Chat GPT: quando as perguntas são mais importantes do que as respostas

João Malossi
João Malossi

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Desde que o ChatGPT entrou na moda ando fazendo algumas experimentações. Usei para criar textos (tipo esse do Avatar que postei há um tempinho atrás), resumir livros que estavam na minha lista de compras, perguntar dúvidas sobre a vida… Pedi ajuda para entender como criar fórmulas para Excel, Powerbi, Pinescript e até para criar modelos de previsão da megasena em Python (sim, eu tentei kkk)!

Eu não tenho dúvida de que é uma das tecnologias mais revolucionárias dos últimos tempos. Pensar sobre isso também trouxe muitos questionamentos sobre o futuro do trabalho e a nossa relação com ele. E o ChatGPT4 tá logo ali…

Nessa semana me deparei com um tweet que falava algo como “AI will not replace you. A person using AI will”. Eu sou desses futuristas menos apocalípticos, que entendem a evolução das tecnologias como algo que vai potencializar o ser humano e não algo que vai nos deixar mais inúteis.

Também vi um tweet do Pierre Levy falando que, se ele ainda fosse um professor, ele faria seus alunos usarem obrigatoriamente o chat para escrever seus textos. E a nota não seria dada para essas produções textuais, mas sim para quem tivesse os melhores prompts, diálogos com o sistema, filtros e verificações de conteúdos.

Recentemente eu estava lendo o livro The Creative Gene do Hideo Kojima, onde ele indica vários conteúdos que formaram o seu caráter criativo. Dentre as indicações um livro me chamou a atenção: “Inherit the Stars”. Uma ficção científica que fala sobre um grupo de cientistas que descobrem o corpo de um astronauta em uma mina em outro planeta. Só que esse cara morreu há muitos anos e se assemelha demais a seres humanóides.

Essa história me chamou muito a atenção, então comecei a fazer alguns testes como chat. Primeiro pedi um resumo da história, e, pouco a pouco, fui me aprofundando em cada detalhe que ele me contava. “Em quais condições estava o corpo que foi encontrado?” “Quem eram os personagens principais?” “Que tipo de informações os personagens encontraram na nave alienígena?” “Quais eram os problemas que existiam no planeta dos Tians?” “Qual era o sistema de governo dos Tians?”

Isso me trouxe o insight de que essa pode ser uma nova forma de ler livros. “Desvelando” o conteúdo conforme a nossa curiosidade. Fazendo uma pequena investigação, montando o nosso quebra-cabeça. E isso torna a experiência bem diferente.

No fim eu acho que o futuro vai ser menos sobre “saber tudo” e mais sobre “saber fazer as perguntas certas”, afinal a curiosidade sempre vai deixar tudo muito mais interessante.

O texto original você encontra aqui: https://www.linkedin.com/posts/joaomalossi_ai-trabalho-creative-activity-7020203154260602880-QQGn?utm_source=share&utm_medium=member_desktop

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João Malossi
João Malossi

Publicitário, cientista de dados, entusiasta de novas tecnologias, apreciador de cervejas e músico de notebook nas horas vagas.