[Desafio] Surpresa de Inverno [18+]

Guilherme Euler
L.E.I. & A.
Published in
2 min readOct 5, 2015

--

Parecia um dia triste, daqueles cinzentos e sem graça. Tomava o seu café fumegante enquanto observava os pingos que espatifavam pela janela quando sentiu mãos geladas em seus ombros. Tentou esboçar alguma palavra quando foi calada pela língua que adentrava sua boca sem sequer pedir permissão.

A caneca com o café foi parar rapidamente na mesinha ao lado antes que o conteúdo chegasse à pele. Foi exatamente nesse momento que as mãos geladas adentraram sua grossa blusa e, sem qualquer cerimônia, foram direto aos seios. Os dois de uma só vez. O arrepio foi inevitável e o choque tomou-lhe conta do corpo quando os dedos apertaram-lhe os bicos dos seios quase que machucando-a.

A despudorada boca abandonara os lábios e já se alojava no pescoço aproveitando para roçar os dentes na carne macia.
Estava entregue. Não havia mais nada a fazer a não ser tornar-se peça daquele jogo que não decidira jogar mas que já não queria deixar.

A mão direita largou do seio e desvencilhou-se da blusa com tamanha rapidez que só foi superada pela velocidade com a qual entrou por dentro do moletom, invadindo também a calcinha.

O toque sequer encontrou resistência por sobre os lábios quentes e úmidos.
Encheu a mão e apertou como quem segura algo que não deseja perder.
Fez-se um gemido meio que abafado.

Parece ter sido esse o sinal para que tudo se intensificasse. A mão que ainda brincava com o seio esquerdo apertou-o com mais força. Os dentes que antes apenas roçavam a pele, foram agora cravados próximos à coluna vertebral e da mão entre as pernas surgiu um pendão formado pelos dedos médio e anelar que, sem qualquer respeito, invadiram-lhe até o final. Forte. De uma só vez. Como uma orquestra executando o mais empolgante ato de uma sinfonia.

Nenhuma palavra é sequer pronunciada. Apenas os sentidos mais primitivos conversam entre si e um corpo entende o outro dando continuidade à concupiscência do momento.

Os movimentos aceleram cada vez mais enquanto a respiração ofega rumo ao ato final que, por diversas vezes, parece ter sido adiado propositalmente afim de prolongar a sinfonia de Eros.

Como uma mestra, sente que sua pupila está prestes a chegar ao ato final e novamente beija-a sugando-lhe todo o ar dos pulmões. Quase sufocando-a enquanto sente os espasmos de prazer do corpo alheio preso às suas já não tão frias garras.

E finalmente disse: Sua vez.

Este texto faz parte do desafio LEI&A mensal, um de nossos projetos para exercitar a escrita. Conheça os outros projetos e leia mais textos em https://medium.com/l-e-i-a

--

--

Guilherme Euler
L.E.I. & A.

Desenvolvedor web, blogueiro nas horas não vagas e tirador de dúvidas de informática em tempo integral.