Emissões de gás carbônico da China diminuem e podem gerar empregos para 13 milhões de pessoas

China está reduzindo o uso de carvão e apostando em energia renovável, que é claramente a maior fonte de empregos permanentes de alta remuneração nos próximos anos

Luana Meireles
Jornalismo de Dados — UniRitter
4 min readJun 17, 2017

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Por: Luana Meireles

Fonte: Agência Brasil

Nas ruas as buzinas apitam insistentemente chamando atenção de quem passa, entra-se no metro e o silêncio pode ser perturbador, avista crianças brincando na rua sem preocupação, avenidas gigantescas com empresas altamente importantes, ruas limpas, não pela boa educação da população, mas para a quantidade de profissionais dedicados a limpeza urbana. Essa é a China mostrando os espantos que aguçam a curiosidade de um estrangeiro, seja ela representada em contrastes urbanos, economia, cultura ou meio social.

China considerada um dos países líderes do comércio mundial, destacada pelo seu crescimento acelerado na produção manufatureira e comércio exterior. Revoluciona sua economia graças aos seus investimentos expressivos em educação, que melhoraram a qualificação dos profissionais do país e estimularam o desenvolvimento desta nação.

Mas há um elemento que atormenta e influência na vida não só dos chineses que é representada por mais de um bilhão de pessoas, mas como preocupação para ONU e para o mundo todo. O ar que é importante para nossa vida e dos seres vivos, ele em contato com outras substâncias com mistura de gases, resulta no dióxido de carbono (CO2) é um gás liquefeito, incolor e levemente ácido. Este gás é liberado na respiração e expiração dos seres humanos, queima de combustíveis fósseis, sendo prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa, resultando no aquecimento global.

A China é atualmente o maior emissor mundial de CO2, responsável por quase um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa, vilões do aquecimento global. Em média de CO2 (kt) 2.639.401 emissões no mundo. Como mostra na imagem abaixo.

Comparando o índice do Brasil com a China os números mostram uma diferença brusca referente a média de CO2 (kt). A emissão no mundo dos brasileiros é de 208.401. Destacando de vez a China como um dos países que mais contribuem para o aquecimento global. Segundo dados da Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, a China havia superado os EUA em emissão de CO2 no ano de 2006, por 7,5 %, com CO2 Per Capita de 3,981284, isso devido ao fato de que muitos países desenvolvidos mandam várias indústrias manufatureiras para China. O país faz uso de energia renovável, mas ainda utiliza de consumo de energia suja.

As emissões chinesas de dióxido de carbono cresceram em um ritmo inesperadamente rápido durante os anos 2000 e o crescimento estancou inesperadamente depois de 2010. A desaceleração recente é impulsionada principalmente por fatores econômicos, conduzindo a uma desaceleração da produção intensiva de energia e, portanto, do consumo de carvão. A eficiência energética melhorou, mas vem acontecendo a longo prazo, após um abrandamento na década de 2000. Fontes de energia não-fósseis e a preocupação com a despoluição do ar contribuíram para o recente abrandamento, mas é improvável que tenham desempenhado um papel dominante neste cenário. Embora pareça que a China possa ter atingido um patamar máximo no consumo de carvão e em emissões de dióxido de carbono, é necessário cautela significativa para prever o futuro da China.

Confira no link abaixo a expectativa de vida e emissão de gás carbônico da China, entre os anos de 1960 à 2011.

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Ao mesmo tempo, a China está reduzindo o uso de carvão e apostando fortemente em energia renovável, que é claramente a maior fonte de empregos permanentes de alta remuneração nos próximos anos. O Artigo de Joe Romm mostra que, de fato, Pequim planeja investir US$ 360 bilhões apenas em geração renovável até 2020. A agência de energia chinesa diz que o “emprego resultante será de mais de 13 milhões de pessoas”.

Sem dúvida, a China está fazendo um esforço concentrado e planejado para liderar a mudança da matriz energética de forma que atenda aos novos acordos climáticos, mas também que garanta muito dinheiro e influência para o país. O avanço tecnológico e o crescimento das energias renováveis de fato devem contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas o monopólio tecnológico e comercial chinês pode ser uma nova fonte de conflito mundial e pode ser mais um motivo para a permanência da pobreza e a desigualdade global.

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