Quem entende o que acontece nas estradas? Dificuldades de cobrir e opinar sobre o Paraço Rodoviário

Caminhoneiros e donos de transportadoras não reivindicam apenas diesel e pedágios mais baratos.

Jornalismo em Pé
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16 min readMay 27, 2018

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*O Brasil pára em todos os estados enquanto faixas, com pedidos de intervenção militar, tornam-se comuns nas rodovias do país.

* Jornalismo brasileiro demonstra muitas de suas deficiências, colaborando para que ninguém consiga entender bem o que está acontecendo nas rodovias.

É fenômeno extremamente descentralizado, sem nenhuma liderança destacada, sem relação com centrais sindicais ou partido políticos. Piquetes que ocorrem longe do centro das grandes cidades. Um fenômeno que faz rarear o combustível de todos. É impossível lembrar um caso deste porte com tanta dificuldade para se analisar ou se reportar. Uns chamaram de greve, movimento legítimo de trabalhadores numa conjuntura de perda de direitos. Outros chamaram de lock out das transportadoras, mecanismo, também de paralisação, mas do patronato, para pressionar governos — algo ilegal no Brasil.

Não, não é um movimento das transportadoras! Não é! Não é! Não é! Nisso aqui tá todos envolvidos, tanto empregado de transportadoras, quanto os autônomos. Mas também não só por nós também, mas toda as profissão, todas as classe. Professor, professora, isso atinge a todos. (Rogério Serafim da Silva, paranaense, 43 anos de idade, 15 de caminhão.)

A Globo, que começou reverberando positivamente a paralisação, mudou de tom logo após um suposto acordo de caminhoneiros com o governo. Com o agravamento dos transtornos, a emissora passou a criticar as manifestações. Em sua cobertura, raríssimas entrevistas com caminhoneiros. Nenhuma reportagem aprofundada sobre as entranhas do movimento. Nada além de imagens de helicópteros (abastecidos) e links de repórteres afastados dos trabalhadores. Resultado: recados contra a Globo pichados no asfalto e repórteres enxotados por caminhoneiros em muitos piquetes. Certeza: é impossível se informar deste fenômeno (e de tantos outros) através da Globo.

A mídia alternativa de esquerda — que, em muitos assuntos, consegue equilibrar a narrativa da imprensa tradicional — também teve dificuldade para cobrir as manifestações. É missão cara, longe dos centros das capitais. Isso sem contar o constrangimento de circular entre grupos de caminhoneiros extremamente reacionários, que não se constrangem em erguer faixas pedindo a intervenção militar ou vestir camisas com a foto de Bolsonaro.

“Tá cada vez piorando mais, começando pelo combustível. Eu moro no Paraná. Eu vinha para o Rio e gastava R$1.600 a R$1.800. Agora eu gasto R$2.800. Isso não dá um ano de diferença. É um absurdo o que subiu o diesel! Era R$2,59! Em menos de um ano, subiu para R$3,80!”. (Antônio Marques da Silva, paranaense, 42 anos de idade, 20 anos de caminhão).

Notícias do meio da rodovia ou da porta das distribuidoras bloqueadas se espalharam principalmente pelas redes sociais, em grupos de caminhoneiros pelo Whatsapp e Facebook, e ainda através de grupos virtuais dos grupos de direita, sejam aqueles que levam Jair Bolsonaro à disputa do segundo turno nas pesquisas, sejam aqueles que não querem eleição e pedem intervenção militar para “acabar com essa roubalheira”. É a extrema-direita a única que se sente à vontade entre os caminheiros.

Quem entende o que acontece nas estradas

O Brasil vive uma semana histórica. Não há uma gota de álcool e gasolina nos postos do Rio de Janeiro. Pouquíssimo em São Paulo, nada em Porto Alegre. A circulação de ônibus urbanos está dramaticamente afetada em todo o país. Cidades na região norte ficaram às escuras pela falta do diesel nas termelétricas. Dezenas de aeroportos estão fechados sem querosene de aviação. No campo, animais morrem por falta de comida. Há receio de (ainda mais) falta de insumos nos hospitais. Escolas e universidades não devem abrir por falta de refeições e merendas. Pouquíssimas vezes o Brasil viu uma categoria se organizar e trazer tanto impacto para a vida do país. O governo Temer anunciou acordo com líderes do movimento, prometeu abaixar os preços por alguns dias, instalou a Lei da Garantia da Ordem para ameaçar utilizar as Forças Armadas para debelar os piquetes. Fracassou fragorosamente: caminhoneiros em todo o Brasil não reconheceram o acordo e neste domingo completam 7 dias de paralisação. As Forças Armadas também não agiram e parecem acompanhar com especial interesse o desenrolar dos fatos.

“Hoje a gente está praticamente conseguindo derrubar esses governantes que estão lá. Nós vamos conseguir, e eles vão sair porque ninguém veio aqui. Ninguém veio aqui brigar por nós”. (Marcos da Silva dos Santos, carioca, 22 anos de idade)

Os elementos da trama são inúmeros, entrelaçados — muitos de difícil entendimento, todos extremamente relevantes. No centro da perda de salários de caminhoneiros e da perda do lucro das transportadoras, está a política de preços de combustíveis que elevou vertiginosamente os custos do setor. Mas a categoria tem muitas outras demandas. Critica a criação de um aplicativo que está barateando o transporte de cargas. Reclama dos preços das multas da Polícia Rodoviária e de sacanagens na fiscalização. Gritam alto contra a falta de condições de levar comida para casa, dificuldade em pagar aluguel.

Para além de tudo isso, há muito mais no contexto: a corrupção na Petrobras e na política brasileira e a falta de legitimidade do governo Temer.

“As pessoas reclamam que o bolso tá pesando, mas não somos nós que estamos pensando o bolso do contribuinte. É o presidente que tá fazendo os impostos. Nós caminhoneiros tínhamos que pagar só o IPVA e uma taxa da ANTT. Agora são várias taxas que temos que pagar, tem exame, vários acessórios que temos que colocar porque nós temos que transitar nas rodovias. Isso está automaticamente sobrecarregando nós. Ninguém dá nada de graça para nós. Temos que pagar tudo. Sobrecarrega e estamos sem o que levar para nossa casa. É complicado” (Antônio Marques da Silva, paranaense, 42 anos de idade, 20 anos de caminhão).

No sábado, 26 de maio, a reportagem foi até um dos piquetes da Via Dutra, na altura de Seropédica, aos pés da Serra das Araras, a 70 quilômetros do centro do Rio. Na falta de gasolina para o carro, a viagem foi feita de trem até Queimados e de mototáxi (que estocou combustível) até o primeiro ponto de barreira para os caminhoneiros que deixassem o Rio em direção a São Paulo.

Nas duas pontas do trecho, grupos de caminhoneiros ficavam a postos para parar os caminhões que se arriscavam: apenas dois em quatro horas. Um deles escoltado pela Polícia Rodoviária Federal. Dentro da manifestação, muitos conversavam com cerveja na mão. Outros recebiam alimentos de apoiadores do movimento, que passavam buzinando, com carros repletos de bandeiras do Brasil e motivos verde-amarelos. Alguns estudavam para concursos. Outros assistiam à final da Liga dos Campeões. Muitos iam e vindo, com toalhas na mão, em direção ao posto que servia de base para a multidão de caminhoneiros. Carros da Polícia Rodoviária Federal faziam ronda constante. Três equipes pararam para conversar, procurando por “líderes do movimento”. Os caminhoneiros desconversaram. Muitos relatavam saudade de casa, preocupação com os filhos em outras cidades. Eram caminhoneirom de todos os cantos do Brasil, com sotaques misturados, mas empolgados com a luta — nem eles sabiam que o movimento poderia ir tão longe.

Hoje a gente não tá com condições, falo por mim, de colocar alimentação dentro de casa. Quem paga, aluguel, luz, quem tem filho, quem tem um montão de filho, o dinheiro não tá dando para nada. Pera aí! Por que a aposentadoria para eles pode ser 8 anos? E para nós tem que ser com 100 anos? Isso é um desrespeito muito grande! Por que o salário deles é quanto eles querem? E nosso salário é R$1.000 ainda, o salário mínimo! Isso é uma vergonha, pai! (Vanderlei Gomes de Brito, Minas Gerais, 56 anos de idade, 20 no caminhão)

Nas cidades, está muito difícil acompanhar e entender o movimento. Muitos dizem que a greve não é dos trabalhadores, mas seria uma reivindicação dos empresários das transpor…

(Interrompendo) Não, não é assim. Não é. Não é. Isso aí tá todos envolvidos. Tanto empregado de transportadoras, quanto os autônomos. Mas também não só por nós também, mas toda as profissão, todas as classe. Professor, professora, isso atinge a todos, diz Rogério Serafim da Silva, 43 anos de idade, 15 de profissão.

Rogério Serafim da Silva

Não é só pelo preço do óleo diesel que vocês estão reclamando. É por que mais?

(Rogério) É mais pela classe mesmo. Aconteceu essa manifestação e agora os políticos ficam dizendo que Petrobras vai faltar não sei quantos milhões para eles. Mas todo o dinheiro que os político roubaram de lá? Então essa culpa não é nossa. Para o transporte, o óleo diesel tem que ter uma tabela fixa. Eu sou empregado, trabalho em transportadora. Eu, como empregado, tô vendo que não tá tendo condições. Com esse momento de pedágio. Moro no Paraná. De lá aqui, são 16 pedágios. O caminhão que eu trabalho dá R$940 real. Só para vir aqui. Para voltar, mais R$940. Isso é um absurdo isso!

O profissional da transportadora ele sofre menos que o autônomo porque não é o dinheiro dele que vai para bomba, né?

O patrão das transportadoras quer uma margem de lucro para ele. Ele vai tirar do empregado também. O salário vai diminuir. Então eu que tenho cinco filhos, tenho até neto. Tenho meu aluguel para pagar. Então fica difícil para mim também. Nesse caso, não estamos defendendo nem só o patrão, nem só a gente. Estamos defendendo a população inteira.

Claro, o preço de tudo tem a ver com o preço do transporte, né?

(passa uma D20, repleta de bandeiras do Brasil, buzinando para os caminhoneiros parados). E os políticos querem ver só o lado deles. E como é a tua história com a estrada?

Como é teu dia a dia de trabalho?

Meu dia a dia é assim: eu trabalho contratado, certo. Mas se eu trabalhar eu não ganho. Eu trabalho por comissão também. Então, tem uma relação que é de produção aí. Sou caminhoneiro há 15 anos.

O que são os maiores problemas da categoria? Ou, pelo menos, aqueles que o governo poderia melhorar. É preço? Buraco? Falta de segurança?

Tem que ter uma tabela melhor para os caminhoneiros, para nossa profissão. Porque muita gente acha que a gente ganha bem. Mas não é assim. A gente tem uma despesa com a família em casa e tem outra despesa com a gente na estrada. O caminhoneiro não ganha tanto, porque é duas despesas. Eles poderiam ajudar a gente sim. Esse pedágio tinha que ser mais tabelado, mais fixo, em todos os estados. É muito variado de um Estado por outro.

Quando passa um caminhão aqui, como é o procedimento de vocês?

(Marcos da Silva) São três barricadas. A gente pede para diminuir e vai olhando e pede o cara para parar. O motorista para e a gente pergunta o que ele está transportando. Aí ele fala: tô transportando remédio. Assim que ele mostra, a gente libera. A gente não quer atrapalhar hospital, então, tão tudo liberado. Nós queremos que alguém nos ouça. Eu tenho meu caminhão e parei para ajudar a nossa categoria. Isso aqui é uma família. Ninguém me obrigou a parar aqui, ninguém me fez parar aqui. Nós estamos sufocados e chorando lágrimas de sangre e queremos que alguém venha nos ouvir. E até hoje não veio um presidente, não veio o vice-presidente, não veio deputado. Têm alguns policiais que querem usar a força para tirar e têm outros que falam que nós estamos no direito.

Há algo além da categoria? Uma luta pela política nacional? De mudar os governantes? Tirar o grupo que tá no poder? Tem algum que tá no poder?

(Antônio Marques da Silva) Nós não estamos aqui pela política. Nós estamos aqui pelo povo. Melhoria! Aumentou o diesel, vem o ICMS, vem os impostos, o frete aumenta junto, aumenta o produto para o consumidor. Vai custear caro lá na prateleira. Tudo tá acarretando do diesel, do ICMS… As transportadoras, hoje em dia, pegam um frete de R$5 mil, passam R$2 mil para nós, R$3 mil eles embolsam. Têm os encargos dele, tudo bem, mas eles tiram demais de nós. Nós temos o diesel, o pedágio, tem a manutenção do caminhão, tem o pneu. Nós temos pagando tudo isso aí, tamo pagando para trabalhar. Eles tão ganhando o deles limpo. Eles ganham até 50%, o empresário das transportadoras. Sem contar que às vezes é um cara que vai lá e monta uma transportadora. Ele só abriu uma portinha e só usou o nome de transportadora. Ele não vai lá ver o produto. Ele se manifesta pela internet, no FretBras. Ele não tá lá para dizer essa carga é boa, esse frete é ruim. Ele quer saber de tirar e botar em nossas custas. Aí entrou esse FretBras aí e, na minha opinião, veio para estragar. A gente carregava um frete de R$5 mil, por exemplo, lá no FretBras tá R$3 mil.

O que é o FretBras?

(Antônio Marques da Silva) É um aplicativo. E é grátis para todo mundo.

(Douglas Pereira) Não é uma tabela, como a categoria gostaria de ter porque hoje em dia tem um tal de retorno, que a gente não sabe quem inventou que vai fazer um frete de ida e o frete de volta é outro preço. Não é só uma reivindicação. São várias. Não é só a briga do caminhoneiro, porque o caminhoneiro também é população. Também é cidadão. Tem um todo envolvido. O governo de hoje, o que ele faz? Ele baixa o diesel mas mete os impostos em outras coisas.

(Marcos da Silva) A gente não tá conseguindo dar manutenção (no caminhão) e aí sobrecarrega. Hoje aplicaram pátios e quando a Polícia Rodoviária te para, te pede um documento e você tá com documento certo: ele vai numa faixa refletiva, vai na faixa do baú, vai na lanterna. Ele dá um jeito de te pegar e te levar para o depósito. Quando leva você para o depósito, você tem que pagar R$600 pouco de reboque, mais R$400 e pouco de diária. Se você não conseguir pagar no dia, vai para o segundo dia, para o terceiro dia. E quando você consegue, você precisa pagar outro reboque para tirar teu carro. Então isso tá sobrecarregando todos nós.

(Antônio Marques da Silva) E o reboque só vai te acompanhar. Não é guinchado, não é erguido. Ele tá te cobrando para ir junto de você. Ele não tem acesso ao caminhão.

(Douglas Pereira)Sem falar a cobrança de pedágio! Quantas vezes aumentou o pedágio? Do Rio até o São Paulo, tem vários valores. E é uma rodovia só! Por que tem tanto valor diferente? Queremos uma padronização. Tem lugar que é R$14,40 e tem lugar que é R$7,80, por eixo. Tá R$2.000 para ir de Rio e São Paulo

O tabelamento fixo se resolveria?

(Douglas Pereira) Ajuda, mas não resolve. Tem que baixar! Não tem condição. Eu gastava R$800 para fazer Rio-São Paulo. Hoje eu gasto R$1.400 para ir e R$1.400 para ir e voltar

(Vanderlei Gomes de Brito) O que nós e familiares queremos é uma vida digna. Que nossos filhos possam dizer assim: meu pai, graças a Deus, tem o que comer, porque meu pai, com um trabalho digno, o frete do meu pai, graças a Deus, tá dando para sustentar a gente. Isso não é só para mim, é para todos! Isso tudo (manifestações) já poderia ter acabado. Nem precisaria ter acontecido. Sabe por quê? Basta! Quantos milhões de pais tão sofrendo sem necessidade? Bastava simplesmente quem tá lá no poder ter condições de dar uma voz! Mas não uma voz absurda! Botar o exército nas ruas para tentar tirar os caminhoneiro? Não, filho! A gente tem que obedecer (o governo) como nós obedecemos nossos pais. Filho, não faça isso! Você não tem que obedecer uma ordem absurda! Uma ordem absurda não se cumpra.

É uma situação que vem piorando mais recentemente? É algo de agora? Ou de 4 ou 5 anos? Tem algum momento que marca essa piora?

(Antônio Marques da Silva) Tá cada vez piorando mais, começando pelo combustível. Eu moro no Paraná. Eu vinha para o Rio e gastava R$1.600 a R$1.800. Agora eu gasto R$2.800. Isso não dá um ano de diferente. É um absurdo o que subiu o diesel! Era R$2,59! Em menos de um ano, subiu para R$3,80.

(Vanderlei Gomes de Brito) De 30 anos para cá (período da redemocratização), as coisas só piorou. E só vai piorar se a gente afrouxar. A gente tem que permanecer unido, aconteça o que acontecer. Há 30 anos atrás o caminhão dava dinheiro. Os pais tinham condição de manter os filhos até numa faculdade. Hoje a gente não tá com condições, falo por mim, de colocar alimentação dentro de casa. Quem paga, aluguel, luz, quem tem filho, quem tem um montão de filho, o dinheiro não tá dando para nada. Pera aí! Por que a aposentadoria para eles pode ser 8 anos? E para nós tem que ser com 100 anos? Isso é um desrespeito muito grande! Por que o salário deles é quanto eles querem? E nosso salário é R$1.000 ainda, o salário mínimo! Isso é uma vergonha, pai!

Quanto tá dando para tirar, mais ou menos, com o caminhão por mês?

(Todos juntos) Nem R$3 mil, sobra menos que R$3 mil.

(Marcos da Silva dos Santos) Eu sou da cidade, autônomo. Eu trabalho na caçamba: areia, pedra e tal. Tá pior ainda. Não tá sobrando NADA. A gente pega algumas cargas e ainda fica devendo. Eu comprava um pneu R$1.500. Mas sem dinheiro o que a gente tem feito? Comprado um pneu bombinha (recauchutado) de R$200.

Vocês têm me falado de muitos assuntos da categoria. Mas eu chego aqui e há várias manifestações que vão além da categoria, como por exemplo o pedido de intervenção militar. Claro que todos têm sua opinião, mas dá para dizer que muitos caminhoneiros querem uma intervenção militar? Esse é um desejo talvez do que a gente pode chamar de categoria?

(Todos) Ah, 100%! 100% 100%

(Vanderlei Gomes de Brito)100% porque na época do Figueiredo, era ditadura, mas em compensação, a gente vivia bem. Tinha um salário melhor.

(Douglas Pereira) Sabe o que acontece? Ninguém acredita mais neste governo! Tiraram a Dilma, colocaram o Temer. Para a gente, um jogo político. Enquanto não mudar a cultura do brasileiro e a política, não vai funcionar. A gente não tá reinvindicando baixar um óleo, baixar isso ou baixar aquilo. É dignidade! É impossível! O governo vende caro para nós e vende barato pros EUA, Inglaterra, qualquer lugar mais bonito aí. Olha o exemplo do suco de laranja aí! O brasileiro não toma mais suco de laranja, tá caro. O americano toma de 5 litros, nossa potência nacional, o NOSSO suco de laranja. A gente quer os militares somente por isso, porque não tem alternativa nenhuma em nossa política. Tem que ter uma Reforma Política, uma Reforma Tributária! Tem que reformar o país inteiro. Com esses políticos não dá, não tem jeito!

(Marcos da Silva) A tendência de antigamente era que quando você olhava o seu pai ou seu filho, você tinha o respeito. Praticamente 20% ainda se tem. Um bom dia, um boa tarde, uma bença-pai. Hoje você olha e como o caminhoneiro é visto pelos governantes? O seu voto! Certo? Me diz: qual foi a bandeira que o alguém do governo levantou para nós caminhoneiro? Nenhuma! Então vamo lá: hoje o que nós temos para a escola… o kit? O kit gay! Hoje você tem uma bandeira que hoje você permite que seu filho tire o órgão e vire uma? Mulher! E trocar o nome! E te dá o apoio de você ir lá e não pagar nada. E o casamento entre homem? Tudo as coisa errada você tem um incentivo! Mas baixar o IPVA pro caminhoneiro não! Aí meu filho dentro de casa e meu filho te pergunta: “pai onde tá meu colégio que você não consegue pagar mais?”.

(Vanderlei Gomes de Brito) A moeda é nossa! Por que nós temos que ficar devendo para o povo lá fora? E a corrupção da Bolsa Família! Não chega! No Maranhão ou em Santa Catarina, você vê pessoas vendendo abacate na estrada para sobreviver, porque o Bolsa Família não chega nele e fica na corrupção. E onde foi esse dinheiro?

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