Empreendedorismo Feminino e o crescimento feminino no mercado de trabalho

Por Ellen Ribeiro, Fhabiana Credideu e Marysol Cooper

Mulheres já representam 53% das iniciativas para abertura de empresas

Com o advento da atual força de movimentos liderados por mulheres, sua atuação em cargos que eram ocupados somente por homens, cresceu. Empregos que somente homens atuavam agora tem espaço para mulheres. Segundo pesquisas do Serasa Experian, empresa brasileira de análises e informações, mostram que o número de mulheres empreendedoras no Brasil é cada vez maior e que elas já representam 53% das iniciativas para abertura de empresas no país. E, de acordo com o Sebrae, estudos revelam que 60% das mulheres apresentam vontade de subir de cargo após entrarem em uma empresa.

Como alternativa, as mulheres vêm usando sua capacidade e disposição como complemento ou até mesmo como principal fonte de renda familiar. Cerca de 85,1% das empregadoras possuem CNPJ e a porcentagem formalizada das que trabalham por conta própria é de apenas 19,8%. A estimativa é que o faturamento de 75% das mulheres empreendedoras chegue a R$ 24 mil por ano, sendo 40% delas tendo menos de 34 anos. Para o mercado de trabalho é muito importante a presença feminina, pois, com novas ideias a mulher consegue trazer para a empresa novas possibilidades, soluções e oportunidades a serem exploradas.

Mesmo com o lucro, ainda há dificuldades para a mulher conseguir uma colocação em uma empresa ou até mesmo ganhar o seu espaço no mercado. Embora o número de mulheres com curso superior completo seja 20% maior em comparação aos homens, menos de 5% dos cargos executivos em diretorias de empresas e presidências são ocupados por mulheres. Além disso, menos de 10% das empresas lideradas por mulheres recebem investimentos externos. Estimativas demonstram que, se essas mesmas organizações recebessem alguma ajuda financeira igual às dos negócios dirigidos por homens, 6 milhões de empregos seriam gerados em apenas 5 anos.

Uma das dificuldades para as mulheres se manterem ou se motivarem a subir de cargo é o desencorajamento no ambiente de trabalho. 80% dos empreendedores reconhecem que ainda há muito a ser feito para que as mulheres sintam-se atraídas por cargos de liderança, mas apenas 13% acreditam que essas mudanças sairão do papel. Esse desencorajamento é o maior empecilho para abrir uma empresa, refletindo em uma taxa de 43% de mulheres que deixam de começar seu próprio negócio. Assim, a queda da proporção da oportunidade no grupo das mulheres, passou de 71% em 2014, para 56% em 2015.

Oportunidade/necessidade:

O principal desafio para a mulher é a educação desigual. Em outras partes do mundo, aproximadamente 60 milhões de mulheres são privadas de estudar e em uma pesquisa feita na Austrália, 57% dos homens entrevistados declararam acreditar que tinham as habilidades e conhecimento para abrir um negócio, em contrapartida, apenas 30% das mulheres têm esta mesma opinião. Mesmo as mulheres sendo a maioria com curso superior completo, e mesmo havendo essa pequena mudança no cenário empreendedor, ainda não há tanto espaço para as mulheres no mercado de trabalho em comparação ao cenário masculino.

Fontes Consultadas

Banco de Dados do Sebrae:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/os-desafios-da-mulher-empreendedora,e74ab85844cb5510VgnVCM1000004c00210aRCRD

Banco de Dados do Portal Brasil:
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/03/empreendedorismo-feminino-cresce-34-em-14-anos

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