Inteligência emocional: guia de boas práticas

Samylla W.
ioasys-voices
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5 min readAug 6, 2021

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A inteligência emocional tem sido um tema muito comentado nos últimos anos — e com razão. Essa é umas das skills que devemos sempre tentar aprimorar, pois é um processo contínuo, afinal, todos os dias aprendemos e procuramos melhorar um pouco.

Mas o que de fato é a inteligência emocional e por que precisamos desenvolvê-la?

Segundo o jornalista e psicólogo Daniel Goleman, essa habilidade pode ser definida como a capacidade que um indivíduo tem de identificar os seus próprios sentimentos e os dos outros, de se motivar e de gerir bem as emoções internas e nos relacionamentos.

Ou seja, é você saber lidar com as próprias emoções de um jeito saudável e produtivo. Isso é fundamental em muitas áreas da vida, incluindo nossa vida profissional.

Afinal, não adianta muito o seu QI (Quoeficiente de Inteligência) ser alto se você não tiver um bom QE (Quoeficiente Emocional). É a forma como você pensa e age, e como irá impactar as pessoas a sua volta — seja de forma positiva ou negativa.

Como posso melhorar minha inteligência emocional?

Algumas boas práticas são fundamentais e só depende de nós mesmos aplicá-las em nossa vida diária. É importante lembrarmos de sempre começar de dentro para fora — nosso íntimo, sentimentos e emoções.

Autoconhecimento

Comece tentando entender como você funciona. Cada pessoa tem o seu jeito peculiar de ser e apenas nós mesmos podemos decifrar isso. Algo que pode ajudar é fazer um checklist de suas reações internas em determinadas situações para alcançar autoconhecimento emocional. Por exemplo:

  • Como me sinto agora?
  • Por que me sinto dessa forma?
  • Quais são os meus gatilhos emocionais?
  • O que provocou isso em mim?

Tente entender o “Divertida Mente” que habita em você, suas principais emoções.

Autogestão

Essa é a parte prática. É quando você entende como se sente e gerencia esses sentimentos. Para isso é preciso controlar uma pequena parte do nosso cérebro que é responsável por nossas ações imediatas, impulsivas e primitivas que podem causar aquele “estrago nosso de cada dia” — as gêmeas amígdalas.

Um pequeno exercício pode ajudar. Pergunte-se:

  • Como eu gerencio os meus gatilhos? Minhas decisões são tomadas com base na emoção do momento ou na razão?
  • Eu me adapto facilmente? Com que frequência isso acontece?
  • Coloco em prática aquilo que planejei executar?
  • Sou uma pessoa otimista? O meu ciclo social tem muitas pessoas pessimistas? Tenho filtrado a minha energia negativa?

Empatia

Agora é aquele famoso momento onde escutamos a frase: “Nem tudo é sobre você”. Dói, mas é verdade. A empatia vai te ajudar a ver como você se sente em relação a outras pessoas.

Ela faz com que nos coloquemos no lugar daqueles que influenciamos, seja em pequenas ou em grandes ações. Mesmo pessoas que não fazem parte do nosso ciclo social precisam de nossa empatia. É sobre substituir o “eu” pelo “nós”. Pense:

  • Com que frequência tenho me colocado no lugar de outras pessoas? Eu busco entender aqueles que estão à minha volta?

Gestão de relacionamentos

Agora que sabemos que precisamos da empatia, chegou a hora de colocar a mão na massa. A gestão de relacionamentos vai nos ajudar a lidar com aqueles que estão ao nosso redor, incluindo ações e emoções. Não é algo fácil de fazer pois somos todos muito diferentes, mas algumas boas práticas podem nos ajudar:

  • Gestão de conflitos → Capacidade de neutralizar uma pancada e tirar da situação algo positivo.
  • Trabalho em equipe → Trabalhar em conjunto e extrair o que há de melhor nas pessoas.
  • Liderança inspiracional → Ser alguém que inspira, que motiva.

Se pergunte: Como eu espero ser visto por outras pessoas? Sou alguém que inspira, que motiva? Consigo lidar com os momentos de estresse ou quando há algum conflito mediante as diferenças de personalidade? Trabalho em equipe facilmente?

É bom pensar que da mesma forma que você está tentando lidar com as diferenças de outros, tem muitas pessoas que diariamente tentam lidar com as suas. Então continue tentando.

Automotivação

Eu penso nessa quinta boa prática como uma chave-mestra. Ela vai conseguir te destravar se você não conseguir aplicar os quatro pontos citados acima. A automotivação vai te permitir seguir em frente e buscar ser uma pessoa cada vez melhor.

Você é a sua principal fonte de inspiração e motivação.

É engraçado como nós, seres humanos, nos motivamos com as coisas mais inusitadas. Um caso real que aconteceu com uma pessoa da minha família: quando ouviu uma música da Barbie que falava sobre se dedicar e chegar ao topo, isso a motivou a se esforçar nos estudos. Então, não podemos depender de fatores externos para encontrarmos automotivação.

Keep Going!

A inteligência emocional é algo muito profundo para se tratar por completo em um só artigo, mas existem muitos materiais disponíveis excelentes. Um exemplo é o livro Inteligência Emocional, do Daniel Goleman.

E mais uma vez é importante ressaltar: a inteligência emocional é algo contínuo. Não adianta exigir que você seja 100% inteligente emocionalmente agora, ninguém é. Apenas continue dando o seu melhor procurando melhorar a cada dia.

Obrigada por chegar até o final! Espero que esse artigo tenha te ajudado :)

Veja também A importância das soft skills e como desenvolvê-las.

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Samylla W.
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