Touchdown / Blockbuster
Sabemos que uma muito boa parte dos adeptos fervorosos que fazem do Super Bowl um super evento televisivo está mais atenta aos intervalos do que ao jogo propriamente dito. É um facto. Ok, talvez seja um facto. Ok, eu estou mais atenta aos intervalos. Um mal necessário, ao preço que está cada segundo dessas pausas.
Francamente, não estou nem aí para o desempenho dos Panthers, dos Broncos, dos Coldplay ou da Beyoncé. Blasfémias à parte, a verdadeira beleza do Super Bowl só pode estar nos spots dos touchdowns cinematográficos dos próximos meses. Este ano foram onze, corrijam-me se estiver errada, e acho que saímos todos a ganhar.
Eddie the Eagle
Eddie the Eagle é, face à restante companhia de amostras de filmes, ironia das ironias, um humilde competidor. Daí a sessão de engraxamento da malta da NFL.
Inspirado em eventos reais, o argumento constrói-se em torno da figura de Michael “Eddie” Edwards, um ski-jumper britânico que deu uma peculiar performance nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988. Porquê peculiar? Por duas razões: eu gosto do vocábulo peculiar e o resto para alguns será spoiler, para outros pode ser encontrado na Wikipédia.
Eddie é o menino bonito de Kingsman: The Secret Service e o treinador dele é o Wolver…o Hugh Jackman. Pensando bem, começo a achar que este filme só passou na Super Bowl a pedido do Ryan Reynolds. Futebol sem bola, piu-piu sem Frajola, Deadpool sem Wolverine, sou eu assim sem você.
De qualquer das maneiras, Eddie the Eagle está com bom aspeto e qualquer desculpa serve para uma citação à la Christopher Walken. Além disso, todos precisamos de razões decentes para aprovar o Taron Egerton (ou talvez seja só eu).
Deadpool
Ryan Reynolds entra a prometer festa já para sexta e já não era sem tempo. Já se perde a conta aos meses de espera por este aqui, elevados à sétima potência por uma equipa de marketing que tem andado a jurar aquilo que estamos todos certos que se possa cumprir, enquanto trememos como varas verdes a fazer figas por um filme de jeito. É desta, tem que ser desta, certo?
Deadpool não perde um segundo com desculpas. É impróprio de tão espetacularmente despudorado que aparenta ser. O hype é real e já não falta quase nada para o pessoal acabar com a indecente tensão que se acumula há meses.
Captain America: Civil War
Civil War já é causa de conflito só no seio deste blog, quanto mais não seria para um audiência de milhões. Não fosse a Marvel sacar logo de um par hashtags e a humanidade estaria a dar as últimas. É meio minuto que não sabe assim a grande coisa, mas isso é porque ainda não lemos as análises pormenorizadas do mais prestáveis geeks da web. (O restante artigo é apenas para #TeamCap, os leitores dignos das minhas palavras.) (Who am I kidding, não estamos em posição de perder visualizações, até podem partilhar isto com a vossa prima que só vê filmes da Marvel porque o Chris Evans é jeitoso ou com um dos vossos seletos colegas de turma que não vê filmes da Marvel porque lê os comics e julga tudo isto um atentado ao seu purismo desmedido; também aceitamos fãs exclusivos da DC Comics).
Spider-Man, nem vê-lo.
X-Men: Apocalypse
A companhia de super-heróis não ficaria completa sem os mutantes de serviço da 20th Century Fox. Apocalypse chega com um Magneto absurdamente fotogénico e uma Mystique que continua a passar demasiado tempo na pele de Jennifer Lawrence. Já percebemos, vocês contrataram a Jennifer Lawrence, parabéns, podemos cobri-la de tinta azul, por favor?
Se Apocalypse se poupar em telenovelas à volta da Katniss Everdeen, tem tudo para resultar. O entusiasmo está em níveis históricos (o meu está, OK?). O Bryan Singer pode mandar vir a Sansa, a Olivia Munn, etc, ect. Estou por tudo.
The Jungle Book
The Jungle Book é um festival de vozes que todos conhecemos. Com um Bagheera de aparência questionável e um encanto indiscutível. É esperar para ver e levar o irmão mais novo, o primo que anda na primária e o sobrinho bebé que provavelmente vai chorar por 70% do filme.
Acho que esperei toda a minha vida por um Walken orangotango.
TMNT: Out of the Shadows
As tartarugas estão de volta, porque o último até rendeu uns trocos. É isso. Ah, Megan Fox numa mini-saia.
The Secret Life of Pets
A vida não era a mesma coisa sem uma pontinha de animação. The Secret Life of Pets promete revelar o que é que os nossos animais de estimação fazem na nossa ausência, tem assinatura dos tipos que deram à luz os minions e o meu total apoio. Parece ser uma ideia brilhante e dar um filme ainda melhor.
Alice Through the Looking Glass
Tim Burton voltou para nos banhar no seu vómito criativo. O trio de sempre, a palete a que ainda não nos habituamos realmente e possivelmente as mesma intenções em ficar aquém do esperado. Um filme que carrega um peso tremendo. Não pela meia tonelada de maquilhagem na cara do Johnny Depp. Mas por ser a ponta final da filmografia de Alan Rickman.
Independence Day: Ressurgence
Vamos admitir, aquele segundo de Jeff Goldblum chegou para me fazerem comprar um bilhete. Aliás, não, nem por isso, nem sequer sou fã do original. Mas, aquela abertura não podia ter sido melhor arquitetada, porque… futebol americano. Enfim, perdemos o Will Smith para o irmão do Thor. Upgrade ou não, só a estreia o pode ditar. Provavelmente é um não.
10 Cloverfield Lane
O JJ Abrams descobriu que a melhor maneira de lidar com a sua crise de meia idade é dar tanga ao espetador. Infeliz com a Millennium Falcon que recebeu no Natal, saiu de casa para ressuscitar Cloverfield. John Goodman, Elizabeth Winstead, uma besta com a garganta inflamada. Vale tudo em 2016.
Venham eles.
Jason Bourne
Não era a mesma coisa se não deixasse o melhor para o fim. Jason Bourne está de volta, depois de uns meses a encher que nem um maluco (já sabemos que o que não falta a Matt Damon é devoção, claramente estava preparado para a eventualidade de ter de passar o filme inteiro em tronco nu), e traz Alicia Vikander com ele. Are you not entertained?!
Matt Damon quer, Paul Greengrass sonha, um Bourne nasce.