Dia 35
La distopista vive a sua própria.
Quem diria, agora o nome faz sentido.
"Você ta bem? Fiquei pensando em você ontem".
Eu não sei, só consigo saber se tiver na rua interagindo.
Meu maxilar ta doendo, isso eu não conto. Sinal de muitas noites matando toda a agonia que dorme entre dentes.
Eu to medicada, é sério. E você?
"Eu to bem, tem que evitar a melancolia."
Há quem evite contato. Mas por enquanto é o certo.
Não espere que algo mude depois: o medo do outro, a caretice e o medo da solidão não se curam com vacina.
Não espere de mim alegria, eu só sorrio por dentro.