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O número 13 e a história

Christian Gurtner
Escriba Cafe
Published in
3 min readMay 29, 2018

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Dentre todos os símbolos alfanuméricos, talvez o 13 esteja na lista dos mais famosos. É considerado por muitos como o número do azar ou até da desgraça, existindo, inclusive, pessoas que sofrem de Triscaidecafobia, que é o medo irracional desse número.

A fama do número 13 pode ser consequência de sua relação com várias passagens históricas e coincidências, a começar na antiquidade, quando Filipe da Macedônia se associou ao número ao colocar sua estátua junto as doze outras estátuas dos deuses superiores e, pouco depois, foi assassinado. O número treze passou, então a ser evitado por várias pessoas.

Se só o número já causava repulsa, imagina quando a história resolve o ligar a um dia da semana? No ano de 1307, o rei da França, apoiado pelo Papa, manda prender e executar todos os cavaleiros templários. Várias fogueiras arderam naquele dia, uma sexta-feira 13.

Jacques DeMolay, último grão mestre templário, sendo levado para a fogueira enquanto amaldiçoa o Rei Filipe e o Papa Clemente.

Uma mesa com 13 pessoas também não agrada os supersticiosos do ocidente. Na mitologia cristã, a última ceia foi composta por doze apóstolos e Jesus Cristo. E foi nesse dia que ele revelou que um dos apóstolos o iria trair e que o fim dele estava próximo.

Não bastasse isso, o décimo terceiro capítulo do livro do Apocalipse, é o que fala da besta e do Anticristo e, por superstição, vários prédios não possuem o décimo terceiro andar.

A Última Ceia, de Leonardo da Vinci.

No mundo do misticismo ele também aparece: no baralho de Tarot, a carta número 13 é a aterrorizante carta da Morte.

O que não quer dizer necessariamente algo ruim. No Tarot essa carta pode indicar também o fim de um ciclo, uma mudança - como a troca de trabalho, um casamento ou um nascimento, até. Trata-se da “morte” da forma de vida até então.

É por isso que nem sempre o número 13 é visto com maus olhos, sendo ele usado como amuleto por muitos supersticiosos.

É o número atômico do alumínio e também a quantidade de capítulos presentes em icônicas obras como A Arte da Guerra de Sun Tzu, e Os Elementos de Euclides.

Treze é também a quantidade de anos que o Escriba Cafe completa hoje, 29.05.2018 (data questionada por alguns historiadores).

E aqui aproveito para agradecer a todos que apoiaram ou ainda apoiam o Escriba Cafe, financeiramente ou se voluntariando, pois é graças a essas pessoas e aos honoráveis patronos que ainda estamos de pé. Obrigado aos ouvintes, leitores e todos que de alguma forma interagiram ou apreciaram o que fazemos aqui. Eu sempre digo, o Escriba Cafe não tem o maior público, tem o melhor.

A todos vocês o meu muito obrigado, um grande abraço e fiquem em paz.

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Christian Gurtner
Escriba Cafe

Escritor, piloto comercial, produtor e fundador do podcast Escriba Cafe em Löwenttur.