Alma de Aço — Preview

Thiago Rosa
Karyu Densetsu
Published in
3 min readSep 5, 2018

Segue um breve preview do conteúdo do suplemento Alma de Aço, por Jairo Borges Filho.

Modelo Apolo — GT

O favorito entre esportistas e entusiastas de altas performances, o Apolo é o chassis ideal para trabalhos de alto risco ou para aqueles usuários que desejam experiências extremas.

Desenvolvido pela Tesla, este é o modelo mais conhecido (tamanho foi o investimento em publicidade por parte da empresa). “Ter o Apolo é como adquirir um carro esporte” — um slogan bastante popular, que provavelmente deu início à cultura de biomecanização. De fato, sua estrutura concilia leveza e altas marcas de velocidade registradas em testes e competições populares, ao mesmo tempo que possui certa neutralidade em outros aspectos.

Com a aparência corporal pouco comum (de braços e pernas largos e torso bem desenvolvido, como um halterofilista), usuários do Apolo podem comprar modelos customizados já de fábrica — com modificações estéticas definidas antes de sua fabricação. É também um modelo estrutural de alta performance, sendo apropriado para trabalhos de ordem civil e física graças à alta margem de adaptação e customização externa, especialmente na instalação de ferramentas ou armas brancas.

Sobrecarga

Por mais que não possa parecer, a estrutura robótica disponível nos dias atuais ainda possui limitações em seu propósito de simular a natureza humana. Uma delas é o constante conflito entre fatos e programações pré-estabelecidas de um Ciborgue.

A esse fenômeno, chamaremos de Sobrecarga — o momento que há um choque entre a programação vigente num personagem Ciborgue, com informação externa e/ou oculta. Isso pode acontecer quando:

  • Uma Programação sofrer uma Guinada durante a história;
  • Um Marco de Reconhecimento for constatado como irreal ou inexistente.

Quando alguma destas condições acontecer, o Personagem Ciborgue entra no estado de Sobrecarga, onde uma pane generalizada compromete a ligação entre software (a consciência) e o hardware (a estrutura física). É como se o vínculo direto entre estas partes fosse rompido, provocando paralisia imediata nas funções do Ciborgue. Na sua mente, sequências intermináveis de flashbacks o desligam do que acontece no mundo real por alguns momentos (um número de turnos equivalente ao seu nível atual de Bateria), consumindo suas forças aos poucos — um ponto por turno em paralisia.

Resolver a Sobrecarga é possível, principalmente em um momento de paz; basta ao Ciborgue realizar uma Recarga (assim, atualizando automaticamente seus dados e permitindo a mudança de Programação imediatamente — e/ou anular os Marcos de Reconhecimento inexistentes — sem ganhar karma por isso).

Existe uma forma de superar a Sobrecarga, a partir de sua própria Determinação: o Ciborgue revê suas prioridades, como se confrontasse seus próprios princípios. Isso resulta em avarias diretas no software, redirecionando a perda de bateria no esforço para continuar consciente e em movimento. Isso se reflete no vulnerabilidade decorrente dessa condição: a perda dos bônus em seu Limiar de Bloqueio e Vigor.

Essa Determinação se aplica somente a momentos de risco; tão logo essa situação termine, o Personagem Ciborgue cai automaticamente desacordado, independente de quanto Vigor foi perdido na cena. Para despertá-lo, apenas uma Recarga completa da Bateria para resolver isso.

--

--

Thiago Rosa
Karyu Densetsu

Redator e game designer na Jambô Editora. Autor de Karyu Densetsu.