Remorso
1 min readMar 22, 2020
Libido alta
Afeto em falta
Prensado escasso
E mundão que gira
E segue a gira
Sempre indo na lei
E o vento que vai
É o tempo que tem.
São cartas na mesa
Remorsos astrais
Sou só eu e eu
Velas e cristais
Pra se estar na guerra
É preciso saber
Que a paz vai além
De quando morrer
A gente nunca escuta
E também nunca vê
Vive numa bolha
Onde se paga pra ser.
A voz dos mais velhos
Nanã buruke,
Ecoa eterna
Doa a quem doer.
Não é sobre crer
Ou sobre ser incrédula
Tem coisa que não vale o cifrão na cédula.
Não é só nascer,
E vive nessa terra,
Alimentar com sangue
O falso Império de papel.