Relatos aleatórios de uma mente que nunca para
Tem trezentas e treze threads rolando ao mesmo tempo aqui dentro
Eu penso agora porque a voz é entediante ao fundo, mas eu juro que estou tentando focar
Eu poderia talvez recitar o que ouço pra você
É a quarta vez que escuto essas palavras (elas não entram, eu não aguento mais)
Qual é a desse conjunto de informações aleatórias que parece ter sido feito pra eu me sentir BURRO?
As palavras elas saem na mesma medida que entram, e nem mesmo essa merda de texto vai fazer sentido no fim
Trezentras e treze threads
Elas correm, disputam espaço, se estapeiam
Eu sou um resquício sem foco (favor manter o foco)
Não dá
A sintaxe está correta mas a semântica não faz sentido
É português, eu juro, mas eu me sinto como se escutasse um idioma incompreendível
E nem sei se é esse o problema, ou se eu estou só cansado, ou se fiz algo de errado
Estou piscando repetidas vezes pra tela do computador, tentando esvaziar a cabeça
Focar
Focar
Focar
O tempo parece nunca ser suficiente, e já se foram cinco minutos de regurgitar palavras
(e agora uma pausa sem foco, sem foco, sem foco)
Estou balançando minha cabeça constantemente e tentando fazer sentido pras coisas
Seis meses e acho que a ferrugem tomou conta das minhas juntas — preciso descamar
Mas e o tempo?
Tudo é um processo mas não dá pra ter paciência (é preciso ter paciência)
Palavras, palavras, palavras
Todas elas lado a lado a oitenta quilômetros por hora (pun intended)
E eu aqui no mesmo lugar tentando tentando tentando
Dizem: não tente, ou faça ou não faça
(aparentemente, por enquanto, sigo não fazendo)