Descrição da imagem: Uma parede preta de um box de banheiro. Os azulejos são pretos e marmorizados com cinza. Do lado direito, uma toalha branca pendurada e dobrada em um apoiador de parede.

Proibido é mais gostoso

Koda Gabriel
kodagabriel
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2 min readMay 25, 2019

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Quando ninguém estava olhando eu senti seus dedos se enrolarem nos meus como um carinho proibido. Havia tanta gente no local e a incerteza de sermos ou não vistos fazia o meu peito saltar e ao mesmo tempo tornava tudo extasiante.

- Vou ao banheiro. Anunciou aos mais próximos, que acenaram em concordância.

Quando já longe, me olhou pelo canto do olho com um sorriso travesso. Me levantei de onde estava, tentando passar despercebida e encontrar outra rota até o dito banheiro sem ser notada. Sorri para algumas pessoas e desviei se olhares afiados até o afastado dito banheiro e olhei envolta antes de entrar correndo.

Fui automaticamente prensada contra a porta e ouvi um clique indicando que ela foi chaveada.

Seu rosto colado no meu e os olhos fixos no meu pedindo permissão para coisas não ditas.

Colei nossos lábios com as mãos na nuca dele fazendo carícias com as unhas e implorando por mais. Queria calor sem separação de roupas e senti-lo dentro de mim e mais e mais.

Seus beijos escorreram pelo meu pescoço e suas mãos ágeis desabotoavam corriqueiramente os botões da minha camisa.

As mesmas mãos soltaram o meu sutiã e logo sua boca se ocupou me chupando um mamilo, suas mãos correndo pelas minhas costas suadas do calor do espaço apertado. Sentia meu corpo tremer a vontade de mais e sua língua brincar com a minha sanidade mental.

Lentamente desabotoei sua calça e abri seu cinto e comecei a massagear seu pênis sobre a cueca. Minha mente completamente nublada pelo desejo não via nada direito e o medo de sermos pegos me deixava ainda mais motivada.

Seus beijos queimavam a minha pele e deixavam um rastro de calor.

Me pegou pela cintura tão logo tirou minha calça e suas mãos firmes me tomaram para si. Mordi meus lábios segurando gemidos e ouvi uma batida na porta e alguém tentar abri-la.

Você nem parou para olhar, confiante, e me encarou com ternura e tesão, me passando segurança.

Segurei firme as mãos atrás de seu pescoço, os dentes cravados em seu ombro ocultando e abafando meus gemidos desesperados.

- Não sei o que você me causa — ele falou baixo, respiração entrecortada e quente no meu ouvido. Senti todos os pelos ficarem ainda mais arrepiados. — Quero tanto você.

A soma de sua fala com seus movimentos e sua voz doce e quente fez meu corpo entrar em transe num orgasmo quente e intenso. Escaparam gemidos baixos que não consegui engolir e senti ele sorrindo contra a minha pele, os lábios molhados e macios.

Me colocou novamente no chão e, quando terminei de me vestir, me deu um abraço carinhoso.

Não olhei pra trás quando sai pela porta.

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Koda Gabriel
kodagabriel

25 anos, bissexual e não binário. escrevo romances, ficção especulativa e putarias em geral https://kodagabriel.com.br