Lean Branding: Como Pensar em Marcas no Universo das Startups

Allisson Souza
Jusbrasil Design
Published in
3 min readJan 20, 2020

Se você empreende, já teve um negócio ou trabalha em uma startup, com certeza ouviu falar sobre o conceito de Lean.

Lean é uma filosofia de gestão inspirada em práticas e resultados que começou com a Toyota na década de 40. De maneira resumida, essa metodologia foca em 3 conceitos principais:

  1. Entregar valor do ponto de vista do consumidor
  2. Eliminar desperdícios
  3. Melhoria contínua

Esse modelo de gestão passou a ser adotado em diversos tipos de empresas até que em 2011 surgiu o conceito de Lean Startup, cunhado pelo Eric Ries em seu livro. O objetivo era criar uma metodologia que fosse mais universal e que ajudasse empresas — pequenas ou grandes — a otimizarem seus processos e melhorarem seus produtos e serviços.

Ok, mas o que isso tem a ver com Branding?

Para muitas pessoas, Branding é um processo oneroso e que leva tempo, sendo possível apenas para organizações de grande porte. O Lean Branding surge para desmistificar essa questão e provar que é possível construir marcas de maneira ágil e consistente.

Em seu livro, que é dividido em 3 partes (Build, Measure e Learn), Laura Busche aborda o Branding de maneira objetiva e prática.

Build

A primeira parte do livro aborda alguns conceitos sobre o que é marca e traz os principais ingredientes para a criação de uma boa história: posicionamento, promessa, personas, personalidade, produto e preço.

“Behind every great brand is a promise that fulfills its customers aspirations. We are in the business of taking customers from A to B, where A is who they are today and B is who they want to be tomorrow.”

A partir dessa história é que começamos a pensar nos símbolos (logotipo, cores, tipografia, imagens, etc). São esses símbolos que irão tangibilizar a história de marca para o público que se deseja atingir.

Mas qual é a melhor estratégia para atingir esse público? Seria criar uma landing page ou fazer uma campanha nas redes sociais? Laura faz um apanhado das diversas maneiras que podemos comunicar uma marca de maneira efetiva, sempre com um olhar voltado à conversão.

Measure

Na segunda parte, o livro dá enfoque aos testes que podem ser feitos quando estamos trabalhando com marcas.

“Lean brands are the result of continually testing assumptions.”

Como saber se minha estratégia de comunicação está gerando conversões? Será que o público está entendendo a história da marca do jeito que ela foi pensada? E os símbolos? Será que eles estão enviando a mensagem correta à audiência?

Para cada uma dessas perguntas, existem formas de mensurar os resultados e, a partir daí, tomar as decisões certas. Laura consegue quebrar o mito da intangibilidade do Branding com exemplos e diversos frameworks, tornando essa tarefa mais fácil e possível de aplicar no dia a dia de qualquer empresa.

Brand Learning Log: ferramenta que permite acompanhar o processo de teste, mensuração e aprendizado de cada componente de uma marca.

Learn

Por fim, chegou a hora de analisar os dados e ver para qual direção a marca vai seguir. A terceira parte do livro aborda temas como reposicionamento e redesign de marca, se pautando em exemplos de grandes empresas que tiveram êxito em suas decisões como Disney e Amazon.

Posso afirmar que ler Lean Branding transformou a maneira como executo meu trabalho e trouxe diversos insights para o trabalho de Branding que realizamos no Jusbrasil. Sem dúvidas entrou para minha lista de livros de cabeceira 🙂

Se quiserem saber mais sobre livro ou acompanhar conteúdos sobre Branding é só acessar o http://www.leanbranding.com/

Bons estudos!

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