POR QUE FAZER RESEARCH E COMO VENDER ESSA IDEIA
Hoje em dia, muito se fala em “design centrado nas pessoas” ou “uma empresa orientada para o consumidor”. Isso porque o comportamento de consumo tem sido mais pautado em desejos, do que em necessidades.
Poucas são as empresas brasileiras que efetivamente estão aplicando isso em seus modelos de negócio. Muitos gestores, CEOs e Presidentes acham que conhecendo o mercado e, conhecendo profundamente, o produto/serviço que vendem, sabem tudo que precisavam saber.
Porém, a vida das pessoas não gira em torno de um produto ou serviço. As pessoas são regidas por crenças, medos, desejos, frustrações, manias, alegrias e ideais. Os produtos e serviços são apenas a maneira de tentar resolver essas demandas fundamentais. Entender as pessoas pode ser um fator de sobrevivência para os negócios. Pesquisar seus comportamentos e motivações faz com que você possa, efetivamente, desenvolver a solução, que irá resolver algum problema ou carência desse Ser.
Mas a resistência em fazer User Research não vem só do pessoal de gestão, muitos designers, DEVs, BAs e PMs também acabam achando que suas próprias intuições e conhecimentos, resolverão os problemas dos usuários, porém o usuário não tem o conhecimento que temos e ele acaba fazendo interpretações equivocadas e inesperadas ao interagir com nosso produto/serviço.
Quando a gente quer vender um projeto de Research, a dica é aplicar nossa própria metodologia nessa galera. Entender que eles são, acima de tudo, PESSOAS. Basicamente, eles são usuários e você está projetando uma experiência de projeto de design para eles. Estude essas pessoas. Entenda como são seus hábitos, valores e motivações. Use ingredientes da linguagem deles para persuadi-los. E vá como que a conta gotas, trazendo informações sobre esse tema. O mais importante é faze-los tomar a decisão de forma consciente. De nada adianta, você convence-los de fazer o Research mas o projeto não ser utilizado como base para todas as tomadas de decisão. Vira apenas um arquivo salvo na rede e mais nada. O research só vai pra frente quando a cultura da empresa está preparada para recebe-lo. Isso é uma coisa que quando conversei com o Eduardo Tavares, especialista em CX, que na época trabalhava na Movidesk, frisou muito pra mim.