Os investimentos da nova geração

Helena Ribeiro
Kria
Published in
8 min readOct 26, 2022

Querida comunidade Kria,

É comum ouvirmos muito sobre o impacto que mudanças geracionais têm no mundo dos negócios. Mas além do avanço da tecnologia e dos modismos da vez, chegou a hora de entender como eles lidam com dinheiro. Esse é tema da primeira nota dessa edição. Além disso, temos muito a falar: investimentos em negócios bons, notícias do mercado, visão e muito mais.

Já sabe o que eu indico agora, né? O cafézinho. Você também pode aproveitar para tomar um suco — o verão está chegando (os fãs de Game of Thrones que me perdoem).

Vem com a gente!

Notícias

Novidades do mercado e da comunidade Kria

A nova geração de investidores

84 trilhões de dólares. Esse é o valor esperado que os baby boomers passem para seus herdeiros até 2045. Com uma geração tão diferente da anterior assumindo as rédeas de um grande volume de dinheiro, podemos esperar mudanças nos tipos de investimento de maior sucesso. Para entender as novas tendências, o Bank of America divulgou uma pesquisa que busca responder à pergunta: como os mais jovens investem?

O estudo revelou que a nova geração de investidores — entre 21 a 43 anos — já não acredita que há forma de realmente enriquecer apenas com ações e títulos: 80% dos investidores jovens estão olhando para ativos alternativos como Private Equity, imobiliário, commodities e outros ativos tangíveis. O segredo parece ser a diversificação de portfólio, aliada a um fator de identificação. O dinheiro investido por essa geração reflete o que ela quer mudar no mundo. E quem ela quer enriquecer.

Isso de dar significado aos próprios investimentos também entra em pautas sociais: as novas gerações esperam estabelecer um próprio padrão e personalidade na filantropia, ainda que permaneçam dando suporte às causas de seus pais.

O estudo do BofA comprova algo que já vínhamos notando: os ativos alternativos estão se tornando protagonistas do mercado de capitais, nos Estados Unidos e no mundo. Com a riqueza passando para as gerações mais jovens, os impactos do novo perfil de investidor deverão moldar toda a nossa forma de investir.

Venture Capital com propósito

Investir em startups é investir em mudar o mundo. Isso porque as startups nascem com o propósito de resolver problemas e revolucionar a forma de fazer coisas que (a) já fazemos, mas não tão bem quanto poderíamos fazer ou (b) ainda não tínhamos pensado ou conseguido fazer. Essa criação de novas formas altera nosso dia-a-dia: seja vendo que 62% dos brasileiros prefere aplicativos de transporte a ter um carro próprio, ou como 79% dos brasileiros usam contas de bancos digitais.

Para investir nas startups, entra o Venture Capital — e parte do papel de um fundo é aplicar a própria tese de investimento. Aqui, no Kria, nós nos especializamos em ser um VC Community Driven (ou guiado por comunidade) e temos nossa tese apoiada em dois pilares: negócios de rede, que se fortalecem com sua comunidade; e empresas boas, com propósito e impacto.

É claro que, assim como qualquer outro VC, nós passamos muito tempo analisando as KPIs cada uma das investidas e vendo se o negócio vai bem antes de fazer qualquer aporte junto de nossa comunidade — se quiser entender mais, já falamos sobre o nosso processo seletivo nesse blogpost. Ainda assim, o impacto que um negócio do nosso portfólio vai causar no mundo é um dos fatores com grande peso no nosso processo de decisão.

Com isso, criamos um portfólio que nos dá muito orgulho: temos a Raks, que resolve o problema do desperdício de água pelo agronegócio; o AppJusto, que se propõe a criar um serviço de delivery sem exploração e taxas abusivas; a Lincon, que cuida da saúde de pessoas que muitas vezes largam terapias convencionais por vergonha; a Vela Bikes, que cria bicicletas elétricas para diminuir o impacto dos transportes no meio ambiente; a Suprevida, que torna possível o acesso a produtos necessários para tratamentos em cidades pequenas… entre outras.

Empresas boas podem mudar o mundo. Para melhor.
Ficamos felizes em investir nelas. :)

Destaques da comunidade Kria

De olho no ecossistema

  • A CB Insights lançou o relatório trimestral da atividade do VC mundial, o State of Venture Q3 2022. Foram US$ 74,5bn investidos no trimestre, em 7.936 transações. Na América Latina, tivemos 226 transações, das quais 105 no Brasil. Esses resultados reforçam o ano passado como algo fora da curva — e a responsabilidade de encararmos 2022 como um ano de reorganizar a casa e voltar para investimentos mais pé-no-chão.
  • Para Julio Vasconcellos, da Atlantico, esse movimento de correção é uma boa notícia. Segundo ele, esse é um excelente momento para investir, contrapondo que o boom de liquidez de 2021 criou “máquinas de captar”, ao invés de negócios rentáveis.
  • O fato de fintechs estarem em alta não é novidade — aqui no Brasil, temos um dos maiores avanços na área, mundialmente falando. O a16z produziu um conteúdo completíssimo sobre o panorama entre tecnologia e serviços financeiros em terras tupiniquins.
  • Exit para comunidade. É sobre isso que fala o Nathan Schneider, em uma entrevista para a Pitchbook: como recorrer a sua rede ao invés de seguir pelos caminhos convencionais ao buscar investimentos pode ser benéfico para a sua empresa.

⚠️ Se quiser saber mais movimentações do mercado enquanto espera a próxima news, não esqueça de nos seguir no LinkedIn — estamos postando diversas notícias do mercado por lá.

O que estamos lendo

  • A Latitud compartilhou um estudo sobre o poder da rede nas startups e como construí-las, com colaboração de experts da área vindos da Endeavor, Google e TechStarts — que nós adoramos. Aqui, vemos na prática o poder de se alinhar os interesses entre negócios e comunidade, trazendo-a para perto da construção e compartilhando o crescimento do negócio com aqueles que desde o começo acreditaram.
  • Seguindo na linha da identificação, um achado dessa semana foi o artigo The Top 6 Things I Look For When Investing. Feito pelo Gerard Adams, ele entra nos pilares de propósito e visão que unem investidores e founders e dão significado maior aos aportes.

📚 Antifrágil, por Nassim Nicholas Taleb.
Às vezes, as coisas caóticas do dia-a-dia podem nos deixar em posições desconfortáveis; entretanto, o autor se propõe a enxergar de uma nova forma e se aproveitar do caos para criar algo cada vez mais durável.
Essa recomendação é especial: vem da nossa comunidade — obrigada, Rafael!

🎥 Fome de Poder (2016)
Quando (e como) o McDonalds ganhou tanta popularidade? Atrás das diversas polêmicas e brinquedos do McLanche Feliz, estão dois irmãos inovadores e um ex-vendedor de máquinas para fazer milkshake que soube criar um modelo de negócios vencedor.
O filme tem certa liberdade artística, mas ainda conta a história de forma coerente.

Da comunidade para VC

Boas histórias para inspirar quem quer se engajar como comunidade Kria

#ExperiênciadeKriator ❤
“O Kria foi uma experiência incrível em minha carreira. Tive a oportunidade de participar e liderar iniciativas na construção de uma empresa de tecnologia em alto crescimento, extremamente inovadora e com muita gente fora da curva, compartilhando vivências das principais consultorias, empresas e startups do país. Além do rico aprendizado, o Kria me propiciou muita autonomia (o verdadeiro sentimento de dono) e pude ter contato com os principais empreendedores, fundos de Venture Capital e investidores em startups do Brasil. Sem dúvida é a experiência perfeita para quem busca crescer próximo aos dois universos de Tecnologia e Venture Capital.”
Vini Sittart, account executive na Belvo
(e ex Head de Relacionamento com Investidores do Kria)

Obrigada por ter me acompanhado até os créditos finais de mais uma edição! Lembre-se de, caso haja qualquer dúvida, sugestão ou questionamento, meu canal está sempre aberto. Você pode optar por mandar um e-mail ou me chamar em outra conversa, como preferir. :)

E não esquece também de enviar essa news para seus sócios, colegas de trabalho e amigos. (Se você quer começar a receber as próximas edições direto no e-mail, basta fazer o cadastro no nosso site)

Até a próxima!

Le, do Kria
Comunicação e comunidade

--

--

Helena Ribeiro
Kria
Writer for

Comunicação é feita para a comunidade || Venture Capital