologia; segundo a reportagem.

Como empresa provedora do serviço em questão, podemos afirmar que nosso objetivo não é o de prejudicar os profissionais do setor. Pelo contrário, o que fazemos é potencializar ainda mais o exercício da profissão com ferramentas que melhoram a produtividade, eficiência e os resultados, mas que ainda dependem da operação e da qualificação daqueles que a conduzem — os advogados!

Como afirmado no artigo, “os advogados ainda são necessários para interpretar e aplicar o conhecimento legal, a ética e o bom senso humano a situações complexas e em constante mudança”.

Debates como o proposto pelo respeitado jornal nova-iorquino são de extrema importância para a evolução tecnológica e a prestação de serviços com ética e responsabilidade, como a que realizamos na Intelijus e através da solução: LIVIA.

Conecte-se conosco para acompanhar os desenvolvimentos de inteligência artificial no meio jurídico; e comente o que você acha sobre o assunto.

--

--