Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres

Secundaristas realizam ato #foratemer em Curitiba

Protestos são contra MP que mexe no ensino médio

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4 min readOct 5, 2016

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Por Manoel Ramires, especial para os Jornalistas Livres, com fotos de Leandro Taques

Cerca de dois mil estudantes de 17 colégios públicos da capital paranaense fizeram um ato contra a reforma do ensino médio propostas por Medida Provisória do presidente não eleito Michel Temer (PMDB). O estado já tem pelo menos três escolas ocupadas, além de diversas manifestações pelo Paraná. Os jovens também protestam contra o governador Beto Richa (PSDB), que enviou projeto à Assembleia Legislativa promovendo calote no funcionalismo público um dia após as eleições municipais.

O ato realizado no centro de Curitiba reforça a onda de protestos contra a MP 476 que, entre outros, exclui disciplinas do ensino médio das áreas de humanas e educação física. A medida foi encaminhada a Câmara dos Deputados sem debate com a sociedade, professores e estudantes. Também é acusada de facilitar a privatização da educação pública. Além da manifestação, quatro escolas estão ocupadas. São eles o Colégio Juscelino Kubistchek e Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, e Colégio Silveira da Motta e Colégio Teobaldo Kletenberg, em Curitiba.

Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres

Manifestações também ocorrem pelo estado, como no caso do estudantes do IFPR de Paranaguá e do Colégio estadual Porto Seguro, que também foram às ruas hoje. Já em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana, cerca de mil estudantes protestaram contra a MP do Retrocesso Educacional. Para o coordenador de comunicação da APP Sindicato, Luis Fernando Rodrigues, entidade que organiza os trabalhadores do ensino médio, somente as ocupações podem parar a medida. “A única chance de conseguir barrar a medida é protestando e ocupando as escolas”, incentiva Luis Fernando.

Na tarde de quarta-feira uma coletiva de imprensa será realizada na sede do sindicato para explicar sobre a organização de atos pelo estado. No domingo, às 15 horas, está sendo convocada manifestação pelos secundaristas contra a MP. O tem concentração na Praça Santos Andrade.

Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres

Greve geral

Os secundaristas também se somam ao funcionalismo público do Paraná, que sofre com novo calote do governador Beto Richa (PMDB). O tucano mandou mensagem à Assembleia Legislativa em que congela o reajuste das categorias até que sejam pagas promoções e progressões.

Umas das emendas altera o texto do artigo 33 do PL 153/2016 da Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecendo que “não se aplica e não gera efeitos o disposto no artigo 3º da Lei 18.493/2015 enquanto não forem implantadas e pagas todas as promoções e progressões devidas aos servidores civis e militares e comprovada a disponibilidade orçamentária e financeira durante o exercício de 2017″.

O calote deve levar o funcionalismo a nova greve geral. O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) orienta aos sindicatos de base a convocar assembleias para discutir a Greve Geral. No dia 10, todos os sindicatos se reunirão em plenária ampliada em Curitiba para discutir as mobilizações. Às 14h, na passarela da Alep, uma coletiva de imprensa apresentará a posição final dos servidores. Na terça-feira, 11, nova manifestações nos corredores da Casa do Povo contra o calote.

Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres

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