Capital humano e resultados de negócios são inseparáveis

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3 min readMar 21, 2023

É imprescindível criar um ambiente seguro e propício ao crescimento

Por Fábio Galhani Berbes, agente de transformação do Itaú-Unibanco

Responda em um fôlego só: como o capital humano deve ser posicionado na visão estratégica das empresas, gerando resultados de negócios? Se você, de imediato, pensou “opa, as possibilidades são muitas!”, então entende como me senti quando fui convidado a responder essa pergunta em um evento intitulado “Transformação, humanização e inovação na prática”, agora, em fevereiro.

Junto a outras pessoas que representam empresas envolvidas com os desafios da Transformação Digital, apresentei um panorama sobre porque consideramos as pessoas como ativos valiosos quando o tema é geração de resultados. E não foi difícil organizar e pormenorizar os motivos dessa importância, uma vez que vivenciamos isso a partir da própria cultura do banco. Valores como “a gente vai de turma” e “a gente é movido por resultado” andam de mãos dadas por aqui.

Partindo desses valores, comecei a responder essa questão, pontuando que é comum, ao longo do processo de transformação, buscarmos identificar e tratar diversos bloqueadores de resultados como, por exemplo, modernizar plataformas, reduzir burocracias ou trazer diferentes métodos e frameworks para melhorar a execução do trabalho. Porém, se deixarmos de lado a questão dos comportamentos, muitas vezes as tratativas que endereçamos não serão suficientes para alavancarmos resultado.

O exemplo das lideranças

Como estamos falando de capital humano e melhoria de resultados, é preciso entender que as pessoas se motivam a mudar quando sentem que suas necessidades psicológicas, de autonomia, crescimento e de significado estão sendo atendidas. Essa motivação está intrinsecamente ligada ao papel da liderança, que é imprescindível para ajudar a criar esse ambiente seguro e propício ao crescimento.

Compreender contextos, analisar cenários complexos e observar necessidades sempre com uma visão humanizada associada aos negócios faz parte do escopo das lideranças. Ao realizar um processo de Transformação Digital uma organização busca estar realmente preparada para responder às mudanças profissionais e de mercado, bem como gerar mais resultado. Para que isso ocorra de maneira efetiva, é preciso que tenhamos lideranças prontas para fortalecer essa união entre uma orientação a resultados e times mais empoderados e autônomos.

Capacitando para entender o humano

Tendo esses pontos sempre em vista, buscamos atuar da seguinte maneira, aqui no Escritório de Transformação do Itaú-Unibanco:

  • Investindo no que estamos chamando de Letramento Executivo, impulsionando a capacidade de nossa liderança ser inspiradora no dia a dia.
  • Mais “in loco” nos negócios, com foco em garantir um ambiente propício para a transformação, possibilitando que os times possam entregar mais resultados.

Com o Letramento Executivo, temos trabalhado para garantir que os executivos do banco não só entendam os porquês da Transformação, como também os vivenciem de modo cada vez mais ativo e participativo. Isso reforça que olhar para o capital humano na verdade é um diferencial competitivo significativo para nós.

Sobre uma atuação mais direta nos negócios, posso destacar uma de nossas ações mais recentes, identificando comportamentos conscientes e inconscientes que poderiam gerar bloqueadores de resultados. Utilizamos a disciplina de Ciências Comportamentais como base para essa ação, que está proporcionando uma mudança positiva no ambiente e na relação entre as pessoas, garantindo maior troca, adesão a mudança e, consequentemente, mais discussões em relação aos resultados.

Atuando em escala

É ponto pacífico que devemos investir esforços em olhar para o comportamento humano quando pensamos em um processo de transformação cujo objetivo é gerar mais resultados. Trouxe aqui um exemplo onde essa relação acontece em um contexto específico, mas sei que “cada caso é um caso”. Quando olhamos para grandes empresas, entendemos que essas relações são complexas, hierárquicas e com incentivos diversos.

Portanto, o principal desafio quando falamos da relação do capital humano com a geração de resultado está na escala com a qual conseguimos realizar ações que agem diretamente com comportamentos e cultura. Neste caso, a complexidade desse cenário requer um olhar atento para todos os níveis da organização.

E é justamente essa atenção constante para o capital humano que configura um diferencial competitivo para as empresas que querem jogar bem esse jogo. Aqui, a cultura do Itaú-Unibanco tem estimulado esse olhar, colocando o capital humano como um dos elementos responsáveis por tangibilizar seus valores, estimulando ambiente saudável, bem-estar dos colaboradores e fomentando a formação de lideranças que inspiram.

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