O poder da colaboração para a entrega de melhores produtos

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5 min readMay 31, 2022

Por Diego Moreira Vieira, Arquiteto de Negócios do Itaú Unibanco e apresentador do podcast Tá no Mudo

Imagem com fundo azul escuro, em que se lê “Tecnologia e colaboração: boas práticas de colaboração para aplicar no seu dia a dia e aprimorar seu produtos” na parte esquerda da tela. No lado direito, há a imagem de um grupo de pessoas trabalhando.

Você sabe o que é colaboração? Essa pergunta pode parecer óbvia, mas em tempos em que todos os negócios passam por períodos de revolução, conceituar seu significado pode não ser tão simples assim.

Aqui no Itaú, por exemplo, a colaboração é uma parte essencial no nosso processo de transformação digital e cultural. Para que nossos produtos continuem tendo relevância, queremos que a colaboração faça parte do dia a dia das equipes — e queremos continuar a praticá-la com nossos clientes, para entendermos exatamente onde e como podemos ajudá-los.

Já deu para ver que colaboração não é algo trivial, certo? Nesse artigo, vamos nos aprofundar na sua importância para os negócios e para o desenvolvimento humano.

Para começar, o que é colaboração?

A colaboração faz parte da história das relações humanas. Há registros milenares que relatam a sua importância em momentos de caça, construções e exploração de novos territórios. Trazendo para os nossos tempos, podemos lembrar que, na infância, a colaboração é natural entre nós, em atividades, brincadeiras e desenvolvimento de atividades que demonstram que viver em sociedade significa colaborar.

Então como, muitas vezes, podemos perder essa habilidade ao longo da vida? Não é fácil responder essa pergunta, mas existem ambientes (e modelos de negócios) que dificultam ou facilitam a recorrência dessa prática.

Colaboração na prática

Nós podemos pensar em inúmeras atividades quando falamos em colaboração. No entanto, aqui nós vamos nos aprofundar em como ela pode nos ajudar a atingir objetivos de negócio ou aprimorar um projeto.

Na nova economia, modelos colaborativos são cada vez mais relevantes. Cada vez mais, os produtos e modelos de negócios que priorizam o bem-estar de comunidades e que estão abertos a evoluir conforme as suas demandas se tornam mais atrativos para os usuários.

Um desses exemplos é a Bike Itaú, que possibilita que usuários usem um aplicativo para compartilhar as bicicletas que disponibilizamos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e até em Santiago, no Chile. Todos os usuários têm acesso a um mapa, que indica as bicicletas disponíveis nas estações em que elas ficam estacionadas, e compartilham a responsabilidade de retorná-las para que o próximo ciclista também possa utilizá-las.

Foto de uma fileira de bicicletas laranjas, com logo do Itaú, estacionadas em uma calçada.
Estação de bicicletas do app Bike Itaú em Santiago, no Chile

Outro exemplo é o nosso app de investimentos, o íon Itaú. Ele foi criado com base em pesquisas da comunidade de investimentos, que identificaram que clientes preferiam gerir suas aplicações em plataformas apartadas do banking tradicional — a partir daí, o aplicativo foi lançado como um MVP e a evolução de sua plataforma é constantemente guiada pelo feedback de seus early adopters.

Esses exemplos podem nos ajudar a compreender como a colaboração faz a diferença no mercado — e a tecnologia pode ser utilizada para habilitar e alavancar esses modelos de negócios. Há muitos outros casos que poderíamos citar aqui, mas todos eles possuem um ponto em comum: a união de pessoas com um objetivo comum.

Existe uma fórmula pronta para que a colaboração aconteça?

Não existe uma fórmula pronta que possa ser replicada em todos os cenários, mas ela pode acontecer mais facilmente quando está apoiada em quatro pilares principais com impacto em cultura, pessoas e processos. São eles:

Comunicação: desenvolver canais de comunicação que atendam às necessidades das pessoas é a base para a criação de um ambiente colaborativo. Sem um canal de troca e uma comunicação transparente, podemos que sentimentos como insegurança e ansiedade surjam entre as pessoas com quem estamos colaborando.

Empatia: o respeito pela vivência e ponto de vista das pessoas é primordial. Precisamos ouvir e entender a realidade do outro para compreendermos problemas e lacunas que podem ser preenchidas. Aplicar esse raciocínio em ambientes corporativos e com grandes hierarquias pode ser um desafio, mas ele se torna mais fácil quando começamos a exercitar a empatia diariamente até que ela se torne um hábito.

Autoconhecimento: tão importante quanto entendermos o outro é entendermos nós mesmos. Quando sabemos quem nós somos com propriedade, normalizamos sentimentos como sensibilidade e vulnerabilidade no nosso dia a dia. Não ter medo de mostrar suas fortalezas e fraquezas de forma honesta é um dos principais passos para se conectar com outras pessoas.

Diversidade e Inclusão: para evoluirmos, precisamos de divergência de opiniões. Não podemos ter um grupo que pensa e age igual. A diversidade não passa somente pela capacidade de estruturar times com gêneros, origens e culturas diferentes, mas também por construir um ambiente com vivências distintas e capacidade de compartilhar diferentes olhares para um mesmo objetivo.

Quem se beneficia de uma cultura colaborativa?

Todo mundo. Além do cliente, os membros de um time também ganham motivação com um ambiente que estimula a evolução e construção de relações transparentes com um objetivo comum e respeito à visão do outro.

As pessoas estudam mais, se desenvolvem para tomar decisões complexas e aprendem com diferentes repertórios que complementam o seu. A capacidade de obter resultados é multiplicada e os resultados também.

Aplicar a colaboração requer paciência, tempo e abordagens que respeitem a independência dos times. Não é fácil e nem rápido — mas espero que esse artigo te inspire a iniciar ou intensificar sua jornada!

Indicações de conteúdo

📘 Leia o livro Organizações Exponenciais, de Ismail Salim
📙 Leia o livro The Five Dysfunctions of a Team: Team Assessment, por Patrick Lencioni
💡 Assista os melhores momentos da palestra sobre combinatividade ministrada por Murilo Gun

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