Um pequeno glossário do
universo audiovisual (Parte 1 de 4)
Uma produção audiovisual é um mundo à parte. Ela envolve seus próprios ritos, suas próprias normas e também sua própria linguagem. Os dois primeiros só podem ser compreendidos e assimilados durante o processo de produção de um vídeo.
Neste caso, nenhuma teoria transmite o que só a experiência pode ensinar. Já a linguagem utilizada pode — e deve — ser aprendida o quanto antes, sob pena de informações importantes serem perdidas e grandes micos serem pagos.
Pensando nisso, e para marcar a estreia de nosso canal no Medium, preparamos um pequeno glossário básico de termos técnicos utilizados normalmente em produções audiovisuais, dividido em quatro partes.
Assistente — É o responsável por assistir alguns profissionais envolvidos na produção. Mas assistir no sentido de auxiliar, e não de ficar parado observando as coisas acontecerem. O assistente pode ser de arte, de câmera ou de direção. E em cada um dos casos, trabalha diretamente com responsáveis por essas áreas, realizando funções técnicas e, acima de tudo, resolvendo pepinos.
After Effects — Software desenvolvido pela Adobe Systems para criação de gráficos com movimento e efeitos visuais. Bastante utilizado na fase de pós-produção de um filme.
Blackmagic — Quando alguém pedir para você pegar a Blackmagic, não precisa sair correndo até o mercado para comprar uma galinha preta. Blackmagic é o nome de uma fabricante (e de um modelo) de câmera de alta definição. Simples assim. Mas a carregue com cuidado. Cada uma custa, no mínimo, três mil dólares.
Boom — Boom lembra explosão, que lembra filme de ação, que não tem nada a ver com o significado do termo. Isso porque sabe aquela haste que deixa o microfone para captação do áudio suspenso? Pois é. Isso é o boom.
Casting — Processo de seleção de atores e figurantes para uma produção. E isso de duas, uma: ou pode ser muito divertido, ou pode ser uma amostra grátis de como deve ser um estágio no almoxarifado do inferno.
Cena — É a unidade dramática de um filme. Nela, acontece uma ação nos mesmos lugar e tempo. E uma cena pode ser composta por um ou vários planos, que correspondem aos ângulos de filmagem.
Chicote — Nem Indiana Jones, nem 50 Tons de Cinza. Chicote é o nome do movimento de câmera que indica uma panorâmica (giro da câmera em torno do seu eixo) realizada de forma muito acelerada.
Cromaqui — Versão brasileira para a expressão inglesa “chroma key”, cromaqui (ou simplesmente croma, para os mais íntimos) é uma técnica que consiste em colocar uma imagem sobre a outra a partir do anulamento de uma cor padrão, geralmente verde ou azul. Os resultados podem ficar incríveis. Ou não.
Decupagem — Procedimento realizado pelo diretor durante a pré-produção e que consiste na divisão do roteiro em vários planos, que facilitarão e agilizarão o trabalho — e a vida! — no set de filmagem. Seu resultado costuma ser um story-board, uma espécie de história em quadrinhos, mostrando no papel como se pretende que o filme seja em seu formato final.
Diária — É a unidade de tempo de trabalho geralmente usada em produções. Como todo o processo de realização audiovisual costuma demorar muito tempo, convencionou-se estimar o trabalho nessa área em dias. E isso já é assim há anos.
Diretores — No plural, pois existem vários diretores em uma mesma produção. O diretor de arte é o responsável pela parte visual do filme, da cenografia ao figurino, passando pelos objetos de cena. O diretor de fotografia, por sua vez, é o fotógrafo da produção. É ele quem escolhe os tipos de câmeras, lentes e filtros que serão utilizados para garantir unidade técnica e artística ao filme. Já o diretor de produção é o gestor da obra enquanto projeto, reunindo a equipe e os equipamentos necessários para a sua realização. Por fim, o diretor de cena é quem se valerá de todos os esforços atrás das câmeras para obter o melhor resultado na frente delas.
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