O Playground se tornou coisa séria — O nosso estágio no time iOS

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9 min readMay 15, 2020

No dia 3 de dezembro de 2019 começava um novo ciclo na nossa vida. Sim, no fim do ano, quando as pessoas estão se preparando para encerrar ciclos. Clima que, no Brasil, culturalmente, permanece até o Carnaval, quando “o mundo volta a funcionar”. Esse foi o nosso primeiro dia de estágio, mas, tudo o que tornou possível para isso acontecer, já estava rolando muito antes!

Larissa — Estando apenas no segundo semestre do curso de Sistemas de Informação, decidi procurar um estágio. Apliquei para quatro vagas em quatro empresas diferentes. Participei de todo o processo em cada uma delas e obtive respostas positivas. Como tenho no meu círculo íntimo pessoas da área de tecnologia, após conversar com elas, analisar minhas opções e, o próprio processo seletivo, escolhi a empresa eleita nº1 GPTW (Great Place to Work) em Santa Catarina, agora por quatro vezes consecutivas (YEAH!). Mesmo que eu ainda não soubesse (e ainda não sei) com o que eu desejava trabalhar, sabia que queria aprender da melhor forma e com as melhores pessoas, tudo o que eu pudesse.

O tipo da vaga não contou tanto na minha deliberação, mas, ao receber o primeiro contato da Involves, através da Maria, talent recruiter, senti a cultura da empresa muito presente na empatia, na responsabilidade e no tratamento com as pessoas, me fazendo ter a confiança de que seria muito bom. Eis que fui pela primeira vez na sede em Florianópolis, onde trabalho hoje, para fazer parte de uma entrevista coletiva e de supetão, fazer uma prova! Mas tudo bem, o lugar é tão bacana que eu nem fiquei tão nervosa (fiquei sim)… E agora vem a parte mais legal! Passando pelo funil da avaliação de perfil e da prova técnica, passei pela última etapa, a sabatina, onde pude conhecer alguns Involvides e o próprio time com quem eu iria trabalhar! Lógico que eles também tiveram a oportunidade de me conhecer, e agora eu já posso falar: eu avisei! Brincadeiras à parte, também foi aí que percebi que eu estaria com as melhores pessoas ❤.

Vitor — Enquanto estava no segundo semestre do curso de Ciências da Computação, comecei a me perguntar se já não era hora de ingressar na área na qual estou estudando, visto que a quantidade de vagas disponíveis para esse mercado é grande. Eram muitas as incertezas a respeito de como seria entrar em um mundo totalmente novo para mim. Mesmo assim, decidi tentar.

Enviei currículos para algumas empresas do segmento e recebi retorno de duas, entre elas a Involves, que buscava uma pessoa com voltade de aprender e que estivesse em crescimento pessoal e profissional para se tornar um desenvolvedor iOS. Pela questão do cargo, e porquê eu já queria trabalhar com desenvolvimento, optei por participar do processo seletivo da Involves. Na nossa primeira reunião coletiva, fomos apresentados à Maria (nossa recrutadora/protetora que, embora não soubéssemos ainda, já havia nos ajudado nos concedendo mais 10 minutos de prova), ao Rafa e ao Gio (nossos tutores) e a outros candidatos. Então partimos para alguns testes de atenção e para a prova técnica. A ansiedade veio à tona por ser minha primeira prova de um processo seletivo e pelo tempo de duração que, para mim, pareceu curto.

Depois de uma reunião pessoal com a Maria, alguns de nós pudemos conversar um pouco mais com os Involvides e contar um pouco da nossa trajetória na sabatina, que foi o último passo do nosso processo seletivo. Felizmente, obtivemos uma resposta positiva precoce graças ao Márcio, nosso development manager.

Em todo esse processo, desde os primeiros contatos, percebi que a forma com que eles tratam as pessoas é diferente, sempre muito gentis e tentando ajudar o próximo. Após finalmente fazer parte dessa linda tribo (é assim que o Dé, CEO da Involves, nos denomina), percebi que os valores culturais da empresa são muito fortes.

Uma vez devidamente comemorada a conquista, pulando na piscina de bolinha e tirando várias fotos, começamos o processo de onboarding. Foi incrível ver uma ideia tão bacana realmente funcionando na prática! O processo de onboarding é uma semana inteira descobrindo sobre o produto, o lugar e as pessoas com quem você vai trabalhar. São muitas informações para processar e muitos rostos e nomes para relacionar, mas tudo ocorreu de forma leve e divertida. Tínhamos cards com tasks para cada assunto, e aprendemos muuuito e, muuuito rápido sobre trade marketing com a Ju através de um board game, isso mesmo! Também fomos muito bem recepcionados pela Tatá e pela Analê, as involvedoras responsáveis pelo nosso onboarding.

Da esquerda para a direita: Analê, Vitor, Larissa e Tatá.

Desde a entrevista coletiva, nos foi dito que programadores iOS são muito procurados no mercado, e foi por esse motivo que o time teve a iniciativa de recrutar estagiários e ensinar praticamente “do zero”. Eles bolaram um plano de estágio que divide em cerca de um ano, os assuntos que gostariam que aprendêssemos. Não tivemos acesso ao plano na íntegra, mas toda semana nos foi passado um desafio diferente baseado nele e, em apenas três meses já havíamos estudado:

Playground: um ambiente de desenvolvimento mais simples e interativo, que nos possibilitou sem grande complexidade, aprender e exercitar Swift básico. Também descobrimos como criar os comandos que já dominávamos em outra linguagem no próprio Swift. Após isso, nosso primeiro desafio foi recriar a prova do processo seletivo inteira em Swift, utilizando o Playground.

Git: conforme fomos criando vários arquivos no Playground para nos sentirmos mais confortáveis com a nova linguagem, começamos a estudar Git, sabendo da importância de se usar uma ferramenta de versionamento de código dentro de uma equipe para maior segurança e melhor performance de desempenho individual. Aprendemos o Work flow básico, algumas nomenclaturas como merge, branch, pull request, etc, e claro, cometemos vários erros, inclusive um deles gerou um certificado de uso indevido do ` git checkout . ` para a Larissa.

POO (Programação Orientada à Objetos): quando dissemos que nosso time estava disposto a nos “ensinar do zero”, não estávamos brincando! Tivemos também uma semana para ler, aplicar e discutir sobre POO, por que um de nós tinha pouca familiaridade e o outro, nada havia estudado sobre o assunto.

Primeiro app — Bulls Eye: nos foi proposto muito material para leitura, pesquisa, e grande parte do tempo íamos atrás de mais conteúdo. Um dos sites que nos foi sugerido pelo time foi o do Raywenderlich, e nele assistimos à diversas vídeo aulas. Em um desses tutoriais, criamos o nosso primeiro app iOS, um joguinho (novidade rs) aparentemente simples, mas que nos ensinou muito. Tivemos nosso primeiro contato com Storyboard, Labels, Outlets, Actions, Alerts, Constraints, enfim, foi uma semana de bastante empolgação! Ao final, podermos instalar e mostrar para os amigos o jogo que criamos no nosso próprio celular, foi gratificante!

Bulls Eye

Segundo app — Lol Fight: nesse segundo app tivemos a brilhante ideia de nós mesmos criarmos um jogo e escolhemos simular uma luta entre dois campeões do jogo LOL (League of Legends). Poder aprender, utilizando um tema que nos desperta a atenção, ter a segurança de cometer erros nessa fase sem estar codando direto no produto da empresa, foi para nós uma grande vantagem. Nossa maior dificuldade nessa semana foi lidar com os problemas de lógica, tentando buscar sempre a solução mais simples, pois descobrimos que é muito mais fácil complicar!

LOL Fight

Lista com dado estático: neste ponto nos foi proposto iniciar no projeto da prova do processo seletivo em que outros interessados no cargo de desenvolvedor iOS são submetidos a realizar. Essa prova é criar um app de informações sobre filmes. Uma ótima ideia, já que esse projeto engloba uma boa parte do que faremos daqui para frente, em nossa jornada de desenvolvedores iOS. Começamos buscando dados de um objeto Movie para povoar a tela de informações com as informações sobre o filme.

Lista com dado dinâmico: continuamos com o projeto de filmes. Nesse ponto, aprendemos a serializar um arquivo JSON local contendo dados para povoar nosso vetor de filmes, e depois usá-los em uma tela de informações sobre o filme que o usuário clicar. A partir daqui, começamos a lidar mais afundo com desempacotamento de objetos que poderiam ser ou não-nulos.

URL Session: ainda no desafio do projeto de filmes, agora buscaríamos os dados de um arquivo JSON através de uma requisição HTTP. Para isso tivemos que aprender o básico sobre como funciona uma requisição HTTP, entender o que cada código de status significa e como lidar com a resposta dessa requisição. Usamos a API URLSession do Xcode, a estrutura try/catch e criamos nossa primeira task.

Codable e Decodable: a partir desse ponto nos aprofundamos um pouco em URLSession, entendendo como funciona uma serialização de um arquivo JSON, passando a estudar Codable e Decodable. Aprendemos como codificar e descodificar um objeto e como mudar o nome de alguma propriedade no momento da descodificação, caso seja necessário.

Larissa — Como uma típica pessoa ansiosa criei muitas expectativas e, definitivamente, esses três meses superaram todas elas! Aprendi muito mais do que pensava que seria possível nesse tempo, não só coisas técnicas como citamos nesse texto, mas também aprendi a ter mais paciência. Algumas coisas na vida têm seu tempo para acontecer, e tudo o que é para ser nosso sempre chega! #UmPoucoMaisDeCalma. Aprendi a não ter medo de parar, fazer uma pausa, refletir e MUDAR! Obviamente aprendi a me arriscar mais, mas a história da razão de eu ter escolhido essa área fica para um outro carnaval… Aprendi a não ter receio de transparecer quem sou. Em algum lugar irão te acolher! Aprendi a acreditar mais em mim e sou grata pelas pessoas que também acreditam. Um estágio pode parecer pouco aos olhos de muitos, mas para nós, têm sido um desafio a cada dia, motivo de orgulho e renovação de fé na vida! Aprendi mais sobre diversidade, empatia e respeito. Esse é o único padrão que enxergo aqui: amor e vontade de ser melhor! Aprendi mais sobre música também, um dos nossos valores! Comecei a escutar outros títulos pelas indicações dos colegas e até arranhei minhas primeiras notas no violão. Aprendi a me permitir errar um pouco mais. E por fim, aprendi a confiar mais nas pessoas, e que às vezes, as coisas são boas mesmo e tudo bem, existem coisas boas no mundo!

Vitor — Tem sido incrível toda essa experiência e conhecer essas pessoas igualmente incríveis. Foi muito legal conhecer um pouco da história de todos e perceber que cada um tem um ritmo de crescimento, o que me ajudou a lidar um pouco com a minha própria ansiedade. Parar para pensar, escrevendo esse texto, me fez perceber o quanto eu cresci pessoalmente e profissionalmente. Eu não esperava aprender tanto, em tão pouco tempo, coisas técnicas as quais eu achava que seriam bem mais complicadas (méritos também aos nossos tutores pelo empenho no nosso ensino). Ainda que essa profissão seja bem inclinada para exatas, aprendi algumas coisas da área de humanas, através dos nossos feedbacks com elogios e críticas construtivas, com as rodas de conversa sobre diversidade, e com o apoio da área de People Experience. Digo serem conhecimentos da área de humanas porque aprendi a ter paciência e respeitar mais o meu ritmo de aprendizagem, ter mais empatia com os outros, aprendi um pouco sobre diversidade e a olhar de outra maneira algumas coisas que aparentavam ser inofensivas do meu ponto de vista, mas que podem ter impactos além do que podemos imaginar quando se trata da realidade do outro.

Larissa e Vitor

Este foi o relato sincero de dois jovens extremamente felizes e gratos por terem a oportunidade de, nessa fase da vida, estar investindo em conhecimento, na sua vida profissional, e conseguindo conciliar todo esse esforço e mix de sentimentos de maneira saudável, com apoio, e a melhor infra-estrutura física e emocional, sem dúvidas! Falando em gratidão, expressamos aqui a nossa, a todos aqueles mencionados aqui, e também aos que não foram, mas de alguma forma são parte dessa composição. Esperamos atingir nosso objetivo de disseminar sempre a informação, para que de alguma forma seja útil para outros que estejam pensando em arriscar um estágio, ou mesmo uma nova área, e aprender coisas diferentes, já que os tópicos acima têm um bom caminho por onde começar. Arrisque sim! Principalmente no começo, pois o começo é para isso, para você errar, perguntar, mudar de ideia, admitir que não sabe. Busque estar cercado de pessoas que tenham essa intenção também, pois você terá o gostoso dever de aprender o máximo que puder. E quando dizemos o máximo que puder, é com responsabilidade, hein!? Nada de pirar o cabeção, afinal, este é só o começo!

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Inovadora. Diferente. Divertida. Empresa de tecnologia de Floripa profissa quando o assunto é solução de trade marketing