O que é a mobilidade?

A computação móvel de seus primórdios aos dias atuais

Bruno Oliveira
Internet das Coisas
4 min readMar 22, 2020

--

Vamos adotar, neste texto, o conceito de mobilidade como sendo a possibilidade e/ou facilidade de mover algo, alguém ou a si mesmo. Por exemplo, quando falamos de mobilidade urbana e mobilidade social. Mas e no contexto de tecnologia da informação? Alguns autores trazem algumas idéias

Visão de Computação Nomádica (Leonard Kleinrock):

Computação Nomádica é uma tecnologia que permite que um indivíduo saia do escritório e ainda tenha acesso ininterrupto ao mesmo conjunto de serviços de rede que ele tinha no escritório, em qualquer lugar que ele vá e com qualquer dispositivo que ele esteja carregando, independente do ambiente em que ele se encontre.

Visão de Computação Móvel (Fernando Redígolo)

Conjunto de tecnologias que permite a um indivíduo ter acesso a recursos e serviços de TI a partir de um lugar não fixo (ou em movimento), usando dispositivos de pequeno porte com capacidade de computação/comunicação. Ex. de recursos: Dados pessoais, sistemas corporativos e acesso à sites na Internet

De certa forma, dá pra se dizer móvel a partir de três elementos essenciais: hardware, software e conectividade. Sendo que os dois primeiros itens estão sempre em constante evolução e mudança, é só considerarmos o que tínhamos no passado da computação móvel e o que eles foram se tornando:

A medida que esse poder computacional (hardware + software) vai crescendo, a sua relação com a conectividade vai atingindo um patamar relevante — a mobilidade passa a ser responsável direta por mudanças comportamentais.

Uma pessoa leva, em média, 24 horas para perceber a perda do cartão de crédito, mas apenas 10 minutos para constatar a falta do celular. Hoje, dá pra se dizer que vivemos em uma era pós-PC: o usuário está sempre acompanhado por um dispositivo computacional em lugares onde usar um desktop/notebook era difícil ou impraticável.

Essa demanda por mobilidade também influencia os paradigmas de desenvolvimento

Mas o paradigma não é só para o usuário final, mas também mexe com grande parte dos ambientes de negócio. Além do que, o usuário pode preferir usar seu próprio dispositivo ao dispositivo da empresa (BYOD — bring your own device)

Mas voltemos a trinca hardware — software — conectividade.

Em geral, os softwares podem se utilizar das várias funcionalidades do hardware de um smartphone. Isto permite a criação de algumas aplicações interessantes, especialmente se combinado com acesso à Internet: câmera, GPS, redes sem fio e microfone são grandes aliados para se obter o contexto de algum dada captado.

A mobilidade é uma das mais beneficiadas com o advento da Internet das coisas. Ela é capaz de expandir os efeitos da conectividade e ser aplicado em conjunto em diferentes áreas, da automação doméstica a carros conectados.

Nem só de Parasita se vive na Coréia do Sul. A mobilidade tem gerado novos modelo de negócios

--

--

Bruno Oliveira
Internet das Coisas

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.