Dados sobre o poder de compra do real

https://www.udop.com.br/noticia/2022/05/04/em-5-anos-real-perdeu-quase-30-de-seu-poder-de-compra.html

Nos últimos cinco anos, a inflação oficial do Brasil cresceu de forma cada vez mais intensa. Em 2018, o IPCA (Índice de preços no consumidor) registrado no país foi de 3,75% — taxa que saltou para 10,06% em 2021.

Com tanta inflação, de março de 2018 a março de 2022 o real perdeu 31,32% de seu valor e poder de compra. Em outras palavras, R$63,79 reais naquele ano equivalem a R$50,00 em 2022.

Essas porcentagens se refletem todos os dias na vida dos brasileiros, que encontram preços mais altos para os mesmos produtos e serviços. E a inflação afeta os orçamentos das famílias de maneira diferente de acordo com a faixa de renda.

Para as mais pobres, o aumento dos preços dos alimentos e do gás de cozinha consome boa parte da renda no início deste ano. Em pelo menos 11 capitais, apenas os itens da cesta básica já equivaliam a mais de 50% do salário mínimo em setembro. Em São Paulo e Rio de Janeiro, estados com os maiores preços, essa fatia sobe para 65%. Já as famílias de renda alta sentiram muito os reajustes dos preços de transporte, puxados pelo aumento da gasolina.

Salário mínimo nominal e o custo da Cesta básica de alimentos (PNCBA)

A relação entre o salário mínimo nominal e o necessário para a sobrevivência das famílias brasileiras ilustra a decadência gradual da nossa moeda e a dificuldade encontrada pela maior parte da população. Em pesquisa realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais, implantada a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV). O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país.

Fonte: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html#1994

Índice de Custo de Vida

O custo de vida no Brasil, para uma família de quatro pessoas, é em média de R$9.023,57, calculo excluindo gastos com aluguel. A plataforma Numbeo disponibiliza dados online para consulta gratuita ao publico através de levantamentos de seus contribuintes com os gastos nominais em cartão de crédito. Nela é possível ver, por exemplo, que o brasileiro gasta um terço de seu salário em mercados/mercearias.

Fonte: https://www.numbeo.com/cost-of-living/country_result.jsp?country=Brazil

IPCA — Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Índice de preços no consumidor é usado para observar tendências de inflação. É calculado com base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços num país, comparando com períodos anteriores. O indicador tem como objetivo abranger 90% das pessoas que vivem nas áreas urbanas no país — e é justamente por isso que é chamado de “amplo”. O resultado da conta indica se, na média, os preços aumentaram, diminuíram ou permaneceram estáveis de um mês para o mês seguinte. O índice por exemplo, aponta crescimento no setor de alimentos e bebidas em agosto, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Fonte: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/snipc/ipca/quadros/brasil/agosto-2022

Preço dos derivados do petróleo

De dezembro de 2020 a dezembro de 2021 , o preço médio da gasolina na bomba, no Brasil, aumentou 49%, saindo de R$ 4,48 para R$ 6,67 por litro, e o do diesel aumentou 48%, passando de R$ 3,61 para R$ 5,35 por litro. O impacto do crescimento desses preços na economia é significativo, tendo em vista, inclusive, que a estrutura logística brasileira é fundamentalmente baseada no transporte rodoviário, e que, diante disto, qualquer aumento no preço do combustível exerce pressão no custo do transporte, onerando, consequentemente, os produtos em geral.

Já o preço médio do GLP cresceu 37% no ano, saindo de R$ 74,74 para R$ 102,32. Por ser um item de fundamental importância, alterações deste patamar refletem diretamente na renda de parte significativa da população brasileira. Em dezembro, o botijão de gás consumia 9% do salário mínimo nacional vigente (R$ 1.100), forçando famílias a optarem por cozinhar com lenha ou até mesmo com álcool.

Fonte: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/levantamento-de-precos-de-combustiveis-ultimas-semanas-pesquisadas

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