Cai o número de dengue no Estado

Cristine Fogliati
Jornalismo de Dados — UniRitter
3 min readMay 16, 2017

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Secretária Estadual da Saúde aponta redução ao mesmo período de 2016

Cristine Fogliati e Larissa Zarpelon

O primeiro registro do vírus da dengue no mundo ocorreu no século XIX, no período das Grandes Navegações, no Egito. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações, atacando como colônias.

No Brasil, os relatos de dengue datam do último século, em Curitiba (PR), e fazem o início do século XX, em Niterói (RJ). A primeira epidemia ocorreu no continente americano, no entanto, haviam longos intervalos, devido à dificuldade de introdução de novos sorotipos do vírus causador da doença.

Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, em Porto Alegre, no ano de 2015, foram notificados até a semana 52, correspondente ao mês de outubro, 585 casos. No ano seguinte, em 2016, o índice subiu para 1.871 casos. Já neste ano, em 2017, até uma semana 15, (período 01/01/2017 a 15/04/2017), foram 232 casos.

Ainda no sul do Brasil, segundo dados Secretaria Estadual da Saúde (SES) de 2015, os tipos de perfil dos objetivos saltam aos olhos. Foram 598 homens eo número elevado para 656 quando separados por mulheres.

Já no ano seguinte, em 2016, uma faixa etária com maior número de casos de 20 a 29 anos, com 219 casos, e não sexo feminino, que obteve maior número para os 30 a 39 anos, com 260 casos como mostra o Gráfico a seguir.

Distribuição dos casos confirmados de dengue por faixa etária e sexo, percentual e coeficiente de incidência / 1.000.000 hab., RS, 2016 (até SE 39)

Fonte: SINAN - Online (dados preliminares até 28/09/2016)

Os casos de Aedes Aegypti em Porto Alegre

Segundo a jornalista Patrícia Coelho de Souza, da Secretaria Municipal da Saúde, foram registrados em quatro casos graves de dengue em 2016 em Porto Alegre. Nenhum paciente morreu em decorrência da doença. No mesmo ano, 1.835 casos de dengue em Porto Alegre foram notificados, 355 dessas confirmados até o mês de dezembro.

Os bairros com maior incidência foram Vila Nova, representando 75 dos casos, e Chácara das Pedras, com 61 casos. Os bairros com menor incidência, com um caso cada, foram Cascata, Cristo Redentor, Espírito Santo, Jardim Lindóia, Mont’Serrat, Passo D’Areia, São João, Serraria, Teresópolis, Vila Ipiranga e Tristeza.

Diferença entre dengue clássica e hemorrágica

A diferença entre uma dengue clássica e hemorrágica se dá pelos sintomas. Na hemorrágica, após os sintomas da dengue comum e acabar uma febre, começam a surgir sinais de alerta como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida e úmida, manchas vermelhas na pele, etc. Ela é mais frequente em quem Apresentar dengue pela segunda vez. E se diferença após o terceiro dia, com o aparecimento de hemorragias depois dos sintomas comuns da dengue clássica. Nela, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a morte em até 24h.

Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas morrem devido a dengue hemorrágica. O seu diagnóstico pode ser feito através da observação dos sintomas eo exame médico sangüíneo e prova do laço, que é feito por observação de mais de 20 pintinhas vermelhas em um quadro 2,5 x 2,5, depois de cinco minutos com o braço amarrado . Conforme demonstrado na imagem abaixo:

Prova do Laço / Fonte: Tua Saúde

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Cristine Fogliati
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Jornalista. Contadora de histórias. Fotógrafa nas horas vagas. Instagram: @cfogliati