Sustentabilidade na moda
Um dos desafios da indústria têxtil é avançar em direção à sustentabilidade e os impactos prejudiciais do fast fashion, para que seja transformado em algo a favor do meio ambiente e dos trabalhadores.
De acordo com dados, no Brasil, quase 9 bilhões de peças são confeccionadas por ano. Em São Paulo, na região do Brás, é descartado, por dia, uma quantidade equivalente a aproximadamente 16 caminhões de lixo têxtil. Estima-se que as perdas nas várias fases da etapa de fabricação de camisetas estão na ordem de 50% para o algodão, 31% para a poliamida e 29% para o poliéster. Em todos os casos, a etapa com maior perda é a confecção, responsável por 25%.
A pesquisa também mostra que 56,8% das pessoas estariam dispostas a reciclar suas peças de roupas se soubessem que elas, de fato, estão sendo recicladas enquanto 26,3% se sentiram motivadas por terem um ponto de coleta por perto. Ao mesmo tempo, 49.9% das pessoas nunca ouviram falar sobre reciclagem de roupas no Brasil.
https://pesquisas.modefica.com.br/fios-da-moda/download
Conforme dados da ONU Meio Ambiente, a indústria da moda é o segundo setor que mais consome água, produzindo 20% das águas residuais e liberando 500 mil toneladas anual de microfibras sintéticas nos oceanos e 10% das emissões de gases estufa. Além disso, o setor é o segundo mais poluente do mundo.
Além do aumento dos gases de efeito estufa, a indústria da moda tem um sério impacto sobre os recursos hídricos. De acordo com dados da UNCTAD, em um ano a indústria utiliza 93 bilhões de metros cúbicos de água e descarta meio milhão de toneladas de microfibras no mar.
A indústria da moda está avaliada em cerca de US$ 2,4 trilhões e emprega mais de 75 milhões de pessoas no mundo. Um dos dados levantados pela ONU Meio Ambiente, informa que se perde cerca de US$ 500 bilhões ao ano em descarte de roupas que vão para aterros e lixões.
https://unctad.org/webflyer/digital-economy-report-2019
A ONU formou a Aliança pela Moda Sustentável na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 2019, que ocorreu em Nairóbi, Quênia.
A iniciativa foi criada junto com organizações parceiras, com objetivo de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).