E-Sports em crescimento no Brasil
Rodrigo Cruz dos Santos e Thiago Nascimento da Luz
Inicialmente criado como um mod do famoso jogo Half-Life, o conter strike (CS) começa sua história no ano de 2000, e desde então tiveram várias atualizações como CS 1.0, CS 1.6, CS source e o mais famoso e mais atual o Counter Strike Global Ofensive ou simplesmente CS:GO. Através da plataforma STEAM, a maior plataforma de venda de jogos online e da VALVE a produtora do jogo, podemos ter os dados que em seus picos de players online, chegam a ter 300 mil pessoas jogando o game simultaneamente em até 150 mil servidores online.
Lançado em 2012 o CS:GO expandiu o mercado de jogos de tiro em primeira pessoa, onde a ação do jogo ocorres em duas equipes uma de terroristas (TR) e outra de contra terroristas (CT), onde para ser o vencedor da rodada as equipes tem que eliminar toda a equipe adversária ou a equipe TR plantar a bomba, e para os CT’s vencerem eles devem desarma-la.
O jogo chamou muito atenção do cenário brasileiro em meados de 2016 onde o time da Luminosity Gaming, capitaneado pelo brasileiro Gabriel Toledo (Fallen), chegou ao título do Major de 2016, se tornando assim a primeira equipe de CS brasileira a ganhar o campeonato, Fallen junto de seu time, que era formado por Fernando Alvarenga (FER), Marcelo David (COLDZERA), Lincoln Lau (FNX) e Epitácio Pessoa (TACO), chegaram ao estrelato em pouco tempo, pois meses após o título os 5 se transferiram para a então melhor equipe do mundo, a SK GAMING.
Junto de sua nova equipe os brasileiros foram campeões de mais um mundial de CS, e após isso o time teve algumas turbulências como a saída de ‘FNX’, e a entrada de Ricardo Pacheco (FOX), português que foi um ‘tapa buraco’ da equipe para a disputa de um campeonato. Sem sucesso a Lineup da SK modificou mais uma vez, com a saída de ‘FOX’, e a entrada de João Vasconcellos ‘FELPS’ a equipe conseguiu se sagrar campeões de alguns torneios, mas com a saída prematura nas quartas de finais do mundial de 2017.
Counter Strike criou um mercado de apostas bilionário, onde nada mais é do que pinturas para as armas, nenhuma das pinturas dá chances de um jogador ganhar uma partida mais fácil, ou vantagem em relação a outro player, ela simplesmente identifica os jogadores com suas pinturas exóticas e na maioria das vezes caras. A skin mais cara comercializada até hoje no mercado de trocas e foi comprada por um colecionador chinês por aproximadamente 300 mil reais, onde o comprador que não foi identificado comprou um ‘Karambit’ Blue Gem que são exclusivas, e, portanto, pagou o preço, muitas armas custam centavos, mas a mais famosa a AWP Dragon Lore, a skin mais cobiçada pelos jogadores custa aproximadamente 5 mil reais.
CS:GO se tornou em 2016 o jogo mais vendido da história do games eletrônicos com aproximadamente 25,7 milhões de cópias vendidas mais de um milhão de cópias a mais que o segundo colocado, outro dado importante foi da Twitch.tv que em 2015 anunciou que o game só perdeu em número de visualizações simultâneas para o League of Legends, e em suas maiores audiências chegaram a ter mais 1 milhão de pessoas assistindo a final do mundial do mesmo ano.
League of legends (LOL), nem sempre foi tão famoso com é nos dias de hoje, o primeiro campeonato de League of Legends foi em 2010, onde a CLG foi a primeira equipe a ganhar um campeonato em nível internacional, trazendo um time dos Estados Unidos, um da Europa, um da China e um do restante da Ásia para essa disputa. Já no Brasil o campeonato começou a surgir em 2012.
O servidor brasileiro de League of Legends foi inaugurado apenas em julho, mas a comunidade brasileira já existia no jogo.Com o lançamento oficial do jogo no país, em agosto, a Riot Games anunciou a organização do primeiro Campeonato Brasileiro do jogo, com premiação então sem precedentes para os esportes eletrônicos nacionais: 80 mil dólares no total, com 25 mil dólares para o vencedor. As classificatórias foram realizadas já em setembro e a fase final ocorreu com a participação de oito equipes entre 11 e 14 de outubro na Brasil Game Show. O formato adotado foi o de eliminação simples, com séries eliminatórias melhor de três, com final e disputa de terceiro lugar. A organização Vince Te Ipsum conseguiu a classificação de ambas as suas equipes, Ignis e Nox, para a grande final, com a vTi Ignis sagrando-se campeã por 2 a 0.
Com a final do Campeonato Brasileiro de League of Legends 2017 (CBLOL) terminado os jogadores podem aproveitar para treinar mais, no dia 5 de outubro o jogador da Pain Gaming Gabriel Bohm, mais conhecido como “Kami”, ela lançou seu primeiro livro contando a sua carreira e os bastidores do cenário competitivo do CBLOL. Pode até parecer estranho, mas o gaúcho de apenas 20 anos é um esportista — ou ciber atleta — brasileiro com fama internacional. E não só isso: ele também é o mais caro jogador de League of Legends do país. Custa R$ 1 milhão — valor da multa rescisória para tirá-lo da Pain Gaming.
Já o jogador da Red Canids francês Hugo Padioleau “Dioud”, diferente do jogador Kami, ele posta vídeos no seu canal do Youtube de como é a sua rotina de treino para o campeonato. Dioud fala que “além de treinar suas jogadas é preciso treinar a sua mente”. Ele conta que acorda por volta das 10:00 da manhã, depois toma seu café, logo após é passado como vai ser seu dia, onde após fazem uma conversa com psicólogos para evitar o Rage (ficar bravo com o time), depois fazem o seu almoço e depois começa seu treinamento onde vai das 14:00 até 24:00 horas.
Juntamente com Dioud o jogador Felipe Gonçalves mais conhecido como “BRTT RXXX”, conta que faz seus vídeos após o treino, diz ele que dorme por volta das 4:00 da manhã até o as 10:00.
Já o Ex- jogador Felipe Noronha “Yoda”, terminou sua carreira na Red Canids em 2016/2, após o Mid-Season Invitational (MSI), onde ocorre desde 2015, Yoda fala que vida de pró-player é boa e ruim ao mesmo tempo, pois o que era pra ser um jogo divertido vira algo rotineiro que perdia a paixão pelo jogo, onde hoje é apresentador do seu talkshow no Youtube no qual convida jogadores e celebridades do cenário E-sports.
Já o jogador Murilo “Takeshi”, ex-jogador pela Keyd Stars, onde confirmou hoje em seu Twitter que assinou com a Pain Gaming e além de time novo o jogador trocou a sua posição no cenário, em uma entrevista que deu para a Sportv.com, o jogador disse que sentiu que era “hora de virar a página” e que em certo tempo “não se sentia parte do time”, que era liderado por Felipe “Yang” e Gabriel “Revolta”. O agora topo tinha propostas de times da América do Sul, mas optou por ficar no Brasil por conta do sonho de vencer o CBLoL. Takeshi já foi três vezes vice-campeão da competição.
