EFF lança guia para auxiliar viajantes entrando ou saindo dos EUA a proteger sua privacidade digital [resumo da semana]

Leonardo Carvalho
IO Publishing
Published in
3 min readMar 13, 2017

Na última terça-feira o WikiLeaks divulgou o que foi chamado de “primeiro de uma série de documentos e arquivos da Agência Central de Inteligência dos EUA” (CIA). Chamada de Year Zero, essa primeira parte continha mais de 8700 elementos, incluindo ferramentas de hacking usadas pela Agência, 0-days e exploits e técnicas para burlar a segurança de aplicativos como o WhatsApp e o Telegram.

Entre as ferramentas de hacking reveladas estão o “Weeping Angel”, codinome de uma técnica usada para transformar SmartTVs em sistemas de vigilância e o “HammerDrill v2.0”, malware multiplataforma que mira o Windows, Linux, MacOS e Solaris infectando estes sistemas através de CDs/DVDs, USBs e informações escondidas em imagens.

Alguns dos documentos também sugerem que a CIA estaria desenvolvendo ferramentas para controlar remotamente softwares instalados em veículos.

A Electronic Frontier Foundation (EFF) liberou na semana passada um documento destinado a viajantes que entram e saem dos EUA que querem proteger a privacidade dos seus dados. O guia foi criado diante das “revistas cada vez mais frequentes e invasivas realizadas nas fronteiras dos EUA”, segundo o comunicado da organização.

O “Digital Privacy at the U.S. Border” ajuda os viajantes a fazer uma “avaliação de riscos”, considerando fatores como seu status de imigração (residente, não-residente, tipo de visto, etc), histórico de viagens e os dados dados em seu poder no momento de cruzar a fronteira que podem incluir informações sigilosas do trabalho, sobre relações pessoais, entre outras. Segundo o comunicado, com base nessa avaliação fica mais fácil decidir que tipo de ação tomar, “o que pode significar deixar alguns dispositivos em casa, transferir alguns dados para a nuvem ou usar criptografia”.

Recentemente aconteceu a edição 2017 da RSA Conference e mais uma vez a IO esteve representada pelo Willian Caprino

RSA Conference — Willian Caprino

“Muita coisa acontece ao mesmo tempo nesta que é a maior conferência de segurança da informação do mundo e que completou sua 26a edição. Durante uma semana, centenas de palestras e atividades ocorrem simultaneamente. Destaque para programas educacionais, como a CyberSafety Initiative, que busca entender a experiência de crianças e adolescentes online, em tópicos como respostas emocionais as mídias sociais, “sexting” (troca de mensagens com conteúdo sexual), impacto na qualidade do sono e como lidar com a reputação online. Outros programas, como o Security Scholar e College Day buscam conectar estudantes com experts e veteranos da área. Também há o RSA Conference Award program, um prêmio que destaca três profissionais de segurança nos campos de Matemática, Políticas Públicas e Práticas de Segurança.”

Confira o texto completo aqui.

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