POR QUE FAZER RESEARCH E COMO VENDER ESSA IDEIA

Janaina Amadori
IxDA Blumenau
Published in
2 min readJun 5, 2020

Hoje em dia, muito se fala em “design centrado nas pessoas” ou “uma empresa orientada para o consumidor”. Isso porque o comportamento de consumo tem sido mais pautado em desejos, do que em necessidades.

Consumo = desejos > necessidades

Poucas são as empresas brasileiras que efetivamente estão aplicando isso em seus modelos de negócio. Muitos gestores, CEOs e Presidentes acham que conhecendo o mercado e, conhecendo profundamente, o produto/serviço que vendem, sabem tudo que precisavam saber.

O que nos move é muito mais complexo, do que apenas racionalidade

Porém, a vida das pessoas não gira em torno de um produto ou serviço. As pessoas são regidas por crenças, medos, desejos, frustrações, manias, alegrias e ideais. Os produtos e serviços são apenas a maneira de tentar resolver essas demandas fundamentais. Entender as pessoas pode ser um fator de sobrevivência para os negócios. Pesquisar seus comportamentos e motivações faz com que você possa, efetivamente, desenvolver a solução, que irá resolver algum problema ou carência desse Ser.

Mas a resistência em fazer User Research não vem só do pessoal de gestão, muitos designers, DEVs, BAs e PMs também acabam achando que suas próprias intuições e conhecimentos, resolverão os problemas dos usuários, porém o usuário não tem o conhecimento que temos e ele acaba fazendo interpretações equivocadas e inesperadas ao interagir com nosso produto/serviço.

Estude quem toma a decisão na sua empresa. Quais seus hábitos, valores e motivações.

Quando a gente quer vender um projeto de Research, a dica é aplicar nossa própria metodologia nessa galera. Entender que eles são, acima de tudo, PESSOAS. Basicamente, eles são usuários e você está projetando uma experiência de projeto de design para eles. Estude essas pessoas. Entenda como são seus hábitos, valores e motivações. Use ingredientes da linguagem deles para persuadi-los. E vá como que a conta gotas, trazendo informações sobre esse tema. O mais importante é faze-los tomar a decisão de forma consciente. De nada adianta, você convence-los de fazer o Research mas o projeto não ser utilizado como base para todas as tomadas de decisão. Vira apenas um arquivo salvo na rede e mais nada. O research só vai pra frente quando a cultura da empresa está preparada para recebe-lo. Isso é uma coisa que quando conversei com o Eduardo Tavares, especialista em CX, que na época trabalhava na Movidesk, frisou muito pra mim.

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Janaina Amadori
IxDA Blumenau

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