Talks no iti

Uma gestão de mudança bem-sucedida

Dia 31 de março deste ano.

— Zé, a talk de kafka tô pensando em abrir logo pra quem quiser ver. Acho que nem vou fazer v1 (apenas para nosso time).
— Vai mano! Você vai mandar super bem. Fala bem e domina o assunto.

Dia 8 de abril.

Mais de 50 pessoas assistiram à talk. Não faltaram elogios da galeriti na pesquisa de satisfação. Consegui minha primeira vitória. Ao encerrar a talk provoquei a galera: “Se somos uma empresa de tecnologia, temos que conversar sobre tecnologia. Essa talk precisa ser apenas a primeira. 🕶”

Dia 13 de abril.

— Mestre Normandes, topa entregar o hands-on de Kafka que a galera tá pedindo? Dez dias depois, hands-on entregue, ao melhor padrão Normandes Junior.

Naquele mesmo 13 de abril.

— Zé, vamos convidar o time da AWS pra subir a bordo da nossa agenda de talks? Copo do time tá cheio, a gente precisa de ajuda.

Mais um sinal verde com o Zé, nosso líder na tech foundation do iti, Marte para os mais íntimos. Alguns dias depois tive a oportunidade de conhecer a Kimmy, arquiteta de soluções AWS, que prontamente topou marcar presença no nosso calendário.

Dia 13 de maio.

Kimmy entregou sua primeira talk na nossa trilha. Mais uma talk muito bem avaliada.

Por que eu dei aquela talk do dia 8 de abril?

Muito mais do que compartilhar conteúdo, meu maior interesse foi estabelecer um divisor de águas, abrindo precedente para mais talks. Foi a primeira tech talk no iti a alcançar tantas pessoas após o início da pandemia. Foi também o início do nosso calendário de talks on-line.

Cada talk tem alcançado 50+ pessoas, na verdade a Kimmy recentemente quebrou seu próprio recorde alcançando 80+ pessoas. 🚀

Quais fundamentos da gestão de mudanças apoiaram todo esse trabalho?

• Ter um objetivo claro.
  Buscar uma agenda recorrente de tech talks. Uma iniciativa alinhada a nossa estratégia de se posicionar como empresa de tecnologia.
• Comunicar uma visão que faça as pessoas desejarem a mudança.
  Comuniquei diferentes públicos de diferentes maneiras. Esse foi o fundamento onde mais encontrei dificuldades. Ainda assim, considero que a mensagem do dia 8 de abril fez as pessoas desejarem mais talks.
• Ter um plano inicial e começar simples.
  Fazer o calendário acontecer, uma talk de cada vez. Não tem muito segredo aqui. Mais do que entregar talks, priorizamos pautas com conteúdos interessantes ao nosso cliente final: o time de engenharia do iti.
• Buscar maneiras de acelerar os resultados. Vitórias rápidas.
  Fazer a agenda acontecer, nesse modelo (por enquanto) essencialmente empurrado, dá bastante trabalho. Aqui o grande mérito foi seguir o exemplo criado pela nossa liderança: uma vez que encontramos parceiros estratégicos de grande competência, o que seria mais efetivo do que contar com o seu alto potencial de contribuição?

Por intuição me apoiei ao pilar mais aderente da gestão de mudanças. Os outros pilares envolvem uma compreensão mais apurada de pessoas e de estímulos a redes sociais. São mais escorregadios: falta de atenção à natureza destes fez eu perder algumas batalhas nessa mesma iniciativa… fica pra outra reflexão.

Por ora, o momento merece celebração! Uma mudança a menos no backlog desse agente de mudanças obcecado por cultura organizacional e melhoria contínua.

❤️🙏🏼️️ Obrigado Zé Augusto e André Oliveira, por acreditarem na equipe, abrindo caminho para constantes experimentos e aprendizados. Normandes Junior, por inspirar a busca por excelência nos seus pares. Gilson, Kimmy e time AWS, pela parceria que faz a gente chegar mais longe. E Luiz Fernando Cavalari, além de pessoa e profissional incrível, grande aliado nessa gestão de mudanças.

Com um time desses fica mais fácil, né? 😄

Texto publicado originalmente em 15 de junho em uma publicação pessoal do autor.