Dia do Pai!

‘Ao início tudo era um desafio, por vezes difícil, dado que na realidade não tínhamos formação ou experiência adequada para criar e coordenar uma organização com a ambição de prestar serviços ao mercado.’ — Rafael Jegundo

Joana Fernandes
jeKnowledge
3 min readMar 19, 2018

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1. De onde é que surgiu a ideia de criarem a jeKnowledge e o que é que te motivou a fazê-lo?

A ideia surgiu da procura de modelos diferentes aos existentes para ter uma experiência prática tão próxima quanto possível do meio profissional. Ao conhecermos o modelo de Júnior Empresa através de publicações online e mais tarde algumas pessoas do mesmo ecossistema em Portugal tornou-se um desafio. Perante isso, e sendo de salientar o entusiasmo do Nuno Martins, ele também fundador, o resto evoluiu naturalmente.

2. Quais eram os vossos objetivos iniciais com a criação de uma júnior empresa?

Primariamente trabalhar mais componentes práticas directa ou indirectamente ligadas à nossa formação. Na realidade isto revelou-se muito difícil ao início dada a especificidade de algumas áreas, e fomos ajustando o rumo em função das oportunidades e da visão da altura.

3. Quais foram os maiores desafios/dificuldades que enfrentaram tanto para criar a jeK como para a fazer crescer?

Ao início tudo era um desafio, por vezes difícil, dado que na realidade não tínhamos formação ou experiência adequada para criar e coordenar uma organização com a ambição de prestar serviços ao mercado. Destacam-se talvez encontrar os primeiros projectos, bem como criar um modelo de organização eficaz.

4. Durante os 3 anos que estiveste na jeKnowledge qual foi a experiência que te marcou mais?

A minha memória não traz nenhum evento em particular, e de resto ela é sempre traiçoeira. A experiência foi contínua e de certa forma longa que leva a um acumular de aprendizagens cumulativa.

5. O que é que aprendeste enquanto co-fundador e primeiro CEO da jeK?

Aprendi grande parte do que sei sobre organizações e pessoas, sendo que, essa aprendizagem em contínua foi muito catalizada pelos primeiros anos na jeKnowledge, tornando necessário aprender muita coisa depressa, e os erros que ocorrem geram um feedback natural para melhorar rapidamente.

6. De que forma é que teres trabalhado numa júnior empresa influenciou o teu futuro depois de teres acabado o curso de Engenharia Física?

Influenciou imenso, muito porque através da jeKnowledge fiquei bastante ligado a várias pessoas, organizações e eventos que tornaram mais natural abrir uma empresa mais tarde. A empresa onde trabalho atualmente surgiu precisamente de uma oportunidade gerada entre fundadores da jeKnowledge e mesmo hoje na Whitesmith 40% das pessoas passaram pela jeKnowledge. Outras pessoas, não tendo sido sócios da jeKnowledge, acabaram por vir da rede que criámos lá. A confiança e cultura organizacional acabou por passar de uma organização para a outra, com a natural evolução destas matérias, tornando os desafios seguintes menos difíceis de superar.

7. Qual é a tua opinião sobre a evolução da jeKnowledge ao longo destes 10 anos e sobre o que a jeK é agora?

Dada a complexidade de manter uma organização deste tipo ao longo de tanto tempo, o facto de estar viva no sentido pleno é desde logo um bom sinal. Mudou e evoluiu à sua maneira, o que de resto era sempre necessário para se manter relevante e viva. De resto, não acompanho de perto o suficiente para opinar muito mais, nem acho que devo. Aos velhos compete dar espaço para os novos crescerem.

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