3 dicas para tornar a escrita sua aliada no processo de transformação pessoal

Edu Alves
kayua
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3 min readJun 15, 2019

Quando escrevemos nossos pensamentos, sensações e emoções, abrindo mão do controle das nossas palavras e nos entregamos a um fluxo, acessamos de forma natural nossas inspirações e criatividade.

Reconhecê-las faz parte do nosso movimento para entrar em contato conosco, com algo que mora no nosso subconsciente e que podemos utilizar para refletir sobre o nosso propósito na vida.

Nesse post, quero aprofundar esse olhar para o seu processo de transformação pessoal, trazendo dicas que o apoie nessa jornada.

1 — Abra mão da lógica

Quando pensamos em compreender uma narrativa, a primeira coisa que buscamos é organizar fatos. A falha aqui está no modo de acessá-los: para organizar, precisamos primeiro deixá-los vir. Para isso, não há coerência, apenas o que está dentro da gente, encorajada só pelo ato de abrir uma porta para que tudo que te forme, saia.

Neste momento, não há necessidade de sentido, apenas precisa ser acessado. Quando utilizamos a jornada Narrativa de Vida, aplicamos exercícios baseados em técnicas, como escrita criativa, captação de histórias oral, storytelling, design thinking e thetahealing que antecedem a escrita de fluxo para fomentar um lugar de escrita mais intimista e acolhedor.

2 — Veja o texto pelo texto

Sempre trabalhei com palavras em função das minhas formações, mas, mais velho, me dei conta que elas realmente ganharam um significado com o meu propósito de vida quando percebi minha paixão por histórias de vida.

Para mim, o papel da escrita é gerar sinergia entre pessoas e sua forma de se expressar, contar seu propósito. Se ver no seu discurso, entender que o que se faz pode ser o que se diz — e vice-versa — sem medo. Para isso, não é preciso ser escritor, não é mesmo?

Por isso, aqui é texto pelo texto. Trabalhamos para a escrita ser o meio para uma transformação pessoal e não uma forma de expressão como fim. Se você olhar assim, muitas amarras impostas pela vida em torno da escrita, caem. Não se avalie pelo domínio gramatical ou ortográfico. Olhe para o que quer conversar com o seu íntimo.

3 — Atente-se ao conteúdo, mas também à forma

A gente escreve como a gente vive e não se dá conta, muitas vezes. Percebo isso no meu próprio processo pessoal de transformação. Desse lugar, da minha experiência, surgiu um olhar que cruza a escrita com uma reflexão terapêutica.

Para que alcance esse lugar, é importante trabalhar a partir de estímulos que desencadeiam o contato com esse lugar onde se guarda emoções. Em minhas sessões e oficinas, trabalhamos impulsos criativos para acessar em cada um, um fato único, pessoal, uma voz própria.

É preciso olhar a forma e o conteúdo que se produz, se ver ali e acolher o que vier com afeto. Não é sobre escrever apenas sobre sentimentos. Mas é olhar como isso acontece, como você se acessa e como pode levar isso para sua vida.

Na escrita, temos a oportunidade de contar com a inspiração para criar novas realidades possíveis para lidar com traumas, sensações, dores, doenças e até atravessar um momento forte como a perda de uma pessoa querida. É o momento de tratar com algo que pode nos paralisar e usar nossa força interna para, com a escrita, construir uma nova narrativa que seja afetuosa conosco.

Vamos nessa? Pegue uma folha agora e escreva a primeira coisa que lhe vem à cabeça.

Se você ficou interessado em contar com apoio para iniciar essa jornada, conheça as sessões individuais de Narrativas de Vida e acompanhe a agenda de Vivências.

Para mais informações, fale com a gente.

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Edu Alves
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