Aulas Online na Pandemia

Marcos Tanaka Riyis
JogoDeAprender
Published in
4 min readApr 13, 2020

Olá a todos.

Estamos no mês de abril de 2020, durante a pandemia de COVID-19, onde, para evitar a disseminação do vírus SARS-CoV-2, especialmente para os mais vulneráveis, estamos todos em isolamento, voluntário ou forçado. As escolas, no estado de SP, estão com aulas suspensas, algumas estão em férias, outras ministrando aulas à distância.

Isso fez com que os professores e toda a comunidade escolar ficasse maluca tentando fazer de tudo para tentar desenvolver competências e habilidades que, no “Mundo Antigo”, não eram necessárias. Pode ser uma chance para uma mudança na Educação, ou pode ser uma simples transposição da educação conteudista para as plataformas EaD, mas isso é assunto para um outro momento.

Esse texto é somente para ajudar a comunidade escolar (professores, educadores, coordenadores, pais) a escolher algumas ferramentas para elaborar, transmitir ou transformar suas aulas nesse cenário de pandemia. Não vou discutir aqui a necessidade ou não, a relevância ou não de ministrar aulas à distância, mas somente facilitar a vida de quem precisa fazer isso.

Vamos, então às dicas da Jogo de Aprender:

1. Elaboração de Aulas: Provavelmente a elaboração das aulas é feita no Power Point ou no Google Apresentações. A diagramação da apresentação pode ser uma dor de cabeça, então, esse site tem templates (modelos prontos) para apresentações. São muitos modelos interessantes, vale a pena visitar: Slides Carnival. Se a ideia é transmitir pela web, é possível utilizar outro site de apresentações chamado Prezi. O plano gratuito não permite salvar nem remover a marca dos slides, mas para as aulas, dá muito bem para usar e fica um visual bacana;

2. Transformação da aula em vídeo: Muitas vezes o professor, ou o educador, quer transformar a sua apresentação em um vídeo, para deixá-la disponibilizada sem que o autor esteja em um momento síncrono com os alunos . Nesse caso, ele tem a opção de gravar a si mesmo em vídeo, atividade que muitos optam em fazer, mas outros preferem gravar a tela do computador, para “animar” a sua apresentação no Power Point ou mesmo no Prezi. Há várias opções para isso, a mais conhecida é um software chamado Camtasia, mas eu recomendo uma alternativa simples e gratuita (com menos recursos, mas para gravar aula, dá e sobra) chamada Active Presenter. Nesse software, o professor poderá gravar em vídeo a tela do seu computador e também editar esse vídeo. Há muitos tutoriais escritos ou em vídeo para usar esse aplicativo, mas recomendo esse aqui, que tem me ajudado muito. A gravação do áudio pode não ficar muito boa. Nesse caso, existe a opção de gravar o seu áudio separado, com o celular, tratar esse áudio com um aplicativo específico e substituir o áudio da gravação feita no Active Presenter pela gravação do celular. Dá um certo trabalho, mas o resultado é interessante e ajuda para quem tem muitas turmas. Com a aula em vídeo, é possível mandar esse material para a turma antes do encontro síncrono e esse encontro ser usado para debates, conversas, correções, etc;

3. Ferramentas de gerenciamento da turma: Há várias, mas eu uso há mais de 2 anos o Google Sala de Aula. Muito fácil e intuitivo, para compartilhar links, material, apresentações, mandar tarefas, corrigi-las, mandar feedback e outros. Gratuito e eficiente. Recomendo.

4. Transmissão em tempo real (aula em vídeoconferência): Aqui a porca começa a torcer o rabo. São muitas ferramentas, mas é difícil achar a melhor. Testei muitas que permitiam compartilhar a tela, em todas há alguma dificuldade. O Skype funciona bem, tem um limite de 50 pessoas, mas a aula é limitada a 4 horas e, maior dificuldade, todos os participantes devem ter uma conta no Skype e, para um bom funcionamento, devem instalar o software. De modo parecido há o Microsoft Teams, com a mesma dificuldade (necessidade de ter uma conta Microsoft). Além disso, achei muito difícil de usar, não é tão intuitivo. O Google Hangouts funciona bem, é fácil e intuitivo, mas exige uma conta Google (acho mais fácil os alunos terem conta Google por causa dos celulares do que conta Microsoft) e tem uma limitação de 10 pessoas na reunião/aula, o que limita muito o trabalho do professor. A ferramenta paga da Google, chamada Meet é muito boa e não tem limitação, no entanto, é paga (cerca de R$ 250,00/ano). O Zoom está sendo muito usado, é fácil de utilizar, permite bastante gente (200 pessoas), mas é limitado, na versão gratuita a 40 minutos por reunião. Claro que todos podem salvar o link e clicar novamente na mesma reunião, mas isso pode ser um transtorno. Gostei bastante do Join.me, porém, a versão gratuita para testes dura somente 14 dias, mas achei muito boa, inclusive com recurso de gravação e compartilhamento. Uma das vantagens é não precisar instalar nenhum app, basta entrar no link fornecido. Por fim, semelhante ao join.me, só que gratuito e de código aberto, existe o Jitsi; a única desvantagem que eu vi é que a reunião é criada na hora, e mandar o link pode ser complicado na última hora, mas não é preciso instalar nada. Para quem for usar esse, recomendo a definição de uma senha no momento da criação, para que ninguém “invada” a aula sem permissão.

Basicamente são essas as dicas, mas o principal é que todos nós, educadores, tenhamos em mente que essas são simplesmente ferramentas, não um fim em si mesmo. O objetivo final é o aluno, que também deve ser o protagonista dessa transformação na educação. Essas ferramentas podem ser usadas para uma mudança como a que José Pacheco sugere na Escola da Ponte, onde o professor é apenas um facilitador do processo ensino-aprendizagem, mas podem ser usadas para a reprodução do mais do mesmo. Cabe ao educador decidir para que lado ele quer ir.

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Marcos Tanaka Riyis

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Abril/2020

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Marcos Tanaka Riyis
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Pai do Vinícius, marido da Lillian, padrinho do Toshio. Ambientalista, inventor de personagens e contador de histórias absurdas. Ah, Professor e Engenheiro!